Captação natural em proteção contra descargas atmosféricas


Termotécnica Para-raios

Termotécnica Para-raios, líder nacional no setor de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Desde 1974 com produtos e soluções, incluindo fabricação, revenda de equipamentos, cursos e treinamentos SPDA.

*Por Normando Alves

A norma NBR5419/2015 permite que em determinadas condições as telhas metálicas possam ser usadas como captores naturais, porém é necessário que alguns critérios sejam atendidos.

  • A telha precisa ter espessura mínima (t’) em função do tipo de material — veja tabela a seguir com as especificações.

  • No caso de telhas tipo sanduíche, o material de seu recheio não deve ser propagante de chama — é importante documentar o seu uso consultando os catálogos de fabricantes ou documentos destes que deixem claro as características do recheio.

  • O material logo abaixo da telha não deve ser prontamente inflamável.

    NOTA: 1mm de asfalto, 0,5mm de PVC ou camada de pintura para proteção contra corrosão ou com função de acabamento não são considerados como isolante para correntes impulsivas.

Explicações sobre a espessura da telha

Há poucas décadas a espessura mínima da maioria das telhas era 0,50mm. Com o passar do tempo e a disputa dos fabricantes para aumentar a sua fatia de mercado, esta espessura passou de 0,50mm para 0,48mm e, atualmente, já é possível encontrar telhas com 0,36mm de espessura. Estas mudanças permitiram que as telhas ficassem mais leves, entretanto, comprometeram sua efetividade de proteção, uma vez que se tornaram mais frágeis e menos resistentes aos efeitos térmicos e elétricos das descargas atmosféricas.

A espessura mínima das telhas somente pode ser usada em ambientes onde não existam vapores perigosos, microfibras ou poeiras potencialmente inflamáveis, pois o contato do raio com a telha gera em sua parte inferior, um ponto quente, que em um ambiente perigoso pode deflagrar uma explosão.

Além da questão dos materiais perigosos em suspensão, outros problemas também podem ocorrer. Um bom exemplo é quando o raio atinge a telha e a perfura, causando um derretimento do metal, que ao pingar dentro da edificação, pode provocar incêndio, perda de equipamentos produtivos ou até mesmo de matéria prima cara.

Outro cuidado necessário, tem a ver com a entrada de água pela perfuração, provocada pela queda do raio. Quando se trata de telha sanduíche com lã de rocha (origem mineral) ou lã de vidro (origem vegetal),esta perfuração pode permitir a entrada de água (efeito esponja) que ficará retida entre as duas telhas e que poderá, ao longo do tempo, gerar uma sobrecarga na estrutura.

A diferença entre a espessura t e t’, é que na espessura menor (t’) o raio atinge a telha, perfura, gera ponto quente e infiltração de água, comprovando que todos os fatores de risco tem que ser muito bem avaliados, antes de se tomar uma decisão sobre o uso da telha ou não como elemento natural da captação. Com relação à espessura maior (t),quer dizer que o raio vai atingir a telha, porém não acarretará perfuração ou ponto quente na parte inferior, sendo assim, não apresenta riscos, podendo ser usada inclusive em áreas classificadas, obedecendo aos demais quesitos inerentes a este tipo de ambiente.

Comparação entre telha metálica com espessura acima de 0,5mm (aço) e acima de 4mm (aço).

NOTA: Repare que nos 2 casos a corrente da descarga atmosférica percorre a telha até encontrar os locais de descida, porém na imagem da direita não ocorrem danos, uma vez que não existe ponto quente e nem perfuração da telha.

A questão da espessura das chapas metálicas não vale apenas para as telhas metálicas, mas para chapas em geral, tal como tampas de tanques de combustível ou outros produtos perigosos.

Como resolver o problema?

Para telhas metálicas que não atendem a espessura mínima ou se atende, mas não gostaria que esta fosse atingida, a norma prescreve os 3 métodos que podem ser usados ou combinados para estes casos.

Uma sugestão boa e econômica, é a utilização de minicaptores (terminais aéreos) posicionados em cima das telhas, pelo método das esferas rolantes, de modo que a esfera nunca toque a telha. Esta checagem pode ser feita usando o CAD para determinar o intervalo ideal entre os minicaptores. Via de regra, a distância máxima costuma ser em torno de 6m entre minicaptores de 35cm de altura e 7,5m de distância entre captores de 60cm. Outra solução seria utilizar captores mais altos como mastros, ou condutores horizontais como malhas ou fios captores, adequadamente posicionados.

Uma dica com relação ao uso das telhas como elemento de captação natural, é que a decisão seja sempre uma questão previamente conversada e documentada com o cliente, para evitar dor de cabeça no futuro, caso o layout ou os tipos de materiais dentro da edificação venham a ser alterados. Existem casos onde o cliente acionou judicialmente a empresa instaladora por ter usado a telha como elemento de captação sem consultá-lo, por isso que essa formalização deve ser registrada, para que o cliente não diga que não foi notificado.

Resumindo, sempre que a telha metálica atender à espessura mínima — coluna t’ da tabela 3 da norma — esta poderá ser usada como captor natural, para edificações comuns, desde que o cliente esteja ciente que poderão ocorrer pequenas perfurações na telha e possível goteira dentro da edificação. Se isso não for um problema para o processo produtivo do cliente, formalize esta utilização no projeto ou no dossiê técnico.

Já para edificações com materiais ou processos perigosos, é necessário um levantamento detalhado das atividades e dos produtos envolvidos, além de analisar o mapa de risco, identificar os locais onde será necessário tratamento diferenciado e documentar tudo.

Escrito por Eng. Normando Alves
Diretor de Engenharia da Termotécnica Para-raios
Membro da comissão que revisa a NBR5419.

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Termotécnica Para-raios, líder nacional no setor de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Desde 1974 com produtos e soluções, incluindo fabricação, revenda de equipamentos, cursos e treinamentos SPDA.

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83 Comentários em Captação natural em proteção contra descargas atmosféricas

  • Existe alguma possibilidade de utilizar cordoalhas para a interligação do subsistema de captação natural com o subsistema de descida natural? Isso não é normativo, porém dependendo da cundutividade da cordoalha (complimento, largura , espessura e material) não teria a possibilidade de uso para as interligações?

  • Bom dia. Gostaria de tirar uma duvida…
    Em uma edificação que esta sendo previsto a instalação de REBAR nas colunas, e na cobertura que e composta de telha sanduiche com tesouras metálicas esta sendo previsto uma malha com barra de alumínio com mini captores.
    A minha pergunta: Devo prever que as estruturas metálicas das tesouras sejam interligadas as descidas dos REBARS? Para uma equalização.
    Desde já agradeço e parabenizo a todo o material e informações que a Termotécnica disponibiliza.

    1. Olá, Giovani!
      Sim, aconselho que você conecte as tesouras metálicas ao SPDA para garantir a equipotencialização.
      As tesouras já irão conduzir uma parcela da corrente da descarga atmosférica por estarem em contato com a telha em si, sendo assim, é uma boa prática prover as conexões com os pilares de descida para facilitar o escoamento dessa corrente até o aterramento.
      Inclusive, você pode conectar os condutores de captação à tesoura e essa aos pilares de descida.
      Obrigado pela confiança na Termotécnica Para-raios e ficamos à disposição para auxiliá-lo em futuras dúvidas. Seguem os nossos contatos:
      suporte@tel.com.br
      (31) 3308-7000 – Opção 3
      (31) 9 8511-1261 – Celular e WhatsApp

  • Gostei da abordagem que descreveu conforme o objetivo do artigo , considerada a NBR54-9-3:2015. Uma preocupação que sempre me fio é quanto à utilização desses tipos de estruturas, normalmente, galpões. Quando o projetista elabora o gerenciamento de riscos considera a estrutura, por exemplo para armazenamento de rolos de arames. Após um tempo, muda-se o locatário l… Passa-se a armazenar sacas de cereais, farinha, feijão, arroz… A PDA e novo gerenciamento de riscos não costumam ser revistos… A sociedade, leiga, considera que está protegida, pois vê fisicamente o SPDA. Por isso, é importante o laudo técnico (gerenciamento de riscos) que identifique o nível de proteção e a utilização da estrutura.

    1. Olá, Álvaro!
      Realmente a alteração da destinação do uso da estrutura pode impactar no resultado do gerenciamento de risco e consequentemente podem ser necessárias modificações no projeto e instalação. O correto é que qualquer estrutura seja inspecionada periodicamente, conforme previsto na NBR 5419, e que toda a documentação e instalação sejam avaliados. Assim é possível identificar situações como essas, já que um dos objetivos da inspeção é verificar se houve alguma modificação que altere as condições iniciais previstas em projeto, e recomendar as adequações necessárias. Sobre esse aspecto, sempre que possível, é muito vantajoso fazer uso de elementos naturais, em qualquer subsistema do SPDA, visto que a parte do SPDA natural fica desassociada de parâmetros de dimensionamento que podem ser modificados com a classe do SPDA, quando o SPDA é não natural.

  • Boa tarde Eng Normando e Eng Nikolas Lemos, tenho uma dúvida em relação a captação com terminal aéreo em telhas termoacústicas. No detalhe A323 disponibilizado por vocês, não entendi como é realizado a fixação na treliça. É feito com o parafuso já utilizado da telha, ou preciso utilizar a haste de fixação?
    Meu email é itirotatibana@hotmail.com caso prefira responder por email, estou no aguardo.
    Agradeço pelos conteúdos disponibilizados por vocês, é sempre de grande ajuda!

    1. Olá itirotatibana,

      O detalhe A323 utiliza a própria haste de fixação da telha metálica na treliça como parafuso de conexão do fixador universal. Essa ação é preferível sempre que o ponto de fixação do SPDA é o mesmo que o ponto de fixação do telhado metálico, evitando fazer furos adicionais.

      Quando não for possível reaproveitar a fixação existente deve-se utilizar um outro parafuso (prendendo-o na treliça) ou adotar um suporte colável do tipo Aderibase.

  • Prezados Eng Normando e Nikolas Lemos, boa noite.

    Li o artigo por Eng. Normando Alves sobre a utilização de telhas metálicas como captores naturais, porém é necessário que alguns critérios sejam atendidos, com atualizações na norma achei muito interessante e oportuno.
    Tenho a seguinte dúvida:

    Esses prédios que tem um padrão de construção da seguinte forma:
    É de alvenaria tipo um galpão de 2 andares a cobertura é tesoura/treliça metálica.
    As telhas por cima das tesouras são metálicas com recheio de isopor, ou seja, telhas tipo sanduíches (parte metálica – isopor – parte metálica).
    Partindo para uma instalação Tipo Gaiola de Faraday, o esclarecimento técnico é: pode conectar o Sub-Sistema captor as hastes, as fitas de alumínio nessas telhas?
    Ou seja, essas telhas com recheio de isopor podem estar conectadas ao SPDA? Ou devem ficar desconectadas do sistema captor devido ao isopor devido o isopor ser um material inflamável.

    Obs.: os ambientes internos do prédio não tem áreas classificadas com risco de explosão, não tem pó em suspensão.

    Desde já agradeço a atenção, aguardo retorno.
    Sds.
    Marcos Ribeiro

    1. Olá Marcos Ribeiro,

      O risco para áreas classificadas existe quando ocorre a elevação de temperatura, seja por uma centelha ou por um condutor aquecido durante a condução da corrente do raio. No caso da telha sanduíche você precisa notar o seguinte:
      – Se não instalar um sistema de captação, o raio atingir a telha e esta não possui seção mínima para evitar pontos quentes, ocorrerá o derretimento da mesma no ponto de impacto e possivelmente um incêndio no material isolante.

      Nesta situação, vejo duas possibilidades de proteção:

      1ª – Instalar um sistema captor, com fitas ou cabos, não isolado e equalizado por meio do fixador colável Aderibase TEL-757. Este produto consegue fazer toda a fixação da cobertura sem furá-la, evitando que a infiltração de água ocasione um aumento no peso do telhado devido a absorção pelo material isolante e, devido a sua formatação metalizada, garante a ligação equipotencial da telha metálica com o subsistema de captação, evitando que ocorram centelhas que poderiam acarretar em incêndios na cobertura. Nossa equipe técnica sempre preferiu esse tipo de solução devido a facilidade de projeto, instalação e baixo custo frente outras opções.

      2ª – Instalar um sistema captor isolado eletricamente da cobertura, por meio de suportes DEHNiso, cujo comprimento deverá ser superior ao valor calculado para as distâncias de segurança no ponto, e sendo ainda colado sobre a superfície para evitar infiltração de água. Além de requerer um trabalho maior durante o projeto, essa solução também terá um custo elevado e, de um modo geral, apenas a adotamos quando a cobertura é de concreto protendido, visto que não é possível realizar a equalização entre captação e estrutura.

      1. Prezado Nikolas Lemos, boa tarde.
        Primeiramente agradeço pela pronta resposta e atenção.

        Então pode deixar as fitas de alumínio em contato com as telhas metálicas tipo sanduíche e ao invés de fazer furações para fixar a fita de alumínio nas telhas utilizar fixador colável Aderibase TEL-757? é isso?
        E os captores que ficaram em cima das telhas também podem ser fixados com o TEL-757?

        Sds.

        Marcos Ribeiro

        1. Olá Marcos,

          As fitas de alumínio ficam sobre o Aderibase TEL-757 e este, por sua vez, fica sobre a telha metálica. Os captores também ficam instalados sobre o Aderibase. Em nosso catálogo você encontra fotos desta aplicação e em nossa biblioteca de detalhes você pode observar essa solução no arquivo A357.

    1. Obrigado pelo feedback Márcio!

      O Mestre Eng. Normando Alves agradece a confiança na equipe técnica da Termotécnica Para-raios. Não deixe de acessar também os nossos canais de PodCast e Fale com o Especialista.

  • No caso de utilizarmos um subsistema de captação natural, qual método justifica melhor a aplicação deste? Método das malhas ou método da esfera rolante? Não encontrei nenhuma informação detalhada na parte 3 da norma a este respeito.

    1. Olá Matheus Andrade,

      Se for uma telha metálica, a captação será dada pela própria superfície da mesma, que é uma ‘malha ideal’, e somente serão protegidos os elementos abaixo desta.

      Se for um poste metálico, antena ou algum elemento metálico que se projete acima da superfície, você poderá utilizar tanto o método da esfera rolante quanto o ângulo de proteção.

  • Olá boa noite

    sobre telhado de zinco, atualmente em expansão para uso em residências convencionais, algumas características específicas, vantagens e/ou desvantagens com relação a esse tipo de telha com relação a incidência de raios?

    1. Olá Diego,

      Uma vantagem deste tipo de telhado é poder aproveitá-lo como captor natural do SPDA, desde que atendam as especificações mínimas da tabela 3 da NBR 5419-3:2015.

      A adoção de telhados metálicos, ao contrário do que muitos pensam, não causa nenhum aumento na ‘atratividade de raios’, ou seja, a incidência de raios continuará sendo a mesma de sempre.

  • Boa tarde. No caso de pilares metálicos que vão até o subsolo, posso fazer a conexão dos mesmos com a malha de aterramento no térreo?

    1. Olá Péricles,

      Você pode conectá-los no nível do solo. Porém se existe um subsolo onde pessoas possam trafegar ou permanecer durante as tempestades é preciso que a malha de aterramento seja instalada a partir dele, para evitar tensões perigosas.

  • Boa noite!
    No caso de utilizar as telhas como captação natural, pode-se utilizar as colunas metálicas do galpão como descidas e aterrar somente os pés das colunas? Pode-se ainda fazer o aterramento das colunas em hastes isoladas?

    Grato.

    1. Olá Thiago,

      Você pode aproveitar os pilares metálicos (colunas do galpão) como condutores naturais de descida, desde que estes possuam dimensões mínimas conforme tabela 6 da parte 3 da NBR 5419 e tenham a continuidade elétrica garantida (no caso de emendas).

      O aterramento isolado das colunas não é mais permitido, devendo estas serem interligadas à malha em anel contínuo.

    2. Bom dia!
      Posso usar os mesmos critérios definidos pela norma para captação natural ao elaborar um projeto para contêineres residenciais?

  • Olá!

    Tenho dúvidas em relação a silos de grãos, saberia me dizer se devo considerar a espessura para que não haja perfuração ou somente a espessura mínima já atende? Não estou encontrando muito material em norma. Desde já, muito obrigado!!

    1. Olá Vitor,

      Você tem que analisar os seguintes parâmetros:

      – O material no interior do silo pode ser molhado ou conter umidade? Se sim, não terá problemas no caso de um furo e, portanto, pode considerar a espessura mínima. Do contrário, será preciso adotar a espessura máxima ou instalar um sistema de captação externo.
      – Os grãos/poeiras em suspensão no interior do silo são explosivos? Se sim, trata-se uma área classificada e precisamos prevenir pontos quentes, independente do material puder ou não ser molhado. Nesta condição é preciso utilizar a espessura maior ou instalar um sistema de captação externo.

  • Bom dia,

    no caso de Telha Metálica Galvalume com espessura 0.48 (não tem espessura mínima para ser captor natural),intercalada com telha translúcida. Posso utilizar mini-captores 35cm pelo método da esfera rolante instalado na telha metálica cobrindo toda a área de cobertura de forma que as telhas translúcidas fiquem dentro do volume de proteção dos mini-captores e utilizar barras chatas de alumínio como “jump” interligando os trechos de telha metálica?

    Nesse caso seria 1 metro de telha galvalume com 1 metro de translúcida lado a lado em toda área de cobertura.

    1. Olá Thiago,

      Essa é uma boa alternativa para o seu sistema. Lembre-se que com essa espessura a telha não pode nem mesmo ser utilizada como condutor natural da captação, ok?

      Uma outra alternativa seria aplicar os Termocaptores pelo método da esfera rolante, interligando-os com barras chatas de alumínio. Como eles possuem alturas superiores aos minicaptores (1, 2 e 3 m),a quantidade utilizada e possivelmente os custos serão bem menores (varia de projeto para projeto).

      1. Olá Nikolas, neste caso onde o telhado metálico não atende a espessura mínima, com a instalação dos Termocaptores e interligação com barras de alumínio, as barras de alumínio podem ficar em contato com o telhado, ou devem ser isoladas do mesmo?

        1. Oi Cristiano,

          As barras de alumínio e Termocaptores podem ser instalados diretamente sobre o telhado. Como estes componentes estão sendo aplicados com a função de captar e conduzir as correntes das descargas atmosféricas, protegendo as telhas metálicas que não teriam tal capacidade, a parcela de corrente ao qual estas estarão sujeitas será baixa, reduzindo a probabilidade de danos severos na sua estrutura. Apenas tome medidas para minimizar as infiltrações de água pelos pontos de fixação. Uma boa alternativa será a instalação dos componentes sobre os nossos suportes coláveis, como o Aderibase TEL-757.

          Se você quiser fazer a instalação do sistema de captação isolado eletricamente da cobertura metálica também será permitido. Entretanto, o custo desta será bem maior do que o custo de uma instalação convencional e será necessário fazer a ligação equipotencial entre o telhado e o restante da estrutura.

  • Bom dia Nikolas,

    Em relação a tendas metálicas, elas podem ser consideradas captores e descidas naturais bastando apenas a interligação no subsistema de aterramento?

    1. Olá Luciano,

      Podem sim, desde que atendam ao recomendado pela NBR 5419-3 na tabela 3 e tenham a continuidade elétrica garantida em todo percurso até o aterramento.

  • Nikolas, bom dia!

    Em uma chaminé totalmente metálica, circular, 900mm de diâmetro, altura = 20m.
    Existe malha de aterramento de vários galpões ao lado da mesma .
    Pergunto: Será necessário ter sistemas de captação e descida? Ou bastaria interligar a base da mesma à malha de aterramento?
    Gostaria de saber também sobre um modelo de cordoalha recomendado para interligação entre telhas metálicas, por favor.

    1. Olá Fábio,

      Existem 3 possibilidades para sua chaminé:

      – A primeira seria utilizá-la como componente natural de captação e descida. Para isso, é preciso que a espessura da chapa da mesma seja superior ao recomendado pela tabela 3 da NBR 5419-3:2015, sendo necessário apenas fazer a conexão com a malha de aterramento.

      – A segunda opção somente deverá ser aplicada caso a chapa não atenda a tabela 3 mas tenha espessura maior que o recomendado na tabela 6. Nessa situação não poderemos utilizá-la como componente natural de captação, mas conseguiremos aproveitar a estrutura para a descida, sendo apenas necessário instalar o subsistema de captação e fazer a conexão da estrutura metálica com a malha de aterramento.

      – A terceira possibilidade será adotada quando a espessura da chapa da chaminé for inferior ao recomendado nas tabelas 3 e 6 da NBR 5419-3:2015. Esse será o cenário mais crítico e trabalhoso, em que você deverá instalar os subsistemas de captação, descida e aterramento.

      Com relação ao modelo de cordoalha, qualquer um que atenda as recomendações da tabela 6 da NBR 5419-3:2015 atenderá. É mais comum vermos cordoalhas de cobre nu 7 fios 35 mm² ou cordoalhas de aço de 50 mm².

      1. Bom dia Nikolas,
        E no caso em que a chaminé seja metálica e haja instrumentos e componentes elétricos instalados nela? Pode “pendurar” um sistema de captação nela ou é melhor construir um dedicado? Eu tenho a impressão que se cair um raio numa chaminé dessas, vai torrar tudo o que estiver instalado nela!

        1. Olá Pedro,

          A não ser que você faça uma captação eletricamente isolada da chaminé, não fará diferença para os equipamentos eletrônicos ter um sistema de captação ou utilizar a própria chaminé como captora, ou seja, todos vão queimar ou explodir. Isso porque a proteção deles somente será garantida através da utilização de DPS do Tipo I+II para linhas de energia e sinal, que vão desviar a corrente do raio de seus circuitos.

          Em resumo, a melhor alternativa seria utilizar um sistema de captação eletricamente isolado, como o DEHNiso ou DEHN HVI, e proteger os equipamentos com DPS Tipo II. Caso não seja possível ou não seja viável investir em tal proteção, você pode aproveitar a chaminé como um captor natural (caso atenda aos requisitos normativos) e instalar os DPS tipo I+II nas entradas dos equipamentos.

  • Bom dia uma casa resibencial tipo sobrado com altura de 8.5 mts telha metalica tipo semi sanduiche estrutura da cobertura tesouras metalicas , e necessrio instalar um para-raios , se necessrio qula o tipo .obrigado

    1. Joao Paulo,

      A necessidade de instalação do SPDA é definida durante o cálculo do Gerenciamento de Risco, com base na NBR 5419-2:2015. Não existe mais um modelo “padrão” por tipo de edificação. Agora é preciso fazer os cálculos, que levam em consideração não somente as dimensões da edificação, mas também outros parâmetros como: número e permanência de pessoas, estruturas próximas, número de descargas atmosféricas da região, etc.

  • Nikolas,

    Boa tarde!

    Em galpões metálicos, onde as colunas são interligadas à malha por conexão mecânica (não por solda).
    A dúvida é a seguinte:
    Para a execução das medições da malha do SPDA, as conexões das colunas que ficam entre os pontos de medição devem ser desconectadas?
    Visto que em alguns casos, só existem pontos de medição nas colunas das extremidades do prédio (como em prédios de alvenaria).

    1. Fábio,

      Não é obrigatória a desconexão para realização dos ensaios. Os resultados podem até serem diferentes do sistema desconectado, mas na maioria dos casos não são valores significativos.

  • Boa tarde Nikolas,

    Estou trabalhando na atualização de projetos de SPDA de Galpão de estruturas metálicas,
    Sendo que a captação é natural (utilizando-se telhas metálicas).
    Gostaria da sua ajuda em relação aos seguintes pontos:
    1- Condutor de aterramento ser nu e levado à malha de terra mais próxima.
    2- Edificações metálicas e estruturas suportes de tubulação devem ser aterradas a cada
    “x” colunas ou suportes?
    3- A distância entre dois pontos de aterramento deve ser limitada a algum valor no máximo em metros?
    Pergunto: Os itens acima estão embasados em alguma norma?
    Desde já, lhe agradeço pela atenção.

    1. Olá Fábio,

      Respondendo a suas perguntas:

      1 – O condutor de aterramento deve ser nu, instalado em contato com a terra obrigatoriamente e sob a forma de condutor em anel. O objetivo disso é facilitar a dissipação da energia do raio para o solo e evitar diferenças de potenciais no piso interior da edificação.

      O condutor que interliga os pilares à malha de aterramento não precisam ser obrigatoriamente nus, mas devem seguir as exigências normativas de seção e diâmetro de cada fio, o que torna o condutor isolado adequado extremamente caro quando comparado ao condutor nu.

      2 – Todas as massas metálicas devem ser equipotencializadas, de modo a evitar diferenças de potencial, que fazem circular correntes perigosas dentro da instalação. Massas metálicas muito extensas devem ser equipotencializadas a cada 20 m.

      Acredito que seu questionamento seja em relação a quantos pilares da sua estrutura você deve aterrar. Para evitar riscos aos ocupantes, todos os pilares metálicos devem ser equipotencializados com a malha de aterramento, já que a corrente do raio irá se dividir pelo galpão e percorrer por todas as estruturas metálicas conectadas.

      3 – Essa pergunta me deixou um pouco confuso. Se você fala a distância de conexão entre os pilares metálicos com a malha de aterramento, elas deverão seguir a própria distância entre eles. Agora, se você fala em fazer um sistema de aterramento individualizado para cada pilar, a norma não permite essa ação, devendo ser feito o condutor sob a forma de anel externo a edificação e interligado todos os pilares a sua malha.

      Todos os itens acima são embasados na NBR 5419-3:2015.

      1. Olá Nikolas,

        Muito obrigado pelas respostas!
        Quanto ao item 3, a dúvida foi referente à distância de conexão entre os pilares metálicos com a malha de aterramento. O que você já me esclareceu.

  • Tenho uma edificação sustentada por 10 pilares metálicos e telhado de fibrocimento suportado por tesouras e terças metálicas (todas as ferragens mencionadas estão interconectadas). A análise de risco determinou a implantação de SPDA Classe I. Na parte interna, possui áreas classificadas (explosivas) tipo Zona 1. Como o telhado é em fibrocimento, serão instalados terminais aéreos interligados por cabos de cobre nu #35mm2 (conf. Tabela 6). A captação será interligada em todos os pilares metálicos (subsistema de descida),via cabo de cobre nu #35mm2 (conf. Tabela 6). E o subsistema de aterramento será construído atendendo todos os requisitos da norma (malha em cabo de cobre nu #50mm2, enterrado, em anel distante de 1,0 metro da edificação) e interligados em todos os pilares metálicos também com cabo de cobre nu #50mm2. E as medidas de proteção contra tensões de toque e passo (Item 8) estão sendo observadas e atendidas. Dúvida: Com essa configuração de construção, essa edificação está livre das exigências de atendimento da distância de segurança “d”, conforme descrito no Item 6.3.1 da NBR-5419-3:2015 ? Ou para atendimento completo do Item 6.3.1, a captação também deveria ser natural com telhado metálico (Conf. Tabela 6)?

    1. Michael,

      Áreas classificadas são cheias de particularidades e, na dúvida, recomendo que busque uma consultoria para lhe ajudar no seu caso específico.

      De modo geral:

      – A captação somente poderá ocorrer a 1 m acima da zona de risco;
      – A distância de segurança continua a existir, devendo ser calculada principalmente dentro dos locais com atmosfera explosiva, onde não podem existir faíscamentos ou centelhamentos.

  • Tenho um telhado, que foi usado como captor natural , a estrutura metalica de tercas, colunas metalicas estao aterradas. Mas observei que telhado apenas esta fixado nas tercas e demais estruturas metalicas. Deveria levar o cabo de aterramento para ter continuidade direta com o telhado ?? ou apenas a fixacao por por grampos e parafuso do telhado na estrutura seria suficiente ??

    1. Luciio,

      Pelo que entendi, seu telhado é metálico (telhas e toda estrutura). Caso exista continuidade elétrica entre as estruturas, ou seja, existem conexões diretas (sem isolantes) entre esses elementos, apenas será necessário fazer a conexão dos pilares metálicos com a malha de aterramento dessa estrutura.

      Você pode, de maneira preventiva, garantir essa conexão de forma adicional através de cordoalhas chatas por exemplo.

      Caso não existam as conexões diretas, as mesmas deverão ser feitas através de conectores e/ou cordoalhas. Não recomendo levar o cabo do aterramento até o telhado, já que o próprio pilar metálico pode ser utilizado, reduzindo o custo da instalação.

    1. Afonso,

      Considerando que sejam admissíveis os danos (perfurações ou formação de pontos quentes) devido ao impacto direto de uma descarga atmosférica nos containers, você deverá fazer as ligações equipotenciais entre eles e executar a malha de aterramento de acordo com os requisitos da NBR 5419-3:2015, que é o condutor na forma de anel externo a 1 m das paredes, enterrado a 0,5 m de profundidade. Recomendo fazer uma conexão com a malha de aterramento a cada 10 m no perímetro.

      Caso eles não possam receber as descargas atmosféricas diretamente, além das ligações equipotenciais e subsistema de aterramento, deverão ser colocados captores para proteção de sua estrutura.

  • Boa tarde.
    Posso usar o cabo de aço da instalação de linha de vida como captor? A seção atende ao mínimo da norma, mas não sei se caso o cabo receba a descarga elétrica, se pode interferir nas suas propriedades.

    1. Diego,

      Por mais que o cabo da linha de vida da instalação esteja em acordo com os requisitos da NBR 5419-3:2015, essa ação não é recomendada. O impacto do raio pode gerar pequenos danos nesses condutores e, quando solicitados a exercer sua função de origem, podem estar comprometidos e apresentar falhas, colocando em risco a vida dos operadores.

      O ideal é que o SPDA proteja os equipamentos e condutores da linha de vida.

  • Olá, tudo bem? é possível utilizar um telhado de zincalume de 5 mm de espessura como captor natural de descarga atmosférica em um Posto de combustível?

    1. Rai,

      É possível sim utilizar esse tipo de telha, desde que elas não estejam dentro de uma área classificada (locais com risco permanente de incêndio ou explosão),o mínimo exigido pela NBR 5419-3:2015, para telhas de aço galvanizado a fogo, é uma espessura de 0,5 mm.

      Postos de combustíveis possuem locais definidos como áreas classificadas, não podendo haver pontos quentes ou de ignição. Para esses locais deverá ser previsto um sistema de captação que ultrapasse essa área classificada.

  • Uma dúvida, se a espessura da telha não for compatível para usar como sistema de captação (abaixo de 0,7mm),neste caso eu posso usar toda estrutura metálica da cobertura (treliças e vigas ),que fica abaixo da telha?

    1. Rodrigo,

      Bom dia,

      A captação deve sempre estar livre para receber as descargas atmosféricas. Se você colocar a captação abaixo de qualquer tipo de telha que não seja apropriada para receber as descargas, o raio provocará danos a essas telhas (metálicas ou não) na tentativa de acessar a sua captação.

      Em telhas de aço galvanizado a fogo com mais de 0,5 mm de espessura, por exemplo, serão apenas pequenos furos com pontos quentes que causarão infiltrações e, caso não seja uma área onde esses danos possam causar danos maiores (áreas classificadas),podem ser danos admissíveis.

      Você deverá fazer a proteção do telhado metálico contra o impacto direto do raio e também fazer a equalização dos potenciais elétricos entre os captores e as telhas, afim de evitar centelhamentos perigosos.

      1. E se eu tiver acima desse telhado uma chaminé toda em PVC de 6m com chapéu de inox no topo, sustentada por cabo de aço inox 6,2mm, que liga o topo da chaminé até a telha, caracterizo que este sistema está conectado a malha de captação natural? ou preciso subir com um cabo 16mm² da malha de captação até o topo dessa chaminé?

        1. Jefferson,

          Para que seu cabo de inox seja considerado um componente natural do SPDA ele deverá atender a seguinte exigência normativa: 70 mm² de área de seção com cada fio tendo no mínimo 1,7 mm. Se seu cabo atender a essa especificação, não será preciso adotar nenhuma outra medida para essa chaminé.

          Caso contrário, deverá ser feita a conexão entre o topo dessa chaminé e sua telha metálica. Se for por meio do cabo de cobre nu, este deverá ter no mínimo 35 mm² de área de seção transversal e 7 fios com 2,5 mm de diâmetro cada.

  • Tenho um projeto de SPDA de um posto de gasolina para fazer e estava querendo usar o tipo Faraday, mas as colunas de sustentação da cobertura são muito distantes das bordas o que impede as descidas. Qual seria a solução para esse caso visto que as colunas ficam proximas as bombas de abastecimento?

  • Boa noite
    Estou com uma dúvida. Tenho um “galpão” coberto com telhas de zinco e estrutura metálica aparente, no projeto de SPDA é informado que as telhas não podem ser utilizadas como sistema de captação (não possui as características mínimas exigidas por norma),logo deverá ser utilizado o sistema Franklin. Porem, no projeto preve as decidas utilizando a estrutura metálica. Minha dúvida é: Devido a estrutura metálica ficar exposta, algum usuário do local poderá receber uma descarga no caso do sistema ser atingido por um raio? É permitido por norma fazer as decidas do SPDA em estrutura metálica exposta onde uma pessoa pode ter contato?

    1. Maxswell,

      Boa tarde,

      São várias perguntas a serem respondidas, irei por partes ok?

      Primeiramente quero ressaltar que somente seguindo uma Análise de Risco conforme a parte 2 da NBR-5419:2015 é possível se projetar um SPDA com segurança. Esta análise envolve vários aspectos de localização, finalidade, acesso de público e outros fatores que não podem ser analisados aqui. Assim, minhas respostas serão genéricas, e cabe a você enquadrar sua situação específica aos requisitos da ABNT.

      A captação natural não te obriga a ter descidas naturais e vice versa. No seu caso, o uso do sistema Franklin ou de uma malha de captação ( tipo Gaiola de Faraday) pode ser aplicado para evitar que a descarga atmosférica perfure a telha , evitando infiltrações dentro do seu galpão ou que gere aquecimento nos pontos de impacto que sejam capazes de provocar explosões em caso de armazenamento de grãos ou inflamáveis.

      Os pilares metálicos dentro de seu galpão sempre serão descidas naturais, quer se queira ou não e, portanto, devem ser interligados a sua malha de aterramento. É extremamente importante que eles sigam as premissas descritas no item 5.3.5 da norma NBR 5419-3:2015.

      Internamente na estrutura o risco para as pessoas será mínimo se existir um Sistema de Equalização dos potenciais elétricos, por exemplo, através da conexão de todas as massas metálicas e linhas de energia e sinal à malha de aterramento no nível do solo. O efeito da Gaiola de Faraday protegerá os ocupantes da edificação, portanto, é permitido sim fazer descidas naturais internamente na edificação.

      Os riscos que existirão na parte externa da sua edificação em suas descidas naturais são os mesmos que existem em descidas externas: o surgimento de tensões de toque e passo. Para evitar esses riscos é necessário atender aos requisitos prescritos no item 8 da norma NBR 5419-3:2015. Os suportes com roldana plástica existentes no mercado NÃO isolam os condutores de descida dos pilares metálicos.

  • gente me ajuda ai?
    tenho uma estrutura de escritório toda feita com contaners
    a cobertura também e metálica telha de zinco 1,5mm .
    posso usar essa estrutura como captor de SPDA?
    Os contaners são forrados por dentro e piso emburrachados !

    1. Telhas de aço galvanizado a fogo com espessuras maiores do que 0,5 mm (tabela 3 da norma) são permitidas na captação desde que a perfuração das mesmas não seja um problema para você (caso não seja necessário prevenir perfurações, pontos quentes e pontos de ignição). Fica a seu critério.
      Com relação aos containers a norma permite o uso de partes da estrutura como condutores naturais de descida (item 5.35 da norma) desde que atendam aos seguintes requisitos, no caso de instalações metálicas:
      – A continuidade elétrica entre as partes seja garantida e durável;
      – Suas dimensões atendam a tabela 6 (se os condutores estiverem em contato direto com o solo devem atender a tabela 7).
      De um modo geral seu container deverá ter 2,5 mm de espessura de parede e, se tiver em contato direto com o solo, deverá ter 3,0 mm.
      Não serão necessárias medidas contra tensão de toque e passo, uma vez que a norma diz que os riscos são reduzidos a níveis toleráveis se:
      – 8.1.1 -” b) o subsistema de descida consistir em pelo menos dez caminhos naturais de descida…” No caso do container existem ‘n’ caminhos de descidas naturais.
      Mesmo não sendo necessário é recomendável a colocação de uma placa de advertência para que as pessoas não permaneçam próximas ao local em caso de tempestades.

  • Sobre caixas d’guas metálicas ex: tipo taça, com altura diferentes maiores de 60m e menores de 60m, preciso de captores, sistema de descidas nao naturais e aterramento?
    ATT
    Geoleano

    1. Caro Sr. Geoleano,

      Você só irá precisar de captores, descidas e aterramento não naturais caso não seja possível utilizar a estrutura como captor e condutor da corrente do raio. Se sua caixa for metálica e as dimensões atenderem as exigências das tabelas 3, 6 e 7 da norma é recomendável que a própria caixa seja o SPDA.

      Baseando-se em nossa experiência é bem provável que seja necessária a colocação de captores (de modo a evitar que o impacto da descarga gere perfurações na caixa) mas a descida e o aterramento podem ser feitos utilizando a própria estrutura metálica da caixa.

  • Estou com um projeto de SPDA para executar e estou com uma dúvida.
    Na edificação não tem lugar em que eu consiga fazer descidas externas, a edificação é muito velha e eu não consigo afirmar que a estrutura pode ser utilizada como condutor natural. O que se fazer nesses casos? há somente 2 pontos na edificação com espaço pra descida, o que eu consigo descer no máximo 4 descida, quando eu preciso de 12 descida.

    1. Michel , este tipo de edificação exige muita experiencia , pois edificações muito velhas exigem soluções que e ventualmente podem não atender totalmente á norma , mas talvez tenham que ser feitas compensações para garantir uma segurança boa. A sugestão é começar fazendo os testes de continuidade da estrutura para avaliar se isso resolve ou não. Se a resposta for não então tem que trabalhar muito a criatividade para arranjar uma solução com um minimo de segurança. Não é uma tarefa facil e nem da para falar aqui as possiveis soluções sem conhecer muito bem a edificação.

    2. Estou trabalhando na construção de um hospital que as paredes são de chapa e o telhado de telhas sanduíche e a empresa informou que não vai fazer spda.
      Vai usar a própria estrutura como aterramento.
      Hospital e obrigatório fazer spda?

      1. Maicon,

        A definição ou não da utilização do SPDA é dada através do Gerenciamento de Risco. Lá alguns critérios são analisados de modo a reduzir a níveis toleráveis os riscos para os ocupantes.

        Especialmente em um hospital, é necessária uma análise mais criteriosa, pois no caso de uma falha ou dano causado por descargas atmosféricas, várias vidas podem ser perdidas.

        Recomendo que faça o cálculo do gerenciamento de risco ou contrate alguma empresa para fazê-lo, se resguardando no caso de um acidente em virtude de descargas atmosféricas. A Termotécnica Para Raios possui esse serviço, consulte-nos através do link https://tel.com.br/engenharia/

        Por suas paredes e telhados serem metálicos, os custos de instalação do SPDA podem ser minimizados caso essas possam ser aproveitadas como componentes naturais do sistema.

  • Normando, em telhados metálicos com espessura dentro da norma mas que possuem algumas telhas transparentes de plástico é aceitável usá-lo como captor natural ou é necessário também a instalação dos mini captores?

    1. Prezado Aloísio, telhas que possuam a espessura mínima podem ser usadas como captor desde que abaixo da telha não haja nada que possa ser danificado com goteiras ou que contenha material potencialmente perigoso, como em áreas classificadas. Neste caso é recomendável que o cliente seja informado que existe o risco de perfuração da telha e possível entrada de água. Com relação a existirem telhas não metálicas , é possível desde que sejam trechos pequenos (menores que o mesh do nível de proteção) . Se isso não for atendido você poderá fazer fechamentos com condutores horizontais por cima dessas telhas , como se fossem jumpers, para que o raio não caia no centro dessa telha. O uso de minicaptores pode ser interessante, mas não obrigatório.

  • Normando, numa edificação tipo ginásio de esportes (ou galpões) com cobertura metálica, além dos captores (se for o caso) preso na estrutura metálica, eu posso utilizar a estrutura metálica portante como elemento de subsistema de descida do PDA?

    1. Olá Fabio, a NBR 5419:2015-3 encoraja o uso de elementos naturais no SPDA. No caso do subsistema de descida, os pilares metálicos da edificação podem ser usados como descidas naturais desde que cumpram os requisitos do Item 5.3.5.

  • Os módulos fotovoltaicos pode ser considerados como captores naturais ou devem ficar dentro do a proteger? Lembrando que se instalar captores acima do nível dos módulos podem interferir na produção de energia devido às sombras.

    1. Olá Rinaldo, os painéis fotovoltaicos devem ser protegidos das descargas diretas e das tensões induzidas/conduzidas. A não proteção pode gerar a queima das placas, dos condutores e dos equipamentos ligados à eles, em caso de descarga atmosférica. O posicionamento dos captores (caso utilizados) deve ser estudado para minimizar o efeito do sombreamento nas placas.

  • Em caso de spda instalado em edificações que possui GAS canalizado sobre a fachada, quando os condutores de descidas estão próximo em ate 2 metros de distancia o que é mais recomendado?

    1 fazer a interligações das tubulações de gas junto aos condutores de descidas?
    2 remover as descidas e instalar a uma distancia maior?

    1. Olá Carlos, quando há tubulações metálicas que passam próximas as descidas do SPDA, deve ser feito o cálculo da distância de segurança. Se a distância da tubulação para a descida for inferior à distância calculada, deve-se interligar a tubulação ao SPDA. Caso contrário, não há necessidade. Se desejar, também pode afastar a descida e evitar a necessidade de interligação. Cabe ao projetista encontrar a melhor solução para a situação, uma vez que é necessária criteriosa análise por, de acordo com a NBR 5419, se tratar de área classificada.

  • Normando, quando a estrutura metálica e coberta com telhado de fibrocimento e tenho calhas de água pluvial, utilizo captor para a telha de fibrocimento e na calha (caso a espessura seja maior que 4mm) posso utilizador como captor natural?

  • Normando, ao utilizar captores aéreos no telhado para evitar perfurações, este mesmo será parafusado na terça da estrutura, certo? Dessa forma não haverá necessidade de condutores horizontais para interligação entre estes captores? Já estarão conectados pela estrutura metálica?

    1. Correto. Se as terças metálicas possuem continuidade elétrica entre as diversas partes, é necessário apenas a instalação de captores na terça, realizando a proteção via método da esfera rolante ou método do ângulo de proteção. Caso o telhado seja metálico e possua dimensões mínimas para condução da corrente da descarga atmosférica, o captor pode ser fixado no próprio telhado.

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