Gerenciamento de risco: 1º passo para um projeto de SPDA


Termotécnica Para-raios

Termotécnica Para-raios, líder nacional no setor de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Desde 1974 com produtos e soluções, incluindo fabricação, revenda de equipamentos, cursos e treinamentos SPDA.

O Gerenciamento de Risco, parte 2 e fundamental da ABNT NBR5419/2015, estabelece alguns quesitos para verificar a necessidade ou não do SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, esta é a primeira etapa. Uma vez identificada a estrutura e seu conteúdo, é necessário uma análise da situação para classificar todos os tipos de danos, perdas e riscos da edificação a ser protegida. Nestas relações, é importante saber quais os componentes serão ponderados e quais os impactos que eles vão representar. A partir da avaliação do risco para cada perda, é possível definir a necessidade de proteção sempre que o valor individual de cada risco for superior ao tolerável.

Ademais, como toda regra há uma exceção, no SPDA não é diferente. Em alguns casos a necessidade de proteção é evidente, por exemplo:

*Locais de grande afluência de publico;
*Locais que prestam serviços públicos essenciais;
*Áreas com alta densidade de descargas atmosféricas;
*Estruturas isoladas, ou com altura superior a 25m;
*Estruturas de valor histórico ou cultural;
*Locais com materiais perigosos, inflamáveis ou explosivos ou que possam trazer prejuízos para a comunidade próxima e/ou para o meio ambiente.

Vejamos a interpretação dos termos mencionados, pelas fontes de danos que atingem diretamente as estruturas, linhas elétricas e de serviços e áreas próximas. São considerados três tipos de danos: Os ferimentos aos seres vivos, os danos físicos às estruturas e as falhas nos sistemas elétricos e eletrônicos. Com isso, considera-se os seguintes tipos de perdas: perda de vidas humanas, perda de instalação de serviço ao público, perda de memória cultural e perda de valor econômico (estrutura e seu conteúdo, instalação de serviço e perda de atividade). Por fim, os riscos a serem avaliados em uma estrutura são: Risco de perda de vida humana, risco de perda de fornecimento de serviço ao público, risco de perda de memória cultural e risco de perda de valor econômico.

O risco é o valor provável da perda média anual em relação ao valor total da estrutura protegida. Estes riscos dependem do número anual de descargas atmosféricas, probabilidade de dano que influencia a estrutura e a quantidade média de perdas causadas. Uma vez calculados os riscos, os valores são comparados com os valores típicos toleráveis indicados na norma e caso algum valor de risco ultrapasse o valor tolerável, as medidas de proteção devem ser alteradas de forma que este atenda aos níveis toleráveis.

Tabela 1 – Parte 2 – Fontes de danos, tipos de danos e tipos de perdas de acordo com o ponto de impacto

Ao projetista cabe analisar o risco e adotar/sugerir as medidas de proteção necessárias para a edificação avaliada. Intuitivamente, é possível afirmar que dificilmente nenhuma medida será recomendada, até porque, segurança não deve ser uma questão de escolha e sim de necessidade e de proteção de vidas e patrimônios. Outra questão para se avaliar é a dimensão do custo de proteção, comparando-o com o custo das perdas com e sem o incremento das medidas de proteção.

A norma trata que: “Onde a proteção contra descargas atmosféricas for exigida pela autoridade que tenha jurisdição para estruturas com risco de explosão, pelo menos um SPDA classe II deve ser adotado” e também menciona que: “Exceções ao uso de proteção contra descargas atmosféricas nível II podem ser permitidas quando tecnicamente justificadas e autorizadas pela autoridade que tenha jurisdição.”

Nesse sentido, a NBR 5419/2015 é imparcial e não leva em consideração a situação individual de cada região e da edificação a ser protegida. Para isso, oferece a possibilidade de calcular com total embasamento a necessidade ou não do SPDA, ficando a cargo do projetista optar mais uma vez pelas medidas de proteção ajustadas à cada necessidade.

Para esclarecer dúvidas técnicas, não deixe de acionar o nosso suporte técnico.


Termotécnica Para-raios, líder nacional no setor de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Desde 1974 com produtos e soluções, incluindo fabricação, revenda de equipamentos, cursos e treinamentos SPDA.

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38 Responses to Gerenciamento de risco: 1º passo para um projeto de SPDA

  • Uma pergunta: a Termotécnica faz o GERENCIAMENTO DE RISCOS SPDA para uma subestação principal 69kV?
    Se sim, qual é o valor aproximado para o desenvolvimento desta atividade?

    1. Olá!
      Evandro, desde 2022 a Termotécnica deixou de prestar serviços de engenharia ao mercado, mas a NBR5419 não contempla SPDA para subestações. Há uma norma técnica específica de subestações, a qual você pode consultar para obter informações detalhadas sobre os requisitos e procedimentos a serem seguidos.

  • Bom dia!

    Tenho uma dúvida em relação a analise de riscos de SPDA em projetos de novas edificações.

    Por exemplo, no meu PROJETO coloquei DPS em todos os quadros elétricos, previ SDAI, equipotencialização efetiva do solo entre outras medidas que contribuirão no resultado da analise de risco.

    No meu gerenciamento de risco, devo considerar todas essas medidas nos cálculos?

    E se o cliente não executar alguma dessas medidas, por exemplo a equipotencialização efetiva do solo e esse for um fator que altere a classe do SPDA?

    Espero ter sido claro.

    Obrigado

    1. Olá, Henrique!
      Em seu gerenciamento de risco, inicialmente você não deve colocar nenhuma medida de proteção, pois, ele que determina se há necessidade da instalação de um SPDA e MPS. Somente através dessa análise, que envolve diversos critérios, é possível apontar as proteções necessárias para tornar os riscos toleráveis na edificação. Portanto, independentemente do que há instalado, o Gerenciamento de Risco indicará as medidas mínimas necessárias para que o risco esteja abaixo do tolerável.

    1. Olá, Alex!
      Atualmente sabemos que arquitetos, engenheiros eletricistas e civis possuem essa atribuição. No entanto, para outros profissionais, recomendamos que consulte o conselho regional, ao qual esteja cadastrado, para verificação da atribuição para serviços de SPDA.

    1. Olá gabrielmkaizer,

      Não é possível fazer um projeto de SPDA sem realizar o gerenciamento de risco. Sem ele não há como saber qual será o dimensionamento dos captores, espaçamento dos condutores de descida e comprimento de malha de aterramento, todos definidos em função do nível de proteção do SPDA.

    1. Olá Danilo,

      Os valores variam em função do tipo de edificação e suas medidas, já que pode ser feita a divisão da edificação por zonas, reduzindo os custos de implantação do SPDA.

      Você pode solicitar um orçamento através o e-mail servicos@tel.com.br ou pelo telefone (31) 3308-7010

    1. José,

      Depende de que tipo de barreira estamos falando. Se for uma barreira física, para impedir que pessoas possam se acidentar em decorrência de uma descarga atmosférica, existem algumas opções na norma, em especial gostaria de salientar duas:

      – Calcular a distância de segurança do trecho, considerando o concreto como material isolante, e fazer a proteção física com o uso de uma parede em volta de todo o condutor de descida e colocar placas de advertência ou;
      – Utilizar o condutor CUI TEL-830208.

      Agora, se for uma barreira para proteção mecânica dos condutores, contra danos físicos nos mesmos, basta a instalação de um eletroduto de PVC no trecho.

  • Uma dúvida em relação ao gerenciamento de risco é o parâmetro Pta (Tabela B.1). No caso do uso do condutor isolado CUI com 3,5m isso seria um exemplo de isolação elétrica da tabela reduzindo a probabilidade Pta para 10^-2? E no caso de um SPDA estrutural com r-bar dentro dos pilares, seria um exemplo de Pta=0 (… ou estrutura do edifício utilizada como subsistema de descida)?

      1. Obrigada! No caso ações como a aplicação da camada de asfalto/brita e malha reticulada da parte 3 da NBR 5419 não são mencionados na Tabela B.1, eles podem ser considerados para redução de Pta?
        Para aplicar a redução de Pta, todas as decidas da edificação precisam contar com proteção adicional?

        1. Olá Michelle,

          Elas são mencionadas sim na Tabela B.1, porém aparecem com o nome de ‘Equipotencialização efetiva do solo’ e também podem ser consideradas como redutores de Pta. Devemos aplicar sim a todas as descidas dentro de uma zona mas, na execução em campo, nas proximidades de descidas onde a probabilidade e permanência de pessoas for baixa durante tempestades, podemos ser menos rigorosos com estas medidas protetivas.

  • Prezada equipe Termotécnica.

    Recentemente tenho debruçado sobre a norma NBR 5419/2015 em específico na parte 2, fiz uma planilha de análise de risco, e tive resultados satisfatórios na análise, porém como toda norma, a 5419 possui muitas entrelinhas, e como sou novo no mercado de engenharia, não consegui compreender algumas questões.

    1° – A análise de risco, conforme muito posts afirmam, servem para determinar a classe do SPDA de uma edificação, porém, não compreendi bem onde se determina isso, uma vez que na própria análise de risco, um dos parâmetros necessários (TABELA B.2 – Parâmetro – Pb ) solicita a classe do SPDA, da estrutura analisada.
    2° – Em que parte da norma posso obter detalhes de cada CLASSE? características construtivas e etc..

    1. Andrei,

      Diferente das versões anteriores da norma, onde existiam parâmetros fixos para definir a classe do SPDA, essa classe agora é definida pelo projetista durante a execução GR.

      Em resumo você insere os dados básicos de sua edificação e faz o primeiro cálculo. Se os valores encontrados não forem de riscos toleráveis, você insere os primeiros dados relativos a proteção (MPS, sistemas de proteção contra incêndio,etc). Se novamente não derem riscos toleráveis, você recalcula o GR com um SPDA classe IV e vai aumentando o nível de proteção do SPDA até que chegue em um valor tolerável de riscos ou, caso seja SPDA Classe I e os riscos continuem não sendo toleráveis, você deixa isso claro em projeto. Assim é definido qual o nível de proteção da edificação e, por isso, ele é um parâmetro para o cálculo do GR.

      É como se fosse uma tentativa e erro até chegar no resultado desejado, por isso existem bastantes softwares para realizar esses cálculos pois, embora sejam simples, se feitos na mão demandam bastante tempo.

  • Olá.
    Alguns cursos oferecem uma planilha para fazer análise de riscos da Parte 2 da Norma…a Termotécnica também oferece essa planilha???

    1. Janilson,

      Essa planilha na verdade é um software de responsabilidade do emissor, bem como sua reprodução e distribuição. A Termotécnica não oferece, mas indica o uso do Tupan, que é desenvolvido pela USP. Entre em contato com o nosso setor de eventos (eventos@tel.com.br) para saber como adquiri-la.

  • Boa Tarde.
    Gostaria de realizar um curso com vocês.
    Já Trabalhei em escritório de engenharia, usava a versão antiga da norma, preciso de uma atualização.

    1. Prezado Djavan, agradecemos a sua participação em nosso espaço.
      Os postos de combustíveis, assim como qualquer estrutura, deve apresentar um estudo de risco, para assim, tomar as medidas cabíveis de proteção, caso haja necessidade. Porém, por se tratar de uma área classificada, requer uma análise mais detalhada.

  • Boa tarde. Qual o software Indicado para fazer essa análise de gerenciamento de risco? Indicaria alguma empresa?

  • Olá, boa noite!!

    Gostaria de saber o porque normalmente em projetos de SPDA não se calcula a perda L4 (perda econômica)?

    Desde já, agradeço.

    1. Prezado Luis, agradecemos a sua participação em nosso Espaço.
      Em projetos de SPDA, a perda L4 não é usualmente avaliado pois precisa de uma análise mais criteriosa. Também de acordo com a NBR5419/2015, o risco R4 é opcional.

  • prezados! Trabalho com projeto e execução de serviços de SPDA, mas minha dúvida é minha dificuldade é sempre como posso controlar as tensões de toque nas descidas naturais externa por exemplo pilares de galpão que onde é aproveitado a captação natural (coberta de zinco com a espessura dentro da Norma)

    1. Prezado Rui, agradecemos a sua participação.

      Segundo o item 8.1.1 da NBR 5419-3 de 2015, os riscos de tensão de toque e passo se tornam toleráveis caso o subsistema de descida consistir em pelo menos dez caminhos naturais de descida, ou aumentar a resistividade superficial do solo acima dos 100 kΩ.m até 3 metros de distância das descidas, ou, a probabilidade de aproximação de pessoas fora da estrutura e próximas aos condutores de descidas for muito baixa.

      Caso não consiga atender nenhum dos itens citados acima, segundo o item 8.1.2. podemos adotar as seguintes medidas de proteção:
      Utilizar barreiras físicas para reduzir a permanência de pessoas próximas à descida, por exemplo, utilizar vasos de plantas com o intuito de evitar a aproximação de pessoas junto às decidas ou utilizar placas de advertências a cerca dos riscos de choque durante tempestades.

  • Prezados,
    Parabéns pelo espaço criado primeiramente, uma duvida, quando a edificação não possuir em suas atividades materiais inflamáveis mais mantem fora da edificação e dentro de sua planta tanque de Disel para abastecimento da frota podemos adotar níveis diferentes de proteção? o aterramento deve ser isolado ou interligado ao aterramento principal? Grato pela atenção.

    1. Prezado Daniel, agradecemos a sua participação.
      Fique a vontade para entrar em contato conosco.

      O gerenciamento de risco deve ser feito analisando cada área da estrutura separadamente, podendo haver assim, diferentes níveis de proteção. Realizar um único gerenciamento para toda a área, irá superdimensionar o SPDA.

      A malha de aterramento deve ser feita em formato de anel, circulando toda a estrutura e preferencialmente, interligando as malhas de diferentes estruturas para equipotencializar os subsistemas de aterramento e com isso, melhorar a eficiência do sistema instalado.

  • bom dia
    Somos da ECR Proteção e já fizemos um curso com a termotécnica a três anos atrás, por gentileza nos mande o valor do curso para duas pessoas em campinas e forma de pagamento.

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