Termotécnica Para-raios

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Opinião de especialista sobre os sistemas de para-raios não convencionais

A norma da ABNT NBR 5419/2015, apresenta medidas para reduzir a níveis toleráveis os riscos e danos causados pelos efeitos térmicos, mecânicos e elétricos associados aos raios na estrutura, bem como aos seus ocupantes e conteúdos existentes na edificação. O SPDA é formado por materiais de custo reduzido e pequenas dimensões, quando comparado aos equipamentos e vidas que protege.

Em relação aos sistemas de proteção, é impossível impedir que o raio atinja a estrutura. O que o SPDA possibilita, é um caminho de baixa impedância para a descarga elétrica fluir para o solo, através dos sub-sistemas de Descida e Aterramento. Este é o ponto que precisa ser esclarecido para uma parte de leigos no assunto, que acreditam fielmente que é possível prever, inibir, ou até mesmo impedir um fenômeno como este.

Mais desafiador do que saber como instalar um SPDA, é ter o devido conhecimento sobre o risco em utilizar um sistema de proteção que não significa absolutamente nada na edificação, como é o caso dos para-raios não convencionais, usados ainda no século XXI, em construções de todos os portes no Brasil devido ao desconhecimento por parte dos contratantes.

Infelizmente, há aqueles que não levam em consideração a conformidade do sistema com a norma da ABNT NBR5419/2015. A utilização de produtos fora de norma, além de tornar a instalação vulnerável, pode também ser alvo de futuras ações judiciais por não atender os requisitos pré-estabelecidos em normas como a NR10, Código de Defesa do Consumidor e também as normas da ABNT. A NBR5419/2015, partes 1 a 4, bem como as principais normas internacionais, não aprovam o uso de sistemas “não convencionais”, com base nas propriedades não comprovadas de aumento do raio de proteção ou de eliminação de descargas atmosféricas.

Entrevistamos o nosso especialista em raios (Diretor de Engenharia da Termotécnica Para-raios – Normando Alves) para esclarecer quais são os sistemas não convencionais e porque eles não devem ser utilizados.

Veja os detalhes na entrevista:

O que são para-raios não convencionais?

Especialista: São para-raios que usam teorias ou técnicas não respaldadas pelas normas nacionais e Internacionais nem pelos especialistas no assunto.​Tal como antigamente os captores Radioativos, esses sistemas​ prometem atrair os raios, repulsar os raios ou descarregar a nuvem, por mecanismos não comprovados nem respaldados na prática.

Porque a NBR 5419/2015 não recomenda este tipo de sistema? E quais os riscos em utilizá-los?

Especialista: Como as normas nacionais precisam seguir os padrão da IEC, não existe norma IEC e da ABNT que regulamente estes tipos de captores. Não existe comprovação cientifica de que estes captores funcionam.

Quais os sistemas rotulados por esta nomenclatura?

Especialista: Existem diversos, entre eles os ESE(Early Streamer Emissor) , existem os PDI (proteção de descargas por Ionização), radioativos, Iônicos , e outros sistemas. Na tentativa de atrair, repulsar os raios ou evitar a queda destes, o que não é possível controlar a natureza, esses fabricantes lançam mão de teses ou teorias sem sustentação científica com o objetivo de ganhar dinheiro às custas de pessoas leigas.

Exemplifique situações encontradas em nossas vistorias de para-raios não convencionais e quais foram as recomendações para o cliente, a respeito da utilização deste sistema?

Especialista: Sempre que nos deparamos com essa situação, a nossa recomendação é que o cliente retire esse tipo de sistema, uma vez que não atende a norma NBR5419/2015, não está respaldado pelo código de defesa do consumidor e nem pela NR10 do Ministério do Trabalho. Nesses casos, o sistema deverá ser reprojetado para atender às normas da ABNT.

 

para-raios não convencionais

Exemplos de sistemas não convencionais

É bom se informar antes de contratar uma solução como esta. Como vimos na entrevista, estes sistemas “não convencionais” não devem ser utilizados em nenhuma hipótese, visto que sua proteção não é comprovada, colocando em risco a vida de pessoas presentes na edificação.

Ficou com alguma pergunta sobre os para-raios não convencionais? Fale conosco.

Temos uma equipe técnica de especialistas para esclarecer todas as suas dúvidas.

2 comentários em “Opinião de especialista sobre os sistemas de para-raios não convencionais

  1. Bom dia!
    Minha dúvida não é sobre o assunto acima, não localizei o espaço onde podesse comentar minha necessidade.
    Tenho um cliente que precisoprojetar um SPDA, porem, tenho um problema, 80% da edificação suas paredes
    são conjugadas com o vizinho, ou seja, não disponho de um afastamento de 1,00m para a malha circundante,
    como exige a norma. Nesse caso, posso fazer a malha interna? Quais os cuidados a serem tomados por conta das tensões de toque e passo?
    Desde já agradeçoa atenção.
    Sou de Recife-PE e sempre participei dos eventos sobre SPDA, quando ainda eram ministrados pelo professor
    Normando.

    1. Olá Antônio,

      Se não conseguir comprovar a continuidade elétrica das ferragens da fundação (baldrames), terá sim de adotar o aterramento interno.

      Nesta condição, você terá de prever medidas para reduzir as tensões superficiais, como a adoção de uma camada de 20 cm de brita ou 5 cm de asfalto em um raio de 3 m no entorno das descidas, e a adoção de medidas de proteção contra tensões de toque para os condutores de descidas internos, como a aplicação do condutor CUI TEL-830208.

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