Termotécnica Para-raios

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A Termotécnica Para-raios oferece Suporte Técnico gratuito e conta com uma equipe com vasto conhecimento técnico, disponível para esclarecer dúvidas sobre SPDA.

Antes de acionar o nosso suporte, confira abaixo as dúvidas frequentes que já respondemos.

Dúvidas frequentes

1. Pergunta – Quais leis obrigam a utilização do SPDA no Brasil? Seguradoras podem negar um seguro por falta de SPDA?

Resposta – Não existe uma legislação que obrigue a instalar o SPDA. O que existe é uma normativa (NBR 5419) que visa minimizar os efeitos das descargas atmosféricas em estruturas, equipamentos e seres vivos. Cada estado possui sua própria definição com relação a abordagem dessa norma, através do corpo de bombeiros.

Como não existe nenhuma lei com relação ao SPDA, as seguradoras podem fazer suas próprias exigências, baseando-se na norma vigente (mesmo já possuindo um laudo do corpo de bombeiros).

Pode ser que durante o cálculo do gerenciamento de risco não seja necessário a instalação de todo o SPDA (apenas medidas de proteção contra surtos serão suficientes). A apresentação desse cálculo deve ser o suficiente para que a seguradora lhe conceda o seguro.

2. Pergunta – Qual parte da norma cita a obrigatoriedade do SPDA?

Resposta – A obrigatoriedade ou não de medidas de proteção contra descargas atmosféricas (PDA) como um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e seu nível de proteção (classes I,II,III ou IV) são definidas pelo estudo da edificação através do Gerenciamento de Risco (GR), conforme a norma técnica ABNT NBR 5419-2/2015. Sendo assim, para cada situação é necessário realizar essa análise que considera dados de entrada como: dimensões da estrutura (altura, largura e comprimento), densidade de descargas atmosféricas médias da região, quantidade de pessoas que circulam e quantas horas por dia, características de linhas de entrada de energia e telecomunicações, entre outras informações.

3. Pergunta – É obrigatório o SPDA em postos de combustíveis?

Resposta – Os postos de combustíveis, assim como qualquer estrutura, deve apresentar um estudo de risco, para assim, tomar as medidas cabíveis de proteção, caso haja necessidade. Porém, por se tratar de uma área classificada, requer uma análise mais detalhada.

4. Pergunta – Uma estrutura de madeira, como por exemplo um pergolado, precisa de um SPDA?

Resposta – A necessidade de instalação de um SPDA deve ser verificada através de um estudo de Gerenciamento de Risco. Somente através dessa análise, que envolve diversos critérios, é possível apontar as proteções necessárias para tornar os riscos toleráveis na edificação.

5. Pergunta – Para empresas, deverá ser obrigatório a instalação do DPS em cabines primárias e secundárias ou direto no painel de máquinas e equipamentos?

Resposta A instalação de DPS deve ser definida através do estudo do Gerenciamento de Risco, uma vez que essa análise determina os riscos e as medidas de proteção que devem ser tomadas, sendo DPS uma dessas. Logo em seguida deve ser realizado o estudo do posicionamento destes dispositivos (DPS) de acordo com os tipos.

1. Pergunta – Como posso fazer a proteção de grandes áreas abertas com o SPDA?

Resposta – Não é possível realizar a proteção de grandes áreas abertas utilizando o SPDA. Para esses locais é recomendado a instalação de detectores de tempestade conforme norma NBR 16785. No caso de uma possível tempestade com risco de descargas elétricas, o detector irá emitir um alerta para que as pessoas sejam removidas para um local seguro.

2. Pergunta – Como devo realizar a proteção de um clube, com várias piscinas e campos de futebol?

Resposta – As áreas abertas, como por exemplo, áreas externas de clubes, não são especificadas pela ABNT NBR 5419. Nestes casos, é interessante que instale avisos e detectores de tempestade conforme NBR 16785, estrategicamente posicionados, para alertar as pessoas para que não fiquem em ambientes abertos em caso de tempestades e descargas atmosféricas.

3. Pergunta – Em um campo de futebol gramado e descoberto com alambrado metálico em volta, foi instalado hastes de aterramento a cada 20 metros e não foi executado o anel aterrado interligando as hastes. É necessário executar o anel interligando as hastes? Como proteger o gramado?

RespostaA NBR 5419/2015 menciona que não existe a possibilidade de se realizar um projeto de SPDA para áreas abertas e essa situação, estádio de futebol, trata-se disso. Porém, pelo alambrado do estádio ser metálico, o que se recomenda é instalar placas de advertência às pessoas, em relação aos riscos de descargas. Com relação à equipotencialização, o ideal é instalar um anel de aterramento, interligando as partes metálicas nele. Isso contribuiria para mitigar os efeitos das tensões de passo e toque.

4. Pergunta – Possuo um estacionamento com vários postes de iluminação metálicos aterrados individualmente. Preciso fazer a interligação entre as hastes de aterramento de cada poste? As pessoas nesse estacionamento estão protegidas contra as descargas atmosféricas?

Resposta – A NBR 5419-3/2015 trata da proteção, no interior e ao redor de uma estrutura, contra danos físicos e contra lesões a seres vivos devido às tensões de toque e passo. Portanto, a proteção de áreas abertas não são especificadas pela NBR 5419/2015. É importante reforçar que em caso de tempestades, a melhor forma das pessoas se protegerem é procurando um abrigo em uma edificação ou estrutura fechada, preferencialmente protegida contra descargas atmosféricas, tais como carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos; em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios; em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis; em grandes construções com estruturas metálicas. Desta forma sempre recomendamos que sejam instalados avisos, estrategicamente posicionados, para alertar as pessoas a não ficarem em espaços abertos durante tempestades e incidências de descargas atmosféricas. Portanto, a instalação de aterramentos pontuais ou a instalação de uma malha de aterramento interligando os postes de iluminação, não garantiriam a proteção das pessoas presentes no local. Qualquer medida de proteção adotada, não seria uma exigência da NBR 5419/2015.

1. Pergunta – Posso utilizar captação natural com descidas externas ou necessariamente devo utilizar captação natural com descidas estruturais?

Resposta A captação natural não te obriga a ter descidas naturais e vice versa. No seu caso, o uso do sistema Franklin ou de uma malha de captação ( tipo Gaiola de Faraday) pode ser aplicado, para evitar que a descarga atmosférica perfure a telha, evitando infiltrações dentro do seu galpão ou aquecimento nos pontos de impacto que sejam capazes de provocar explosões em caso de armazenamento de grãos ou inflamáveis.

1. Pergunta – Qual prazo para atualização e adequação do SPDA para a norma de 2015?

Resposta – Não existe um prazo oficial para a adequação dos projetos já executados e finalizados. Apenas os novos projetos que devem ser adequados antes de sua execução. Os projetos já executados, durante as inspeções rotineiras que serão feitas a luz da nova norma, podem ser reprovados por não estarem em conformidade. Nossa recomendação é que todos os projetos, sejam os já executados, os que estão em execução e os que ainda estão no planejamento, estejam em acordo com a versão mais atual da NBR 5419.

2. Pergunta – Possuo uma edificação construída antes de 2005, sendo assim, as descidas do SPDA foram feitas com cabo 16 mm². De acordo com a nova revisão, pode ser mantido essa mesma bitola de descida?

Resposta – Como mencionado no prefácio da NBR-5419-1/2015 todas as partes da nova norma cancelam e substituem as normas anteriores. Sendo assim, os cabos devem apresentar dimensões de acordo com a tabela 6 da NBR 5419-3/2015.

3. Pergunta – Os imóveis onde têm para raios que foram instalados em 2008 terão que necessariamente se adequarem à nova norma ou somente nas novas instalações?

Resposta – Como mencionado no prefácio da NBR-5419-1/2015, todas as partes da nova norma cancelam e substituem as normas anteriores. Sendo assim, a Termotécnica Para-raios recomenda às adequações após as inspeções de acordo com a norma vigente, como se observa no item 7.2 (aplicação das inspeções) da NBR5419/2015.

4. Pergunta – Como e onde adquirir a norma NBR 5419?

Resposta – A norma deve ser obtida diretamente através da ABNT ou seus representantes. A Termotécnica oferece treinamentos e cursos de atualização de SPDA + MPS. Acesse o link a seguir, para saber mais informações: https://tel.com.br/curso-ao-vivo/

5. Pergunta – Sou obrigado a atualizar meu SPDA para a nova versão da norma? Qual parte da norma cita isso?

Resposta A NBR-5419 é um pouco falha a respeito de como proceder na sua atualização. Não existe na norma uma definição clara do que deverá ser feito. Fica-se subentendido que deverão ser feitas adequações seguindo as premissas da última atualização. Nossa recomendação é para que sempre se adeque novos projetos e projetos antigos a luz da norma NBR 5419 em sua atualização mais recente, porém entendemos que em alguns casos o cliente pode não querer realizar essa adequação em virtude de ser um projeto recente. Nesse caso, nós não emitimos um laudo de aprovação da inspeção do SPDA por entendermos que ele está fora da norma vigente. Caso não tenham sido feitas alterações no projeto original (mesmo sendo baseado na penúltima atualização da norma) e nem na edificação, você pode mover uma ação questionando o direito adquirido, uma vez que seu projeto teria sido executado antes da atualização da norma e o mesmo seguia todas as premissas em vigor na época. Caberá a justiça definir se é necessária ou não essa atualização do seu SPDA. O problema é que normalmente os projetos já se encontram fora da penúltima atualização da norma, o que complica ainda mais essa situação. Estamos trabalhando junto ao comitê da norma para que esse aspecto de atualização seja mais claro e objetivo, sem brechas ou falhas, de modo a facilitar para todos, qual deverá ser o procedimento adotado.

6. Pergunta – Sou síndica em um condomínio pequeno, recebi a visita de uma empresa de um profissional na formação técnica. Ele fez o laudo, não forneceu ART, e não aprovou o sistema atual. Pois bem, nosso prédio tem 30 anos, claro que muita coisa mudou, mas achei melhor pesquisar um pouco sobre o que foi sugerido na adequação. Como não se trata de um engenheiro ou arquiteto, ele mesmo pode fazer essa inspeção e também as adequações?

Resposta – Sugiro que contrate uma empresa especializada nesse tipo de serviço (até mesmo para ter uma segunda opinião). É bem provável que existam vários aspectos para se alterar, afinal, trata-se de um prédio de 30 anos que passou por diversas atualizações normativas. É sempre importante possuir um laudo com uma ART para se resguardar no caso de fiscalizações e/ou seguros.

7. Pergunta – Sou gerente de um depósito de GLP classe VII, estou para renovar o laudo do SPDA, é obrigatório a adequação para instalação do DPS?

Resposta – Como mencionado no Prefácio da NBR-5419/2015 todas as partes da nova norma cancelam e substituem as normas anteriores. Sendo assim, é importante a adequação tanto do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) quanto das medidas de proteção contra surtos (MPS), sendo que o DPS trata-se de um método de MPS.

8. Pergunta – A norma de 2005 não trazia exigências mínimas para os fios dos cabos do aterramento. A atualização da norma em 2015 passou a exigir, por exemplo, um cabo de aterramento de cobre nú 50 mm² de 7 fios, com 3 mm de diâmetro em cada fio. A maioria das construções existentes utiliza o cabo de 19 fios devido a essa falta de especificação em normas antigas e também porque a norma NBR 5410:2008 cita que o cabo para malha de aterramento pode ser de cobre nú 50 mm² com 1,8 mm cada fio. Gostaria de entender um pouco sobre essa mudança e também sobre como proceder após minha inspeção.

Resposta – O diâmetro dos fios dos cabos já são exigidos a mais de uma década e existem diversos artigos chamando a atenção para isso. A norma antiga realmente só fazia exigência dos 50 mm², mas com o passar dos anos, o comitê notou dois problemas bastante frequentes na utilização do cabo 19 fios: o primeiro problema era a facilidade com que esses fios se rompem devido a vibrações naturais do solo e da estrutura, quando tensionados e o segundo era o grande número de cabos com seção menor do que o mínimo especificado. A partir dessas informações, o comitê decidiu por especificar na norma o diâmetro mínimo de cada fio, de modo a garantir que o cabo sempre atenda a seção mínima exigida. A nossa recomendação é para que sempre se adeque o aterramento para as especificações da versão mais recente da norma.

9. Pergunta – Posso aproveitar um pilar existente de um prédio antigo como condutor de descida do meu SPDA? Quais as condições para isso?

Resposta – Somente pode ser aproveitado um pilar como condutor de descida, caso previamente sejam feitos os testes de continuidade elétrica, prescritos no anexo F da NBR 5419-3:2015. Estes testes precisam resultar em valores que possam ser validados pela norma. Se os valores apresentados atenderem às especificações, o pilar pode ser utilizado como descida natural, caso contrário deverá ser feito uma descida externa.

1. Pergunta – Devido a estrutura metálica ficar exposta, em um galpão, por exemplo, algum usuário do local poderá receber uma descarga no caso do sistema ser atingido por um raio? É permitido por norma fazer as descidas do SPDA em estrutura metálica exposta onde uma pessoa pode ter contato?

Resposta – Os pilares metálicos dentro de seu galpão sempre serão descidas naturais, e portanto, devem ser interligados a sua malha de aterramento. É extremamente importante que estes sigam as premissas descritas no item 5.3.5 da norma NBR 5419-3:2015. Internamente na estrutura, o risco para as pessoas será mínimo se existir um Sistema de Equalização dos potenciais elétricos, por exemplo, através da conexão de todas as massas metálicas e linhas de energia e sinal à malha de aterramento no nível do solo. O efeito da Gaiola de Faraday, protegerá os ocupantes da edificação, portanto, é permitido sim fazer descidas naturais internamente na edificação. Os riscos que existirão na parte externa da sua edificação – nas descidas naturais – são os mesmos que existem em descidas externas: o surgimento de tensões de toque e passo. Para evitar esses riscos, é necessário atender aos requisitos prescritos no item 8 da NBR 5419-3:2015. Dica: Os suportes com roldana plástica existentes no mercado, NÃO isolam os condutores de descida dos pilares metálicos.

2. Pergunta – Em minha residência existe um cabo do SPDA que passa próximo a um local onde eu tenho acesso. Há quais riscos eu estou exposta e quais medidas eu devo tomar para me proteger?

Resposta – Como a norma NBR 5419-3:2015, que regulamenta as medidas de proteção contra descarga atmosféricas, não exige que os condutores sejam isolados eletricamente, numa eventual descarga atmosférica, caso você esteja próxima desse condutor, existe o risco de ser atingida por uma parcela da descarga. Prevendo situações como essa, o item 8.1 da norma NBR 5419-3:2015 cita algumas medidas de proteção contra tensões de toque. Dentre várias possibilidades, a mais barata e segura é evitar que pessoas e animais permaneçam próximos aos condutores do SPDA em caso de tempestades. Existem também condutores especiais que podem ser aplicados em casos específicos, mas, devido ao alto custo, acabam não se tornando viáveis.

1. Pergunta – Posso utilizar um DPS com especificações para um SPDA com Nível 3 de proteção, em uma edificação com SPDA com nível 4? E o contrário?

Resposta Sim, os parâmetros relacionados ao nível de proteção do SPDA para os níveis 3 e 4 são os mesmos. Porém, a especificação de um DPS não é baseada somente neste parâmetro, existem outros que também devem ser analisados, como corrente nominal, máxima tensão de operação contínua, etc. Para os níveis de proteção 1 e 2 do SPDA os parâmetros são diferentes, não podendo ser utilizado os mesmos tipo de DPS dos NP 3 e 4.

2. Pergunta – Além dos convencionais (Up, Uc, I imp, I n), existem outros parâmetros que devem ser levados em consideração durante a especificação de DPS para uma área industrial?

Resposta – Sim! Em áreas industriais as condições das linhas de energia são diferentes das encontradas em áreas residenciais. Como os transformadores são muito maiores e possuem muito mais capacidade energética, deverá ser levado em consideração também a capacidade do DPS em extinguir correntes de seguimento e também sua velocidade de atuação. De um modo geral, DPS para áreas industriais deverão ter de 25 a 50 KA rms de capacidade de extinção das correntes de seguimento. É importante também observar a resistência a vibração desses dispositivos e também o dimensionamento da entrada de seus condutores, já que em áreas industriais esses condutores possuem bitolas maiores do que os condutores de áreas residenciais.

3. Pergunta – Posso utilizar DEHNshield e o DEHNventil para proteção do equipamento final?

Resposta – Sim, devido a sua alta tecnologia, tanto o DEHNshield quanto o DEHNventil podem ser utilizados para proteção do equipamento final, desde que esse esteja a uma distância de até 10 m do protetor.

4. Pergunta – O que é corrente de fuga?

Resposta – Quando um varistor está degradado, se aproximando do final de sua vida útil, seus grãos estarão alinhados de modo a conduzir constantemente uma corrente para o aterramento. Essa corrente recebe o nome de corrente de fuga e seu valor pode não ser o suficiente para desarmar os disjuntores e fusíveis, desse modo, se o DPS for de baixa tecnologia ele não se desconectará do sistema e começará a consumir energia, atuando como uma carga. Se for de alta tecnologia, ao detectar o início dessa corrente de fuga o próprio dispositivo fará a desconexão e sinalizará que já está inoperante.

5. Pergunta – O que é corrente de seguimento?

Resposta – Corrente de seguimento é uma corrente elétrica que é conduzida pelo DPS após sua atuação, caso ele não seja adequado para a aplicação. Se após a condução do surto para o aterramento a chave do dispositivo demorar a se abrir, será conduzido através dele uma corrente elétrica que encontrará ali o caminho de menor impedância. Essa corrente elétrica será limitada pela capacidade do transformador. Em áreas residenciais esse valor será de 5 KA rms e em áreas industriais esse valor pode chegar a 50 KA rms. Devido a sua intensidade e duração, os danos serão altos, danificando o DPS e também condutores e equipamentos da instalação. É extremamente importante que durante o dimensionamento do DPS seja levado em consideração esse parâmetro.

1. Pergunta – No caso da frequência industrial, quando o eletrodo é utilizado para aterramento de barramentos secundários (painéis elétricos) a partir do BEP, não teremos que obter uma resistência máxima de 10 Ohms? Este eletrodo em anel será utilizado para o SPDA. Para instalação da Malha Geral de Aterramento, é necessário estratificar o solo? Este procedimento poderá ser em duas etapas? A primeira etapa para uso do aterramento industrial e em seguida a estratificação e adequação do eletrodo para frequências elevadas?

RespostaO dimensionamento do eletrodo de aterramento deverá seguir os parâmetros para o propósito a que se destina. Para SPDA, você só precisa conhecer a qualidade do solo no caso de Nível 1 e 2 de proteção, para validar o comprimento mínimo, como explicado no artigo (Como validar um eletrodo de aterramento de acordo com a NBR5419/2015). Se o aterramento for para SUBESTAÇÕES, os requisitos e normas são outros. Tanto a NBR 5410 (instalações elétricas de BT) quanto a NBR 5419 (PDA) exigem no mínimo um eletrodo de aterramento em anel circundando a edificação. Para os níveis de proteção 1 e 2, a exigência é mais rigorosa ainda. Não existe nenhuma norma que exija explicitamente os 10 ohms e para proteção contra descargas atmosféricas, a configuração do eletrodo e a equipotencialização, são mais importantes que o valor de resistência, por isso a norma não exige esses 10 ohms. Já para outras aplicações, esse valor de aterramento poderá ser importante. Em alguns casos (depende de caso para caso) o seu eletrodo de aterramento poderá atender concomitantemente às 2 funções (proteção elétrica e proteção de descargas atmosféricas), mas é necessário validar sua malha.

2. Pergunta – O Item 5.4.3 fala da distância de 1 m ao redor da edificação, no texto publicado, você diz que se “não for possível “, deverá ser justificado, isso está na norma ou entra nas boas práticas? Essa distância é mínima realmente?

Resposta – O próprio item citado por você, 5.4.3 da NBR 5419:2015-3, diz que em caso de impossibilidade técnica o anel de aterramento pode ser instalado internamente, o mais rente possível às paredes internas, desde que sejam tomada as devidas precauções com as tensões de toque e passo, conforme seção 8. Recomendamos justificar em relatório tal solução, que só deve ser empregada em último caso, para evitar que em futuras inspeções seja apontado como erro de projeto/instalação, portanto, entraria nas boas práticas. Essa distância de 1 m não é mínima e nem máxima, é apenas uma referência.

3. Pergunta – Para quais classes do SPDA é preciso fazer o teste de resistividade do solo?

Resposta – Apenas para as classes 1 e 2 do SPDA. Segundo a Nota 1 do item 5.4.2 da NBR 5419-3:2015, às classes III e IV são independentes da resistividade do solo, tendo apenas como exigência um valor mínimo para o raio médio “re” da área abrangida pelos eletrodos, que não pode ser inferior a “L1″(5m).

4. Pergunta – Onde na norma encontro as especificações dos condutores de aterramento?

Resposta –  Às especificações mínimas dos condutores do subsistema de aterramento estão presentes na tabela 7 da parte III da norma NBR 5419:2015.

5. Pergunta – Gostaria de saber se o cabo de cobre nu 50 mm² 19 fios é normatizado?

Resposta – Não. Os cabos de cobre nu 50 mm² de 19 fios não são normatizados. É importante observar a seção transversal e verificar se o cabo possui formação de sete fios, conforme a NBR 6524. Geralmente, os cabos de cobre nu de 35 mm² e 50 mm², possuem 2,5 mm e 3,00 mm de diâmetro em cada fio, respectivamente. Para se certificar quanto a esta e outras seções dos cabos de cobre nu, veja as tabelas 6 e 7 da norma ABNT NBR 5419-3:2015.

6. Pergunta – Para o projeto do SPDA de uma casa com fundação em radier, o anel de cordoalha de cobre de 50 mm², pode ficar embutido no perímetro externo da armadura do radier ou será melhor fazer externamente a 1 m de afastamento, circundando a construção?

Resposta – O seu próprio radier configura uma malha de aterramento, basta realizar as interligações entre as ferragens internas da laje enterrada no solo. Caso não consiga atender esse requisito, a recomendação é para fazer um anel externamente, a 1 m de afastamento com no mínimo 50 cm de profundidade.

7. Pergunta – O raio da área abrangida pelos eletrodos de aterramento, no caso do SPDA classes III e IV é de 5 metros, conforme a figura da NBR 5419-3:2015. Neste caso preciso prever eletrodos em áreas de raio 5 metros até abranger toda a área de piso da edificação? Caso afirmativo, posso considerar estacas tipo trilho em SPDA estrutural como um eletrodo que vai abranger este raio de 5 metros?

Resposta – O item citado 5.4.3 da NBR-5419-3/2015 se refere ao comprimento mínimo da malha de aterramento. O eletrodo cravado (haste) não é uma medida obrigatória e sim uma alternativa para complementar a malha, de forma que a mesma atinja o valor de comprimento mínimo exigido pela Figura 3 da NBR 5419-3:2015. Você pode considerar estacas como eletrodo natural de aterramento, e inclusive, seu uso é preferível.

8. Pergunta – Frente ao solicitado pela nova norma, atendendo os 13 itens para o eletrodo natural, não é mais necessário solicitar o “valor da resistência ôhmica da malha” no laudo de inspeção do aterramento? Apenas o valor de continuidade elétrica?

Resposta – Durante as inspeções do SPDA, o item 7.3.2 da norma NBR 5419-3 descreve quais os parâmetros devem ser analisados e, com relação ao aterramento, apenas dois itens são listados:

c) corrosão dos eletrodos de aterramento;

d) verificação da integridade física dos condutores do eletrodo de aterramento para os subsistemas de aterramento não naturais.

E na parte de documentação, no item 7.5.1 são exigidos apenas:

– o gerenciamento de risco;

– o desenho do projeto do SPDA;

– quando aplicável, os dados sobre a resistividade do solo;

– os registros dos ensaios realizados no aterramento, além dos registros das medidas contra de tensão de toque e de passo, descrevendo-as. Também é necessário a verificação da integridade física dos eletrodos de aterramento. Resumindo: para a norma o mais importante agora, é a configuração do aterramento e não mais o valor de sua resistência, portanto, apenas os dados sobre a continuidade elétrica da malha de aterramento são necessários.

9. Pergunta – Posso utilizar uma Rebar para interligar as ferragens da fundação com o BEP da instalação, através de cabo de cobre nú, para compor o sistema de aterramento de minha residência? Qual a maneira correta de conexão dessa Rebar com as referidas ferragens?

Resposta – Você deseja fazer as interligações entre os pilares estruturais utilizando a rebar e deseja saber como faria a conexão entre o BEP e a própria rebar (a rebar é o condutor da malha de aterramento).

É possível sim essa aplicação (uso da rebar como condutor da malha de aterramento), desde que:

– A rebar seja galvanizada a fogo e tenha no mínimo 10 mm de diâmetro para instalação horizontal e 16 mm para instalação vertical;

– Você atenda umas das seguintes condições:

Para conexões mecânicas:

– Você deve utilizar caixas de inspeção nos pontos de conexão, ou

– Você deve proteger mecanicamente as conexões, recomendamos nos pontos onde existir conexões mecânicas você fazer uma camada protetora de concreto.

Para conexões através de solda elétrica:

– Você deve garantir que o acabamento não seja afetado após a solda, para isso recomendamos que após a solda seja feito o uso da tinta de alto teor de zinco TEL-5908 e/ou fazer a proteção através de uma camada de concreto.

A conexão entre a rebar da malha e BEP deve ser feita através de um conector entre a rebar de 10 mm e o cabo de cobre de 50 mm² (utilizar conector bimetálico). Nesse local você deve seguir os parâmetros da conexão mecânica.

Temos vários exemplos dessas conexões em nossas bibliotecas de detalhes, por exemplo os detalhes: H006, L002 (apenas o exemplo de conexão, atentar-se para as seções dos condutores), M003, M008, M010, dentre outros.

10. Pergunta – Como deve ser feita a malha de aterramento de uma edificação em que não se tem a garantia da conexão dos pilares com a fundação?

Resposta – Deverá ser feita uma malha de aterramento externa a edificação, conforme item 5.4 da norma NBR 5419.

11. Pergunta – Estamos construindo uma edificação onde no projeto foi utilizado como referência a Classe I para a malha de captação e como descidas será adotado o método estrutural (Natural), neste caso entendo que não seja necessário na fase de projeto a medição da resistividade do solo e estratificação do mesmo, certo? Sendo obrigatório a medição de continuidade da estrutura da edificação.

Resposta – Conforme item 5.4.2 da NBR 5419-3/2015, desde que o aterramento seja estrutural, não será necessária a estratificação do solo. Caso contrário, a resistividade do solo deve ser considerada para o cálculo do comprimento mínimo do eletrodo de aterramento.

12. Pergunta – Quando não for possível fazer a malha de aterramento circundando a edificação até atingir os 80% enterrados, podemos fazer uma malha complementar em outra direção interligada a esta malha circundante? 

Resposta – Além de não ter respaldo normativo, essa prática é temerosa. A malha deve estar onde ela é necessária, que é exatamente no encontro das descidas com o solo. Além de tentar fazer a malha por fora da edificação, caso não seja possível, pode-se tentar fazer a malha por dentro e em último caso executar testes de continuidade elétrica para analisar se as fundações poderão ser usadas como eletrodos naturais de aterramento.

13. Pergunta – Preciso aterrar containers metálicos? Qual item da norma pede isso? Eles estão num pátio expostos a raios, alguns são estruturas fixas.

Resposta – A norma não aborda o assunto de forma específica, mas containers metálicos devem ser aterrados em suas extremidades opostas, a minha sugestão é uma interligação do container com a malha de aterramento a cada 10 m. Caso existam muitas pessoas nesses contêineres, talvez seja uma boa ideia – além desse aterramento – tentar um sistema isolado, com postes metálicos de modo a reduzir os riscos para as pessoas.

14. Pergunta – Quando a edificação não possui área externa para execução do anel eu posso executar esse anel no interior da edificação, mantendo as medidas de proteção quanto à alvenaria de 1,0 m?

Resposta – O item 5.4.3 da NBR 5419:2015-3, diz que em caso de impossibilidade técnica o anel de aterramento pode ser instalado internamente, o mais rente possível às paredes internas, desde que sejam tomada as devidas precauções com as tensões de toque e passo, conforme Seção 8. Recomendamos justificar em relatório tal solução, que só deve ser empregada em último caso, para evitar que em futuras inspeções seja apontado como erro de projeto/instalação.

15. Pergunta – Para um centro comercial onde não é possível projetar uma malha em volta da edificação, por estar com as paredes coladas com outras edificações (exceto a fachada frontal, onde existe um estacionamento), como devo proceder?

Resposta – A norma cita esse tipo de situação no item 5.4.3: ” No caso da impossibilidade técnica da construção de anel externo à edificação, este pode ser instalado internamente. Para isso, devem ser tomadas medidas visando minimizar os riscos causados por tensões superficiais (ver seção 8). Você pode fazer uma malha interna na edificação, passando o mais próximo possível das paredes e tomando medidas contra tensões de passo e de toque.

16. Pergunta – Qual o valor aceitável da resistência de uma malha de aterramento de uma SPDA externo tipo Gaiola de Faraday?

Resposta – A medição da resistência ôhmica do aterramento do SPDA, bem como o anterior valor sugerido de 10 ohms foram retirados da norma na atualização de 2015. Para avaliar se o SPDA está corretamente dimensionado, deve-se observar se a instalação está seguindo todas as exigências da norma NBR 5419-3:2015. A norma demonstra uma preocupação muito maior em relação a qualidade dos componentes utilizados e também na continuidade elétrica da malha de aterramento.

17. Pergunta – No caso de uma edificação com um piso de concreto descontínuo e com espessura de 20 cm, como fazer a malha de aterramento?

Resposta – A malha de aterramento deve ser feita seguindo as recomendações descritas no item 5.4 da norma NBR 5419-3/2015, enterrado na profundidade de no mínimo 0,5 m e ficar posicionado à distância aproximada de 1 m ao redor das paredes externas, o anel deve circular toda a edificação. No caso, o piso de concreto deverá ser quebrado e refeito após a colocação da malha de aterramento.

18. Pergunta – No item 5.4.2 na NBR 5419-3:2015 , além da opção do arranjo do aterramento em anel, tem-se também a seguinte colocação: “estes eletrodos de aterramento podem também ser do tipo MALHA DE ATERRAMENTO”. Além do aterramento em anel também pode ser feito o aterramento por malha?

Resposta – A norma NBR5419-3:2015 indica no item 5.4.2, que o subsistema de aterramento pode ser feito também por meio de malha de aterramento. O uso da malha é recomendado em situações onde há maior risco a tensões superficiais perigosas, como por exemplo currais, onde as tensões de passo podem provocar a morte dos animais.

19. Pergunta – Para o aterramento de pontes metálicas não é possível a execução de anel em contato com o solo. É suficiente uma malha de aterramento em uma das extremidades? 

Resposta – A ABNT NBR 5419 não contempla a proteção de pontes para veículos. Porém, caso ainda deseje realizar alguma proteção, recomendamos a verificação das ferragens estruturais como aterramento natural. Dada a grande quantidade de ferragens estruturais que integram uma ponte, é preferencial a utilização destas como componentes naturais do SPDA. 

20. Pergunta – Estou com dúvida quando a edificação não possui área externa para execução do anel. Posso executar esse anel no interior da edificação, mantendo as medidas de proteção quanto à alvenaria de 1,0 m?

Resposta – O item 5.4.3 da NBR 5419:2015-3, diz que em caso de impossibilidade técnica o anel de aterramento pode ser instalado internamente, o mais rente possível às paredes internas, desde que sejam tomada as devidas precauções com as tensões de toque e passo, conforme Seção 8. Recomendamos justificar em relatório tal solução, que só deve ser empregada em último caso, para evitar que em futuras inspeções seja apontado como erro de projeto/instalação.

21. Pergunta – A minha dúvida é a seguinte: na impossibilidade de passar o anel de aterramento externamente a uma distância de 1m e 0,5 m de profundidade, pois é uma divisa, como posso proceder? Devo prever o anel passando internamente a 0,5 m de profundidade e 1 m de distância da fundação ou da parede interna ou devo projetar passando bem junto às mesmas?

Resposta – Quando não é possível realizar o aterramento com uma distância de 1 m da parede, a norma menciona a possibilidade de realizar a mesma internamente, considerando os cuidados de proteção contra acidentes com seres vivos devido à tensões de passo e toque (seção 8 da NBR 5419-3/2015), sendo essa malha interna bem próxima às paredes. Uma outra alternativa bem eficiente para essa situação seria utilizar as próprias ferragens de fundação (aterramento estrutural), levando em consideração que exista um projeto civil da estrutura e a validação desse aterramento estrutural através de um teste de continuidade.

22. Pergunta – Existe a obrigatoriedade do aterramento ser em anel? E se escolher o sistema de captação com captores tipo franklin, posso construir uma malha somente em um lado da edificação?

Resposta – Segundo a parte III da NBR 5419:2015, o arranjo a ser utilizado no subsistema de aterramento deve, obrigatoriamente, consistir no condutor em anel, externo à estrutura a ser protegida e deve ser enterrado na profundidade de no mínimo 0,5 m, posicionado à distância aproximada de 1 m ao redor das paredes externas. Ademais, a malha deve circular toda a edificação, independente do método de captação utilizado.

23. Pergunta – Sobre o anel feito enterrado, quando não há possibilidade de fazê-lo por impedimento físico de uma construção já existente, o que deve ser feito?

Resposta – Você pode fazer uma parte por cima da superfície, mas no mínimo 80% desse cabo precisar estar em contato com o solo e a continuidade dessa malha deve ser garantida. Caso esta opção não seja possível, você pode tentar fazer os testes de continuidade nas fundações. Se não der positivo, você terá que trabalhar com o que a norma da ABNT NBR 5419-3:2015 recomenda. 

24. Pergunta – Como compensar o SPDA quando não consigo fazer o anel por completo? E se for uma área classificada?

Resposta – A instalação do anel de aterramento é de grande importância para garantir a eficiência do SPDA e para proteger as pessoas que estão dentro da estrutura. Sendo assim, estruturas que não o apresentem estão fora de norma.

Em edificações com dificuldades para instalar o anel, usualmente são tomadas uma das seguintes medidas em conformidade com a norma:

a) Utilizar 20% do comprimento total da malha desenterrado (aterramento aéreo), ou seja, é obrigatório que 80% esteja enterrado.

b) Utilizar as ferragens estruturais como parte integrante do SPDA , uma vez que este se torna mais eficiente e seguro, devido a quantidade de condutores formados pelos pilares e vigas da estrutura. Com a utilização do SPDA estrutural, a economia em termos de instalação e manutenção pode chegar até 60% em relação ao SPDA com elementos não estruturais. Optando por esta opção, será necessário realizar o teste de continuidade das ferragens estruturais, o qual verificará se elas estão aptas para tal fim. Especialmente em áreas classificadas é fundamental ter uma boa malha de aterramento.

25. Pergunta – Em relação às classe I e II do SPDA, quando o re não atende o comprimento maior ou/e igual de L1 deve-se adotar a compensação Lr ( horizontal) e Lv (vertical), é preciso atender as duas condicionantes ou apenas uma delas (cabo horizontal) ou o eletrodo cravado (haste)?

Considerando que possa ser utilizado apenas uma das duas condicionantes:

– lr, poderá ser utilizado apenas o cabo adicionando seu comprimento resultante da equação( lr = l1-re), sendo derivando de uma haste enterrada existente ?

– Lv, poderá ser acrescido eletrodo cravado (haste), diretamente na malha de aterramento já prevista no entorno da edificação ou deve ser acrescida ampliação da malha para novas hastes a serem aterradas?

Resposta – Quando o raio médio (Re) não atende o comprimento de maior ou igual a L1, deve-se adotar uma das duas alternativas: compensação Lr (horizontal) ou Lv (vertical).

Ao adotar a primeira alternativa (Lr) – seria acrescentar a diferença entre L1 e Re em eletrodo de aterramento na forma de cabos, pois se trata de condutores na horizontal. Já a segunda (Lv), é a mesma ideia porém em forma de haste (eletrodo complementar de aterramento na vertical), porém cada metro de eletrodo enterrado na vertical equivale a dois metros enterrados na horizontal, sendo preferível sua utilização. Por fim, é importante destacar que o anel de aterramento é de grande importância para garantir a eficiência de seu SPDA e para proteger as pessoas que estão dentro da estrutura. Sendo assim, estão em não conformidade as edificações que não apresentarem o mesmo e para seu caso, essa compensação deve estar interligada ao anel.

26. Pergunta – Para subsistemas de aterramento o único método é o arranjo em anel?

Resposta – A única configuração permitida pela ABNT NBR 5419:2015 para o subsistema de aterramento não natural é a de anel em torno da estrutura a ser protegida. Porém, existe também a possibilidade, que inclusive é a mais recomendada, de empregar as armaduras de aço interconectadas das fundações, como eletrodo de aterramento natural.

27. Pergunta – Recebi de uma empresa de manutenção de SPDA o seguinte relato: ” O sistema de aterramento está composto com 16 das hastes com resistências padrão, o sistema está com 09 equipotencializados preparados queimados necessitando de troca. Além disso, será necessário a substituição da descida, pois a descida existente de um prédio de 11 pavimentos o cabo de cobre é de 16mm, o que não é permitido pela norma, no mínimo deveria ser de 35mm.” Fazem sentido esses comentários? Observando o SPDA não observei nenhum componente “queimado”, vi alguns grampos de equalização um pouco enferrujados.

Resposta – O SPDA deve estar de acordo com o projeto baseado na norma técnica ABNT NBR 5419:2015. Sendo assim, o subsistema de aterramento deve ser representado em anel circulando a edificação a 1 m de distância e a 0,50 m de profundidade, ou seja, as hastes não são obrigatórias e sim complementares. Em relação as descidas, quando se utilizar os cabos de cobre, esse deve apresentar seção mínima de # 35mm² com diâmetro mínimo dos fios de 2,5 mm, conforme a tabela 6 da parte III da NBR 5419:2015. Para o caso de inspeção, essas devem acontecer para avaliar a condição dos componentes do SPDA, se esses estão em boas condições, são capazes de cumprir suas funções, se não apresentam corrosão e se atendem às suas respectivas normas.

28. Pergunta – Tem um galpão que já existe o anel externo e estão pedindo para aterrar os equipamentos e máquinas que estão localizadas internamente. Neste caso, interliga no anel externo ou tenho que fazer um anel interno?

Resposta – O processo de equipotencialização é fundamental para garantir a segurança contra centelhamentos perigosos (arcos elétricos). Sendo assim, a norma técnica ABNT NBR 5419:2015 destaca a importância de realizar esse processo de equalizar os potenciais das estruturas metálicas internas, interligando essas ao barramento de equipotencialização principal (BEP) ou ao barramento de equipotencialização local (BEL) ou diretamente ao anel de aterramento, de acordo com o posicionamento interno na edificação. Com relação a proteção de equipamentos, deverá ter uma avaliação mais criteriosa em relação a equipotencialização para definir ou não o uso de dispositivos de proteção contra surtos (DPS).

29. Pergunta – Durante a montagem de um galpão lonado, com estrutura metálica, o responsável pela obra afirma que não é necessário um aterramento provisório, no período da montagem , sendo que, o galpão tem 18m. Se for necessário, como seria possível fazer esse aterramento provisório, levando em consideração que a malha ainda não foi construída?

Resposta – A norma de SPDA, NBR 5419, não diz nada sobre aterramento provisório. Aterramento provisório é algo estipulado pela NBR 5410, referente ao sistema elétrico. Durante a execução da obra, não é necessário o aterramento provisório pela NBR 5419, porém, recomendamos que o aterramento seja feito no começo ou meio da obra para evitar o retrabalho de quebrar pisos já instalados, concretados, etc.

30. Pergunta – Estou fazendo o cálculo do sistema de SPDA de um galpão industrial, porém, em um dos lados do galpão, existe uma barreira física que ocupa a metade do comprimento desta lateral (bacia de contenção de uns tanques de condensado), que vai me impossibilitar a escavação para a continuidade deste anel, neste caso eu posso circular o galpão e no ponto de obstrução passar o anel por dentro da instalação ou o anel neste caso deve ser todo ele feito por dentro do galpão? No caso de se fazer por dentro deve ser respeitado os mesmos 1 m de distância das paredes da instalação? O galpão é todo em estrutura metálica.

Resposta – A instalação do anel de aterramento é de grande importância para garantir a eficiência de seu SPDA, e para proteger as pessoas que estão dentro da estrutura contra as tensões de passo. Sendo assim, estão em não conformidade as edificações que não apresentarem o mesmo. Em edificações que apresentam dificuldades para instalar o anel, usualmente são tomadas uma das seguintes medidas em conformidade com a norma:

a) Instalar a malha de aterramento no interior da edificação o mais próximo possível das paredes externas.

b) Utilizar 20% do comprimento total da malha desenterrado (aterramento aéreo), ou seja, é obrigatório que 80% esteja enterrado.

c) Instalar o SPDA estrutural, uma vez que este se torna mais eficiente e seguro devido a quantidade de condutores formados pelos pilares e vigas da estrutura. Com a utilização do SPDA estrutural a economia em termos de instalação e manutenção pode chegar até 60% em relação ao SPDA com elementos não estruturais (Neste caso é necessário realizar o teste de continuidade das ferragens, o qual verificará se elas estão aptas para tal fim).

31. Pergunta – 1. Gostaria de Saber quando é preciso/necessário prover os eletrodos (hastes) de aterramento com o anel contra tensão de passo?

2.Gostaria de saber também, se é permitido, por norma, lançar parte da malha de aterramento no interior do piso interno de um galpão. Nesse caso, há um anel de aterramento externo contornando o galpão, mas, em uma lateral não é possível interligar as descidas (Rebars) embutidas nos pilares ao anel externo. Assim, a ideia é passar uma malha interna (linear) que receberá as descidas dos pilares e estará com as extremidades ligadas à malha externa.

Resposta – 1 – As hastes de aterramento não são itens obrigatórios na malha de aterramento. Sua utilização está atrelada a seguinte condição: onde o comprimento da malha de aterramento em volta da edificação não será suficiente para atender a exigência do projeto. Isso geralmente ocorre em regiões onde a resistividade do solo é alta.

2 – É permitido sim lançar a malha de aterramento internamente, apenas se for impossível passar a malha de aterramento por fora da edificação. Nesse caso a malha de aterramento deve ser colocada o mais próximo possível da extremidade da edificação. Lembre-se de que a malha deve ser contínua e interligada com todas as descidas.

32. Pergunta – No aterramento triângulo a ligação entre as três hastes pelo fio condutor, ele deve ser nu e dentro de um tubo de PVC ou só nu na terra?

Resposta – No aterramento os condutores devem ser enterrados diretamente no solo. O objetivo do aterramento é facilitar a dissipação a corrente do raio através do solo. Quanto mais barreiras colocarmos (camadas isolantes de PVC, etc) mais difícil será para a corrente ser dispersa. No seu caso, o condutor deve ser enterrado diretamente no solo junto com as hastes (ambos normalizados pela NBR 5419).

33. Pergunta – Na NBR 5419-3, item 5.4.3 menciona a instalação do eletrodo em anel a 1 m ao redor da parede da edificação, no meu caso, em uma das laterais da minha empresa, tenho um tanque de água e um sistema de bombas e tubulações que ocupam uma área de 3 m x 3 m com altura de 5 m encostado na lateral do prédio, sendo que o telhado do prédio tem h = 11 m. O entorno desta estrutura é todo concretado. O que seria correto neste caso, contornar esta estrutura do sistema de bombas ou devo manter a distância de 1m da parede da edificação? Outra dúvida, sendo mais de 50% do entorno do prédio, pavimentado com asfalto e/ou concreto, a única forma seria romper o pavimento e inserir o eletrodo?

Resposta – Primeiramente a norma permite que 20% do aterramento seja feito pela superfície ou que seu aterramento seja feito internamente na edificação (o mais próximo possível das paredes externas) e também diz que a distância de 1 m é uma distância aproximada, você pode utilizar dessas flexibilidades da norma desde que:

– Seja garantida a continuidade elétrica ao longo de todo comprimento do aterramento e;

– Sejam adotadas medidas contra tensão de passo e toque conforme seção 8 da norma.

Essa medida é justamente para casos como o seu, onde não é possível passar a malha de aterramento imediatamente abaixo do local especificado.

Sobre a sua segunda dúvida, em relação a forma de inserir o eletrodo, infelizmente será necessário quebrar parte do pavimento. A norma especifica uma profundidade mínima de 50 cm, para o eletrodo de aterramento enterrado no solo. Também será necessário colocar caixas de inspeção nos locais onde forem utilizados conectores mecânicos.

34. Pergunta – Quando a edificação não possuir em suas atividades materiais inflamáveis, mas, mantém fora da edificação e dentro de sua planta tanques de Diesel para abastecimento da frota, podemos adotar níveis diferentes de proteção? O aterramento deve ser isolado ou interligado ao aterramento principal?

Resposta – O gerenciamento de risco deve ser feito analisando cada área da estrutura separadamente, podendo haver assim, diferentes níveis de proteção. Realizar um único gerenciamento para toda a área, irá superdimensionar o SPDA. A malha de aterramento deve ser feita em formato de anel, circulando toda a estrutura e preferencialmente, interligando as malhas de diferentes estruturas para equipotencializar os subsistemas de aterramento e com isso, melhorar a eficiência do sistema instalado.

35. Pergunta – Me deparei com uma particularidade em um projeto de SPDA, no qual o eletrodo de aterramento em anel não poderá ser enterrado a uma distância de 1 m, como a norma NBR 5419 – 3, item 5.4.3, mas ela não é exata nessa distância a norma apenas fala que deve ser aproximado de 1 m. Essa aproximação para mais e para menos, deve ter uma porcentagem relativa de quanto?

Resposta – A norma não diz especificamente qual o valor de tolerância para essa aproximação de 1 m. Nós consideramos como um valor razoável algo até 15%. Os eletrodos devem ser instalados preferencialmente no lado externo da edificação, portanto, é melhor que eles fiquem mais próximos à parede pelo lado externo do que do lado interno da edificação, respeitando-se sempre a profundidade mínima de 50cm. No mesmo trecho da norma NBR 5419 (5.4.3) a norma também diz:

“No caso da impossibilidade técnica da construção do anel externo a edificação, este pode ser instalado internamente.

Isso quer dizer que: caso seja realmente impossível colocar o eletrodo do aterramento na distância de 1m externamente a edificação, o mesmo pode ser colocado internamente. Mas atenção para alguns requisitos:

– Esse eletrodo deve ficar o mais próximo possível das partes externas da edificação (rentes à parede);

– Devem ser adotadas medidas contra tensões superficiais (Anexo 8).

36. Pergunta – Por que o parâmetro de distância entre os eletrodos de aterramento e as paredes externas foram estipulados em 1 m?

Resposta – O parâmetro foi estipulado pensando também na proteção contra tensão de passo e toque, para pessoas que estejam próximas a edificação, por isso a distância de 1m.

O ideal é que o anel esteja enterrado a 1 m da edificação, mas a norma também entende que existem impossibilidades e, para esses casos, pode-se considerar valores menores que um metro.

37. Pergunta – A interligação entre malhas de aterramento é necessária apenas para malhas do SPDA? Quais os critérios de inspeção para essas malhas?

Resposta – A norma recomenda no item 5.4.1 que, sob o ponto de vista da proteção contra descargas atmosféricas, uma única malha de aterramento é preferível, ou seja, as malhas devem ser interligadas. Nesse caso, os critérios de inspeção adotados poderão ser o mesmos que os exigidos pela norma NBR 5419-3:2015.

38. Pergunta – Não possuo pontos de inspeção para medir a resistência do aterramento, mas possuo o cabo de 50 mm² chegando no BEP. Posso realizar a medida de aterramento nessa cordoalha que chega no BEP para medir a resistividade do aterramento?

Resposta – Devido a longa distância que será percorrida pelos cabos, não é o cenário ideal. Porém, como não há alternativa, desconecte o cabo do BEP e faça a medição. Lembrando que a medição deve ser feita fora da malha de aterramento.

39. Pergunta – Essa questão de poder fazer 80% da malha enterrada 20% por fora está citada na nova Norma NBR5419:2015?

Resposta – Está explicitamente na NBR5419:2015 , item 5.4.2 da parte 3.

40. Pergunta – Quais os efeitos prejudiciais podem ser causados por um aterramento de haste fraudado, onde, a concessionária em vez de utilizar hastes de aterramento com 2,40 m utilizou hastes de 10cm.

Resposta – O grande impacto de um aterramento subdimensionado é o aumento das tensões de passo e toque, que oferece grande risco aqueles que estarão no local durante uma descarga atmosférica. Outro impacto, é uma maior dificuldade da penetração da corrente do raio no solo. As hastes não são itens obrigatórios no aterramento do SPDA, porém seu uso facilita atingir o comprimento mínimo exigido através dos cálculos no item 5.4.2 da norma e, em alguns casos, é a única solução. Somente será uma fraude se no projeto estavam especificadas hastes de 2,40 m.

41. Pergunta – A malha de aterramento do SPDA deve ser interligada com a malha de aterramento de tomadas e equipamentos em geral? Se a resposta for sim, como e onde realizar essa interligação?

Resposta A norma NBR 5419 diz: “Sob o ponto de vista da proteção contra descargas atmosféricas, uma única infraestrutura de aterramento integrada é preferível e adequada para todos os propósitos, ou seja, o eletrodo deve ser comum e atender à proteção contra descargas atmosféricas, sistemas de energia elétrica e sinal (telecomunicações, TV a cabo, dados, etc.). Portanto, recomenda-se que as malhas de aterramento sejam interligadas. Para realizar essa conexão você pode fazer o uso de conectores ou solda exotérmica, desde que estejam em acordo com os requisitos 6.2 da norma.

42. Pergunta – O Item 5.4.4 diz que o método para garantir a continuidade das estruturas metálicas subterrâneas é idêntico ao utilizado para os condutores de descida. Caso eu não disponha do projeto estrutural da edificação, para analisar a continuidade das vigas de fundação(baldrame) já existentes, deve respeitar o valor de 1 ohm no trecho Horizontal da viga baldrame no intervalo entre as colunas que serão usadas como descidas, vide recomendação do Anexo F?

Resposta – Vigas baldrames só podem ser utilizadas como elementos naturais do aterramento se a sua existência for confirmada. Caso não seja, e também não exista nenhum documento que comprove a sua localização, não é recomendável seu uso como elemento natural de aterramento, portanto nem precisa fazer a medição. Se não existirem vigas baldrames, a opção recomendada é partir para um eletrodo não natural em anel, normalmente feito com cabo.

43. Pergunta No texto acima fala que o anel deve ser instalado preferencialmente a 1m da edificação para possibilitar manutenções/inspeções. Não encontrei na NBR-5419 se existe uma distância máxima na qual o condutor do anel de aterramento tem de estar da edificação protegida. Sabem me informar sobre isto?

Resposta – O item 5.4.3 da NBR 5419:2015-3 diz que o eletrodo de aterramento deve ser instalado a uma distância de 1 metro das paredes externas da edificação a ser protegida e a uma profundidade mínima de 0,5 m. Não existe uma valor máximo e nem mínimo para o distanciamento do condutor das paredes externas da edificação, muito menos uma tolerância, portanto considere 1 metro como o valor fixo. Sabemos que podem ocorrer casos onde esse valor não conseguirá ser atendido e, portanto, pequenos desvios são toleráveis (De 0 a 15% por exemplo). 

44. Pergunta – Preciso interligar a malha de aterramento de uma subestação de uma empresa com a malha de aterramento do SPDA? Se houver a garantia de que os atuais barramentos que estão instalados no QGBT estão conectados com a malha de aterramento, eu preciso colocar um novo barramento somente para o SPDA?.

Resposta – O ideal, do ponto de vista elétrico é que todas as malhas de aterramento sejam conectadas, de modo a evitar diferenças de potenciais entre as malhas. Se houver espaço no seu atual BEP, você não precisa colocar um novo barramento apenas para o SPDA. Se for necessário mais espaço, deve ser instalado um BEL ao lado desse BEP e fazer a interligação entre ambos.

45. PerguntaEm um galpão onde tem os pilares não conectados pela fundação (ou não é possível verificar se é conectado) pode ser conectado através de fitas de alumínio (ou cabos de cobre) no nível do solo, sem estar enterrado (como se fosse um anel inferior)?

Resposta – Essa configuração seria uma malha inteira aérea, o que não é permitido pela norma. A norma deixa explícito no item 5.4.2 que “Para subsistemas de aterramento, na impossibilidade do aproveitamento das armaduras das fundações, o arranjo a ser utilizado consiste em um condutor em anel, externo à estrutura a ser protegida, em contato com o solo por pelo menos 80% do seu comprimento total, ou elemento condutor interligando as armaduras descontínuas da fundação (sapatas).” Os 20% restantes podem ficar acima do nível do solo, desde que tenham sua continuidade elétrica garantida ao longo de todo o seu comprimento. Lembro também que o alumínio não pode ser enterrado e nem embutido.

46. Pergunta – O aparelho de medição ôhmica pode ser utilizado para as medições dos aterramentos? Se a resposta for negativa existe um outro método ou aparelho para verificar a qualidade dos aterramentos, já que a Norma suprimiu a marcação de 0,01 ohm a 10 ohm com ideal.

Resposta – O aparelho utilizado para as medições no SPDA deve ser o microohmimetro ou miliohmimetro de 4 terminais, capaz de injetar uma corrente de 1 a 10 A. Ele também pode ser utilizado para medir as resistência dos eletrodos de aterramento do SPDA.

47. Pergunta – Posso tirar a resistência atmosférica de para raio com alicate terrômetro?

Resposta – O uso de alicate terrômetro não é permitido para medições de resistência no SPDA. O aparelho permitido para as medições no SPDA deve ser o microohmimetro ou miliohmimetro de 4 terminais, capaz de injetar uma corrente de 1 a 10 A. As medições devem seguir o que está prescrito no Anexo F da NBR 5419-3:2015.

1. Pergunta – Qual o item da NBR 5419:2015 que fala sobre a necessidade de se aterrar na malha ou no cabo de descida os equipamentos acessórios e adicionais que são que são instalados nos terraços onde ficam os para raios . Ex. escadas, antenas , exaustores, porta corta fogo, ar condicionados , etc..

Resposta – Nos itens 6.2 e 6.3 da NBR 5419-3:2015 você encontra as informações sobre a necessidade de se fazer essas ligações equipotenciais e também seus requisitos. Fizemos uma live no Instagram falando justamente sobre esse assunto, confira em: https://www.instagram.com/p/CAfdaCoiHRl/

2. Pergunta – Qual o item da NBR 5419:2015 que fala sobre a necessidade de se aterrar na malha ou no cabo de descida os equipamentos acessórios e adicionais que são que são instalados nos terraços onde ficam os para raios . Ex. escadas, antenas , exaustores, porta corta fogo, ar condicionados , etc..

Resposta – Nos itens 6.2 e 6.3 da NBR 5419-3:2015 você encontra as informações sobre a necessidade de se fazer essas ligações equipotenciais e também seus requisitos. No Instagram da Termotécnica Para Raios existe uma Live falando justamente sobre esse assunto, confirma em: https://www.instagram.com/p/CAfdaCoiHRl/

3. Pergunta – Posso substituir os terminais de equipotencialização de cobre 6 mm² pelos terminais de cobre 16 mm²?

Resposta – Sim, a norma indica como mínimo para ligações equipotenciais de equipamentos aos barramentos 6 mm² de área de seção transversal para condutores de cobre.

1. Pergunta – Tenho que fazer um SPDA onde a estrutura é metálica e os pilares também. Gostaria de saber se posso utilizar os próprios pilares, que são metálicos, como descida de dissipação.

Resposta – A NBR 5419-3:2015 encoraja o uso de elementos naturais no SPDA. No caso do subsistema de descida, os pilares metálicos da edificação podem ser usados como descidas naturais desde que cumpram os requisitos do Item 5.3.5!

2. Pergunta – Onde na norma encontro as especificações dos condutores das descidas?

Resposta –  Às especificações mínimas dos condutores do subsistema de captação e descidas estão presentes na tabela 6 da parte III da norma NBR 5419/15.

3. Pergunta – A empresa que fez a instalação do SPDA do meu prédio, fez o aterramento em uma tubulação de gás. A concessionária de gás quando viu, nos informou que tal prática não é permitida, no que eu concordo. Já a empresa que fez a instalação disse que não tem nada de errado. Poderiam me esclarecer esta situação?  

Resposta – Sua dúvida é referente a uma área classificada. Em áreas classificadas recomendamos que as dúvidas sejam sanadas diretamente com o projetista responsável, pois cada caso terá uma peculiaridade. É comum tubulações de gás serem aterradas no SPDA, porém cabe ao gerenciamento de risco definir a necessidade ou não desse aterramento.

4. Pergunta – Em uma edificação tipo ginásio de esportes (ou galpões) com cobertura metálica, além dos captores (se for o caso) preso na estrutura metálica, eu posso utilizar a estrutura metálica como elemento de subsistema de descida do SPDA?

Resposta – A NBR 5419-3:2015 encoraja o uso de elementos naturais no SPDA. No caso do subsistema de descida, os pilares metálicos da edificação podem ser usados como descidas naturais desde que cumpram os requisitos do Item 5.3.5.

5. Pergunta: Posso projetar a malha de captação em cabos de cobre nu e as descidas verticais em fita alumínio? Esta combinação é permitida por normas? Caso seja permitida a situação híbrida mencionada, a Termotécnica possui os conectores de transição que não gerem corrosão por diferenças dos metais mencionados?

Resposta – Pode sim, e é permitido por norma. Apenas atente-se para a conexão entre esses elementos, que deve ser feita através de elementos bimetálicos. A Termotécnica possui vários conectores para realizar esse tipo de conexão. Veja exemplos de como fazer essa conexão em nossos detalhes em CAD.

6. Pergunta – Quanto a instalação de ponto de inspeção em descidas, utilizando barra chata de alumínio, existe no mercado um produto para tal? Como deve ser feita essa conexão?

Resposta – Existem várias possibilidades e produtos no mercado para tal aplicação. Você pode, por exemplo, utilizar um conector de compressão de cobre estanhado na ponta do cabo de cobre, e fazer a conexão mecânica com a barra chata de Aluminio. Uma outra alternativa, é utilizar um conector de pressão mecânica, por exemplo, o TEL-5420 ou TEL-5024, que é em latão estanhado e vai parafusado na barra chata. Uma terceira opção, caso não deseje perfurar sua barra chata de alumínio, seria a utilização do conector TEL-722 entre o cabo de cobre e a barra. Em nosso site existem diversos detalhes em CAD para as mais variadas aplicações.

7. Pergunta – Em caso de descidas em postos de combustíveis, onde temos duas colunas centrais nas quais podem-se fazer somente duas descidas centralizadas, como garantir a proteção das área laterais ?

Resposta – Para postos de combustíveis, como qualquer estrutura, deve-se apresentar um estudo de risco, para assim, tomar as medidas cabíveis de proteção. Porém, por se tratar de uma área classificada, requer uma análise mais detalhada das zonas de atmosfera explosiva, e outras especificidades que podem afetar na solução adequada. Desse modo, não é possível responder esta questão apenas com os dados apresentados.

8. Pergunta – Sobre a instalação de descidas de SPDA, se não tiver como passar a 2 m de distancia de uma instalação de gás, é correto proteger a descida com eletroduto de PVC rígido com 3mm de espessura?

Resposta – Sua dúvida é referente a uma área classificada. Em áreas classificadas recomendamos que as dúvidas sejam sanadas diretamente com o projetista responsável, pois cada caso terá uma peculiaridade. Porém, o eletroduto de PVC não é considerado um isolante para a corrente do raio, sua aplicação é apenas para proteção mecânica do cabo proveniente da descida.

9. Pergunta – No caso de um galpão onde as descidas são embutidas nos pilares, porém, alguns pontos não estão interligados à malha de aterramento e sim isoladamente com estacas. Deve se conectar todos os pontos de descidas a malha?

Resposta – A NBR 5419:2015 diz que todas as descidas devem estar ligadas ao eletrodo de aterramento. Descidas isoladas próximas a um eletrodo de aterramento, poderão gerar diferenças de potencial em caso de descargas atmosféricas, portanto, deverão ser interligadas à malha de aterramento.

10. Pergunta  – Na nova versão da norma ABNT NBR 5419/2015 recomenda que se realizem testes de continuidade nos cabos das descidas do SPDA, mesmo estando instalados de forma aparente?

Resposta – No caso dos cabos das descidas estarem aparentes, não há a necessidade de se realizar o teste de continuidade elétrica, pois a integridade dos cabos e seus pontos de conexões estão visíveis em toda a sua extensão.

11. Pergunta – Com relação ao subsistema de descidas na plataforma de abastecimento de um posto de combustível, qual o número mínimo de descidas? Visto que pelo cálculo do número de descidas utilizando o perímetro, sempre será maior a quantidade de descidas do que a quantidade de pilares disponíveis. Como contornar essa situação?

Resposta – No caso de postos de gasolina a recomendação é para sempre optamos pelo sistema estrutural, já tendo em vista que o número de descidas necessárias será maior do que o disponível. Caso não exista a possibilidade de fazer o sistema estrutural com descidas naturais (recomendado pela norma) ou sistema externo, deve-se declarar no escopo do projeto que as características da estrutura não permitem uma proteção integral.

12. Pergunta – Estou com um projeto de SPDA para executar e estou com uma dúvida. Na edificação não tem um lugar em que eu consiga fazer descidas externas, a edificação é muito velha e eu não consigo afirmar que a estrutura pode ser utilizada como condutor natural. O que se fazer nesses casos? Há somente 2 pontos na edificação com espaço para descida, o que eu consigo descer no máximo 4 descidas, quando eu preciso de 12 descidas.

RespostaEste tipo de edificação exige muita experiência pois, edificações muito velhas exigem soluções que eventualmente podem não atender totalmente à norma, mas talvez tenham que ser feitas compensações para garantir uma boa segurança. A sugestão é começar fazendo os testes de continuidade da estrutura para avaliar se isso resolve ou não. Se a resposta for não, então é necessário trabalhar muito a criatividade para buscar uma solução com um mínimo de segurança. Não é uma tarefa fácil e nem é possível abordar as possíveis soluções, sem conhecer muito bem a edificação.

13. Pergunta – Gostaria de saber o risco proporcionado por cabo de descida externa próximo ao meu terraço, a uma altura de 1 metro do piso e atravessando toda a extensão da parede.

RespostaOs riscos causados por cabos de descidas externos são: centelhamentos, tensões de toque e passo. Os centelhamentos podem ocorrer caso próximo a essas descidas, sejam instalados equipamentos, elementos metálicos ou pessoas. A norma técnica NBR 5419-3:2015 apresenta no item 6.3, como deve ser calculada uma distância de segurança entre a descida e algum condutor (cabo ou barra). Se não for possível manter a distância de segurança, deve ser feita uma equipotencialização. O risco de tensão de toque ocorre quando no momento da descarga atmosférica, uma pessoa esteja em contato direto com essa descida. Nesse caso, pode circular pela pessoa, uma corrente parcial do raio. A proteção deve ser feita impedindo que as pessoas toquem esses condutores, com eletrodutos de PVC por exemplo. A tensão de passo, é uma tensão que será criada no piso próximo a essa descida, no momento da descarga atmosférica. Para evitar que essa tensão seja prejudicial aos ocupantes da instalação, deve ser feita uma malha de aterramento conforme a NBR 5419. O ideal é a não permanência dessas pessoas próximas a essas descidas na ocorrência de tempestades.

14. Pergunta – Como posso controlar as tensões de toque nas descidas naturais externas em, por exemplo, pilares de galpões onde é aproveitado a captação natural? 

Resposta – Segundo o item 8.1.1 da NBR 5419-3 de 2015, os riscos de tensão de toque e passo se tornam toleráveis, caso o subsistema de descida consistir em pelo menos dez caminhos naturais de descida, ou aumentar a resistividade superficial do solo acima dos 100 kΩ.m até 3 metros de distância, ou, a probabilidade de aproximação de pessoas fora da estrutura e próximas aos condutores de descidas, for muito baixa. Caso não consiga atender nenhum dos itens citados acima, segundo o item 8.1.2. podemos adotar as seguintes medidas de proteção: Utilizar barreiras físicas para reduzir a permanência de pessoas próximas à descida, por exemplo, utilizar vasos de plantas com o intuito de evitar a aproximação de pessoas junto às descidas ou utilizar placas de advertências acerca dos riscos de choque durante tempestades.

15. Pergunta Em um SPDA de um prédio, que utiliza como método de captação os sistemas Franklin e Gaiola de Faraday (método das malhas), os condutores de descidas são parte estruturais e parte em barras de alumínio. Como o prédio tem uma altura de 60 metros, se eu utilizar apenas as descidas estruturais (na quantidade necessária de acordo com NP III) é preciso fazer o anel de cintamento? Caso eu utilize somente descidas estruturais, as próprias ferragens não seriam o anel estrutural de cada andar? Lembrando que as descidas foram aprovadas em testes de continuidade realizados anteriormente.

Resposta – Se os testes de continuidade tiverem sido realizados em acordo com o quesitos da norma, e estes validarem suas descidas estruturais, não precisa dos anéis de cintamento, ficando a seu critério a remoção ou não dessas barras de alumínio. As próprias ferragens estruturais atuarão como um anel de cintamento.

16. Pergunta – Em caso de SPDA instalado em edificações que possui GÁS canalizado sobre a fachada, quando os condutores de descidas estão próximas em até 2 metros de distância o que é mais recomendado? Fazer a interligação das tubulações de gás junto aos condutores de descidas, ou remover as descidas e instalá-las uma distância maior?

Resposta – Quando há tubulações metálicas que passam próximas as descidas do SPDA, deve ser feito o cálculo da distância de segurança ‘s’. Se a distância da tubulação para a descida for inferior à distância calculada, deve-se interligar a tubulação ao SPDA. Caso contrário, não há necessidade. Se desejar, também pode afastar a descida e evitar a necessidade de interligação. Cabe ao projetista encontrar a melhor solução para a situação, uma vez que é necessária criteriosa análise por se tratar de área classificada.

1. Pergunta – Com relação à caixas de inspeção, vi que a norma cita que elas podem ser usadas, mas não especifica a quantidade ou local. Todos os projetos que vi até agora, as caixas são instaladas na conexão da descida com a malha de aterramento, porém eu não entendo o critério para tal. Existe algum critério que se deve levar em consideração para instalar essas caixas?

Resposta – O item 5.3.3 da NBR 5419-3:2015 responde a sua questão: As caixas de inspeção devem ser instaladas onde houver conexões mecânicas.

2. Pergunta – Qual a quantidade de caixas de inspeção e quais modelos devem ter no projeto?

Resposta – A norma técnica ABNT NBR 5419-3:2015 estabelece que devem ser instaladas caixas de inspeção no subsistema de aterramento, quando existirem conexões mecânicas entre cabos e entre cabos e hastes. Os modelos utilizados devem se adequar a aplicação, se for um local com tráfego de pessoas e veículos, deve ser utilizado um modelo que seja resistente ao impacto causado pela movimentação dos mesmos.

1. Pergunta – Qual o software é indicado para fazer essa análise de gerenciamento de risco? Indicaria alguma empresa?

Resposta – Alguns softwares disponíveis no mercado para desenvolvimento do gerenciamento de risco são: DEHN Support, Tupan, iSPDA, Atmos, AltoQi, PRO-Elétrica.

1. Pergunta – Cabo de aluminio direto na Platibanda / Rufo metálico gera corrosão?

Resposta – De acordo com a norma a junção do alumínio com o aço não gera corrosão eletrolítica. Na verdade existe, mas, ela é tão pequena que poderá demorar décadas para aparecerem os primeiros sinais de corrosão.

2. Pergunta – Caso os cabos do SPDA estejam em comunicação direta com as paredes do prédio, qual a consequência, no caso de uma descarga atmosférica, aos apartamentos desse prédio?

Resposta – A norma não proíbe a fixação direta dos cabos nas paredes. O projetista deverá fazer o cálculo da distância de segurança ‘s’, levando em consideração o isolamento da parede, para definir se existirá algum risco adicional ou não. De modo geral, o único risco seria a indução nos condutores dentro dessa parede, provocando um surto elétrico na instalação, porém, até quando os condutores estiverem afastados da parede esse efeito ocorrerá, devido a ação do campo eletromagnético do raio (LEMP).

3. Pergunta – Posso utilizar o cabo de cobre nu 50 mm² 19 fios no meu aterramento?

Resposta – Não. Os cabos de cobre nu 50 mm² de 19 fios não são normatizados. É importante observar a seção transversal e verificar também a seção mínima de cada fio conforme a tabela 7 da NBR 5419-3:2015.

1. Pergunta – Os cabos de cobre nu podem ser instalados diretamente sobre o telhado de zinco? Quais os impactos sobre a estrutura dessa ação?

Resposta – O contato direto da cordoalha de cobre com o telhado de zinco, gera corrosão galvânica nas telhas, causando a deterioração do material e, portanto, não devem ser instalados diretamente sobre o telhado. É necessário que esses cabos sejam afastados fisicamente da telha, ou seja, fixados através de conectores bimetálicos. Também é necessária a equalização de potenciais entre os cabos da captação e o telhado metálico. Nossa recomendação é para que também não se perfure essas telhas. Uma boa solução é o fixador TEL-757, que é colado sobre a superfície ao mesmo tempo que faz a equipotencialização dos potenciais.

2. Pergunta – Em minha captação, utilizarei captores sobre minha telha metálica pois não desejo que as mesmas sejam perfuradas com o impacto do raio, como devo realizar essa fixação desses captores? Como deverá ser feita a interligação entre esses condutores? 

Resposta – Se às terças metálicas possuem continuidade elétrica entre as diversas partes, é necessário apenas a instalação de captores na terça, caso contrário você pode utilizar fixadores coláveis como o TEL-757 para realizar essa fixação. A interligação entre esses condutores, pode ser feita tanto através das telhas metálicas, quanto por cabos instalados sobre essa telha. Se pelo seu método da esfera rolante, os captores já conseguem proteger totalmente sua telha contra o impacto do raio, basta que os captores estejam equalizados com as telhas e que essas estejam equalizadas entre si (em uma mesma estrutura metálica ou em estruturas metálicas interligadas). É necessário garantir a equipotencialização entre seus elementos captores, e também a descida.

3. Pergunta – Em telhados metálicos com espessura dentro da norma, mas, que possuem algumas telhas transparentes de plástico, é aceitável utilizá-lo como captor natural ou é necessário também a instalação dos mini captores?

Resposta – Telhas que possuem a espessura mínima podem ser usadas como captor, desde que, abaixo da telha não haja nada que possa ser danificado com goteiras, ou que contenha material potencialmente perigoso, como em áreas classificadas. Neste caso, é recomendável que o cliente seja informado que existe o risco de perfuração da telha, e possível entrada de água. Com relação a existirem telhas não metálicas, é possível, desde que, sejam trechos pequenos (menores que o mesh do nível de proteção). Se isso não for atendido, você poderá fazer fechamentos com condutores horizontais por cima dessas telhas, como se fossem jumpers, para que o raio não caia no centro dessa telha. O uso de mini captores pode ser interessante, mas não obrigatório.

4. Pergunta – Os módulos fotovoltaicos podem ser considerados como captores naturais ou devem ficar dentro do volume de proteção? Lembrando, captores instalados acima do nível dos módulos podem interferir na produção de energia devido às sombras.

Resposta – Os painéis fotovoltaicos devem ser protegidos das descargas diretas e das tensões induzidas/conduzidas. A não proteção, pode gerar a queima das placas, dos condutores e dos equipamentos ligados à eles, em caso de descarga atmosférica. O posicionamento dos captores (caso utilizados), deve ser estudado para minimizar o efeito do sombreamento nas placas.

5. Pergunta – Em uma cobertura metálica de um Armazém, onde o cliente não quer gastar realizando uma gaiola e quer utilizar a cobertura como captor, qual seria a espessura da telha como captor natural?

Resposta – Se a perfuração da telha não for um problema para você e seu cliente (com infiltrações e umidade no ambiente), o valor mínimo de espessura solicitado pela norma NBR 5419-3:2015, na tabela 3, para telhas de zinco é de 0,7 mm. Se a perfuração da telha for um problema, você deverá sim fazer a malha, e mesmo que o cliente não queira gastar com isso, é importante que você especifique para se resguardar. Sugiro tentar utilizar Termocaptores de 2 m TEL-962, caso precise fazer a proteção das telhas, ao invés de fazer uma malha, pois, graças ao seu elevado ângulo de proteção, deverão ser utilizados menos componentes, reduzindo o custo da instalação.

6. Pergunta – Em uma estrutura metálica em forma de “goleira” e que é uma linha de vida, tem 9m de altura e 34 m de vão livre. Qual a proteção mais indicada, captores ao longo do vão? Ou usar a estrutura como captação natural e realizar o aterramento no pilar metálico?

Resposta – Você pode aproveitar as estruturas metálicas existentes como condutores naturais, desde que, suas dimensões atendam os critérios mínimos estabelecidos pela norma ABNT NBR 5419-3:2015 no item 5.2.5. A espessura mínima, para condução e captação prevenindo pontos quentes e perfurações, varia de acordo com o tipo de metal da estrutura. Essas informações estão disponíveis na tabela 3 da parte III da norma. Caso as dimensões não sejam atendidas, deverão ser posicionados captores ao longo de sua estrutura, para evitar que o impacto do raio cause danos a mesma.

7. Pergunta – Tenho um escritório fabricado com containers. A cobertura também é metálica, com telha de zinco com 1,5 mm de espessura. Posso usar essa estrutura como captor de SPDA? Os containers são forrados por dentro com piso emborrachado.

Resposta – Telhas de zinco com espessuras maiores do que 0,7 mm (tabela 3 da norma), são permitidas na captação, desde que, a perfuração das mesmas não seja um problema para você (caso não seja necessário prevenir perfurações, pontos quentes e pontos de ignição), fica a seu critério. Com relação aos contêineres, a norma permite o uso de partes da estrutura como condutores naturais de descida (item 5.35 da norma), desde que, atendam aos seguintes requisitos, no caso de instalações metálicas:

– A continuidade elétrica entre as partes seja garantida e durável;

– Suas dimensões atendam a tabela 6 (se os condutores estiverem em contato direto com o solo devem atender a tabela 7). De um modo geral, seu contêiner deverá ter 2,5 mm de espessura de parede, e se tiver em contato direto com o solo, deverá ter 3,0 mm.

Não serão necessárias medidas contra tensão de toque e passo, uma vez que, a norma diz que os riscos são reduzidos a níveis toleráveis se:

– 8.1.1 -” b) o subsistema de descida consistir em pelo menos dez caminhos naturais de descida…” No caso do contêiner existem ‘n’ caminhos de descidas naturais.

Mesmo não sendo necessário, é recomendável a colocação de uma placa de advertência, para que as pessoas não permaneçam próximas externamente a esse local, em caso de tempestades.

8. Pergunta – Em caixas d’águas metálicas, por exemplo, tipo taça, com altura diferentes: maiores de 60 m e menores de 60 m. Preciso de captores, sistema de descidas não naturais e aterramento para ambos os casos?

Resposta – Você só irá precisar de captores, descidas e aterramento não naturais, caso não seja possível utilizar a estrutura como captor e condutor da corrente do raio. Se sua caixa for metálica, e as dimensões atenderem às exigências das tabelas 3, 6 e 7 da norma, é recomendável que a própria caixa seja o SPDA. Baseando-se em nossa experiência, é bem provável que seja necessária a colocação de captores (de modo a evitar que o impacto da descarga gere perfurações na caixa), mas a descida e o aterramento podem ser feitos utilizando a própria estrutura metálica da caixa.

9. Pergunta – Que material devo utilizar no subsistema de captação do SPDA, em prédios administrativos e oficinas com telha de fibrocimento. Devo utilizar a barra chata ou cabo de alumínio, para essa captação, o que é sugerido?

Resposta – A ABNT NBR 5419-3:2015, permite tanto a utilização de barra chata como o cabo de alumínio no subsistema de captação, desde que, a área da seção mínima seja respeitada. Levando em consideração a praticidade de instalação sobre a telha de fibrocimento, é mais fácil instalar a barra chata de alumínio.

10. Pergunta – Quando a estrutura metálica é coberta com telhado de fibrocimento e tenho calhas de água pluvial, utilizo captor para a proteção da telha de fibrocimento e a calha (caso a espessura seja maior que 4 mm) pode ser considerada um captor natural?

Resposta – Quanto a proteção das telhas de fibrocimento você está correto, o uso dos mini captores deverá impedir que essas telhas sofram o impacto direto do raio, lembre-se apenas de fazer a conexão entre todos esses captores. Não é recomendada a utilização das calhas como componentes naturais, pois, elas tendem a não ter continuidade elétrica em todo seu percurso e também situam-se abaixo do nível do telhado, sendo considerados captores ineficientes.

11. Pergunta – Uma dúvida, se a espessura da telha não for compatível para usar como sistema de captação (abaixo de 0,7mm), neste caso, eu posso usar toda estrutura metálica da cobertura (treliças e vigas), que fica abaixo da telha?

Resposta – A captação deve sempre estar livre para receber as descargas atmosféricas. Se você colocar a captação abaixo de qualquer tipo de telha que não seja apropriada para receber as descargas, o raio provocará danos a essas telhas (metálicas ou não) na tentativa de acessar a sua captação. Em telhas de zinco com mais de 0,7 mm de espessura, por exemplo, serão apenas pequenos furos com pontos quentes, que causam infiltrações e, caso não seja uma área com possibilidade de gerar danos maiores (áreas classificadas), podem ser danos admissíveis. Você deverá fazer a proteção do telhado metálico contra o impacto direto do raio, e também fazer a equalização dos potenciais elétricos entre os captores e as telhas, a fim de evitar centelhamentos perigosos.

1. Pergunta – Para interligar as estruturas de aço no interior das vigas e colunas (estruturas de concreto armado), ainda na fase de concretagem, pode-se utilizar, de acordo com o item 5.5.1 da NBR 5419-3:2015, aço galvanizado a quente ou aço inoxidável. É seguro realizar essas interligações no material (aço) estrutural no que tange corrosão? O mais indicado é utilizar solda ou conectores?

Resposta – No interior do concreto, não irá ocorrer a corrosão dos materiais (a menos que o concreto seja perfurado ou apresente problemas estruturais), portanto, você pode interligar tanto as barras inoxidáveis, quanto as barras galvanizadas a fogo na ferragem estrutural. Por possuir um custo menor, nós recomendamos o uso de barras galvanizadas a fogo (rebar). Com relação a conexão, fica a critério do projetista/instalador. Conexões por solda são melhores do ponto de vista mecânico, mas a necessidade de um profissional capacitado (soldador), e o tempo de execução acabam fazendo a conexão por conectores ser uma boa opção do ponto de vista financeiro. Pela praticidade, recomendamos o uso de conectores como os clips galvanizados.

2. Pergunta – Em relação ao SPDA estrutural, qual a profundidade mínima que deve ter o eletrodo na estrutura? Por exemplo, uma estaca com 18m de profundidade possui uma armação metálica de 10m. A rebar deve ir até a profundidade de 18m ou 10m já atenderia?

Resposta – A profundidade das rebars pode ser 10m, desde que, o conjunto do aterramento atenda a necessidade especificada em projeto. Se as estacas estão interligadas com as vigas baldrames, muito provavelmente esse valor atenderá ao especificado. Quando você faz o cálculo da malha de aterramento, você obtém uma metragem mínima de eletrodo de aterramento que precisa ser enterrado. Essa metragem conta tanto para eletrodos enterrados na vertical – como sua estaca – quanto para eletrodos enterrados na horizontal, – como suas vigas baldrames.

3. Pergunta – Como é feita a validação dos anéis de cintamento exigidos pela NBR 5419-3:2015? Pois entendo que nada vale utilizar o estrutural, se mesmo assim for necessário abrir toda a fachada para executar anéis de cintamento externos no prédio existente.

Resposta – No caso do SPDA estrutural, a própria interligação das descidas com as lajes formarão os anéis de cintamento. Sendo assim, não há necessidade de instalação de anéis de cintamento externos. A comprovação das interligações deve ser feita através do teste de continuidade elétrica, conforme Anexo E da norma 5419:2015-3.

4. Pergunta – Estou estudando sobre SPDA e não sabia que poderia ser aproveitado a estrutura de um prédio já existente, claro entendi que pra isso é necessário que as ferragens estejam contínuas e com a resistência menor que 1 ohm. Como é feita a conexão do subsistema de captação no topo do edifício? Com o SPDA estrutural aproveitando a estrutura, nesse caso com o prédio já existente, não é necessário fazer a malha de aterramento ao redor do edifício?

Resposta – A captação em sistemas estruturais é feita da mesma maneira do que em sistemas convencionais, a única diferença está na conexão com as descidas. É indicado o uso do conector Aterrinsert TEL-656 para facilitar essa conexão com as ferragens estruturais. O aterramento será a própria fundação, no caso de continuidade elétrica garantida entre os pilares e as vigas baldrames. Caso não seja possível garantir essa continuidade elétrica, deverá ser passado o eletrodo de aterramento externamente a edificação.

5. Pergunta – Em uma estrutura com 22 m de altura, que possui vigas baldrames e pilares aparentes, é possível utilizar a estrutura como parte do SPDA? Inclusive o aterramento?

Resposta – A NBR 5419-3:2015 estimula a utilização do SPDA estrutural, desde que se cumpram os requisitos do Anexo F. O Item F.2.3.2, especifica os passos a serem seguidos quando o edifício já está construído, como no seu caso, para realizar esses ensaios.

1. Pergunta – Posso realizar a solda exotérmica entre o cabo de cobre e o cabo de aço galvanizado a fogo? Qual o procedimento?

Resposta – O procedimento é o mesmo realizado normalmente. A solda exotérmica entre cabo de cobre e cabo de aço galvanizado a quente não gera o processo eletrolítico.

2. Pergunta – É comum executar solda exotérmica em todas as emendadas da cordoalha do SPDA? Ou recomenda-se só no encontro dos cabos com as hastes no solo ?

Resposta – Fica a critério do projetista essa decisão. O mais comum é a realização de soldas exotérmicas no aterramento, pois ela evita o uso de caixas de inspeção no solo, melhorando a estética e reduzindo custos. Só relembro que, não são permitidas emendas nos cabos de descidas, conforme a norma fala no trecho 5.5.3. É uma recomendação da norma para que o número de conexões (emendas) ao longo dos condutores seja o menor possível.

3. Pergunta – Solda exotérmica e os condutores do SPDA podem ficar submersos na água?

Resposta – Não, nem a solda exotérmica e nem os condutores devem ficar submersos na água. Isso causaria a deterioração dos materiais.

4. Pergunta – Quem está habilitado a executar a solda exotérmica?

Resposta – Qualquer profissional pode fazer a solda exotérmica, desde que tenha treinamento prévio para isso, pois é necessário conhecer o produto e saber como manuseá-lo.

5. Pergunta – Existe a possibilidade de se fazer várias soldas com um único cartucho?

Resposta – Em soldas exotérmicas temos o seguinte rendimento:

– 1 molde realiza entre 30 e 40 soldas.

– 1 cartucho realiza 1 solda.

– 1 alicate para até 200 soldas.

6. Pergunta – O que quer dizer tracionamento dos cabos?

Resposta – A força pelo qual o cabo fica submetido, contrária a solda. No processo de fusão molecular, ao esquentar o condutor, o mesmo fica suscetível a rupturas, da mesma forma que se estiver muito tensionado pode ocorrer o efeito “chicote”. Por isso, recomendamos a utilização do alicate que trava o condutor e o deixa em repouso para a realização da solda exotérmica.

7. Pergunta – Posso realizar a solda exotérmica em condutores de alumínio?

Resposta – Não.

1. Pergunta – Nos testes de continuidade elétrica existem valores padrões de resistência elétrica para serem usados como parâmetros? Onde injetar as correntes de ensaio?

Resposta – A respeito do SPDA estrutural a norma NBR 5419 nos diz o seguinte:

– No item 4.3 ela cita: ” A resistência elétrica total obtida no ensaio final (ver Anexo F) não pode ser superior a 0,2 Ω e deve ser medida com equipamento adequado para esta finalidade. ”

– No Anexo F ela cita: ” Todos os pilares que serão conectados ao subsistema de captação devem ser individualmente verificados, a menos que, durante a medição de edificações extensas (perímetros superiores a 200 m), e que a medição em pelo menos 50% do total de pilares a serem utilizados a resultar em valores na mesma ordem de grandeza, e que nenhum resultado seja maior que 1 Ω, o número de medições pode ser reduzido. ”

Portanto fica entendido que a medição em todo o conjunto estrutural deverá apresentar resultados inferiores a 0,2 Ω e que, individualmente, cada pilar deverá apresentar no máximo 1 Ω de resistência.

Com relação ao SPDA convencional, a norma cita que os ensaios e valores de resistência deverão ser os mesmos descritos no Anexo F. As verificações devem ser feitas baseando-se em dois objetivos (F.1.3):

– Verificar a continuidade elétrica entre pilares (descidas) e a fundação (aterramento);

– Verificar todo o sistema envolvido.

No caso do SPDA externo você pode fazer esse ensaio entre os conectores da captação/descida e o aterramento (preferencialmente no BEP) e depois fazer o ensaio completo (da captação para o aterramento).

2. Pergunta – Gostaria de saber como proceder para o caso de um SPDA externo isolado. Se deve-se realizar o ensaio de continuidade da malha interligando uma das pontas do equipamento no alto da descida ou acima da conexão de ensaio e, a outra ponta, na parte inferior da cordoalha, e também se é necessário realizar as medições cruzadas de uma descida a outra e, também, se é necessário realizar o ensaio da descida ao BEP? O que fazer caso a edificação não possua BEP.

Resposta – A norma não exige a medição de continuidade elétrica em um SPDA externo isolado ou não, portanto não é necessário fazer. Mas caso você deseje fazer, deve seguir as premissas descritas no Anexo F da norma. Normalmente deve ser entre o ponto mais alto da captação e o BEP. Com relação ao BEP, caso ele não exista no seu sistema externo isolado, você deve realizar o ensaio no ponto de equalização no nível do solo.

3. Pergunta – Neste teste de continuidade, apenas se consegue verificar que existe conexão entre a estrutura no topo e a parte mais inferior do prédio, agora se as conexões elétricas nas emendas destas estruturas irão suportar a passagem de uma descarga não dá para definir, estou certo ?

Resposta – Esse teste já leva isso em consideração, por isso, existem algumas exigências como corrente mínima, frequência, resistência de contato, etc.. Essas exigências garantem que a corrente de um raio será suportada, caso os testes sejam positivos.

1. Pergunta – Existe a necessidade de substituir elementos do meu SPDA depois de algum período?

Resposta – De acordo com a norma técnica ABNT NBR 5419-3:2015, em relação às substituições de elementos do SPDA, são necessárias quando em inspeções for detectada a oxidação ou algum comprometimento físico/elétrico desses componentes.

2. Pergunta – Um grande desafio que encontro é exatamente esta estratificação do solo para determinar sua resistividade. A grande maioria dos locais onde inspeciono, como parques industriais, o solo é impermeabilizado (com concreto ou asfalto) dificultando não só perfurar estas camadas, para cravar as hastes ao utilizar os métodos descritos na NBR 7117, como reconstruí-las. Outro dificultador na utilização deste métodos é a área necessária para realizar as medições, no caso do arranjo de Wenner por exemplo. Existe outra solução a ser utilizada para garantir o arranjo do aterramento?

Resposta – A norma NBR 7117 tem em seu anexo E, uma possibilidade de se encontrar o valor da resistividade do solo, através de uma amostragem física do solo. Mesmo nesse caso, será necessário abrir um buraco ou valeta para coletar amostras. Ainda não existe nada para conseguir esses valores de resistência do solo que não implique na perfuração solo. O que sugiro é que, sempre busque por locais onde será mais fácil realizar esse procedimento, sempre colocando as hastes perpendiculares as malhas de aterramentos próximas, evitando interferência.

3. Pergunta – O laudo de vistoria do SPDA para postos de gasolina depósitos de gás e inflamáveis deve ser para 01 ano ou 03 anos, ou isso quem determina é o engenheiro que faz as manutenções? Na norma há algo sobre a validade do laudo?

Resposta – Edificações com líquidos inflamáveis ou produtos perigosa a inspeção periódica deverá ser anual, além da inspeção visual que deverá ser semestral. Isso pode ser visto no item 7.3.1 e) da NBR 5419-3:2015.

4. Pergunta –  O miliohmímetro aplica uma corrente muito pequena, apenas 1 A, incapaz de provocar dissipação de energia térmica suficiente para alterar o valor da resistência, no caso as conexões entre as ferragens da armadura , entre a medição inicial e a final. Não seria talvez mais adequada uma medição com a utilização de uma corrente bem maior? Acima de 100 A por exemplo?

Resposta – A norma recomenda injetar de 1 A a 10 A , que é mais que suficiente para medir a impedância desse trajeto. Não recomendo usar 1 A , porque em pouco tempo ele não vai conseguir manter essa corrente, sugiro 5 A. Para injetar 100 A vai precisar de uma senhora fonte e a corrente tem que ser contínua. Esse ensaio é especificado na norma, mas nada te impede de ir além da norma se vc tiver melhores recursos disponíveis.

1. Pergunta – Recentemente fui consultado a respeito do sistema, que segundo o fabricante trata-se de um dispositivo que evita a formação do raio.

Resposta – Se trata de um sistema que não segue os padrões da NBR 5419:2015 e nem da IEC 62305:2010. Portanto, não tem garantia de funcionamento e sua utilização pode ser perigosa. Inclusive, temos um ebook gratuito sobre este mesmo assunto, vale a pena a leitura. Segue o link para download: https://tel.com.br/ese/

2. Pergunta – Gostaria de saber o porque normalmente em projetos de SPDA não se calcula a perda L4 (perda econômica)?

Resposta – Em projetos de SPDA, a perda L4 não é usualmente avaliado, pois precisa de uma análise mais criteriosa. Também de acordo com a NBR5419:2015, o risco R4 é opcional.

1. Pergunta – Onde devo fazer a colagem dos fixadores tipo Aderis, no caso de telhas?

Resposta – É recomendável a colagem desses fixadores nas cristas das telhas, para que não interrompa o fluxo de água. Caso a crista da telha seja muito fina, pode ser feita a colagem no vale. Apenas atente-se para os procedimentos de colagem descritos na cola.

2. Pergunta – Para evitar tensão de toque o condutor CUI pode ser usado nas descidas próximo a janelas e sacadas?

Resposta – O isolamento do condutor CUI só é adequado para alturas de até 5m. Em alturas superiores, a tensão de toque se torna maior do que o isolamento suportável pelo condutor. Caso sua janela dentro dessa altura, o condutor CUI protegerá contra a tensão de toque. O condutor CUI não é um isolante, portanto, estruturas metálicas, incluindo janelas, devem ser afastadas respeitando a distância de segurança ‘s’ ou devem ser feitas ligações equipotenciais.

3. Pergunta – Qual deve ser a distância de colagem dos fixadores tipo Aderis? E dos demais fixadores?

Resposta – Todos os fixadores do SPDA devem atender ao descrito em 5.5.2 da NBR 5419-3:2015. Para condutores instalados na vertical ou inclinados, esses condutores deverão ser fixados a cada 1,5 m. Para condutores instalados na horizontal essa distância deverá ser 1 m.

4. Pergunta – Qual o furo dos terminais TEL-5150 e TEL-5135?

Resposta – O TEL-5150 possui furo de Ø10,5 mm e o TEL-5135 possui furo de Ø8,5 mm.

5. Pergunta – Em quantas partes o poste de 20 m é dividido?

Resposta – O poste de 20 m é dividido em 5 módulos.

6. Pergunta – Os valores das alturas dos postes autossuportados levam em consideração o quanto deve ser enterrado?

Resposta – Sim, por exemplo, o poste de 20 m quando montado possui 22 m. A altura indicada em nosso catálogo é referente a altura livre do poste, sem levar em consideração o valor que será enterrado.

A Termotécnica Para-raios oferece Suporte Técnico gratuito e conta com uma equipe com vasto conhecimento técnico, disponível para esclarecer dúvidas sobre SPDA.