O que preciso saber sobre o aterramento estrutural no SPDA?

TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

O aterramento estrutural é responsável por dissipar a energia do raio no solo. É graças a ele que, por exemplo, as tensões de toque e passo são reduzidas a níveis toleráveis para os seres humanos, evitando graves acidentes.

Quando consultamos a parte três da NBR 5419, que fala justamente sobre como projetar um SPDA para proteger estruturas e pessoas, vemos que existem duas possibilidades para o aterramento.

Podemos executá-lo através de um eletrodo enterrado sob a forma de anel, com pelo menos 50cm de profundidade e afastado a, aproximadamente, 1m das paredes externas da edificação; o chamado aterramento externo. Ou podemos aproveitar a própria ferragem da fundação e os elementos que a compõem para fazer o aterramento estrutural.

Embora o sistema externo seja mais fácil de aplicar em edificações existentes, seus custos são mais elevados devido à necessidade de escavações e recomposição de pisos. Além disso, ele pode apresentar mais vulnerabilidades dependendo do local da edificação, já que sofrerá a ação de agentes mecânicos em áreas de mineração ou químicos em indústrias de base, por exemplo.

No sistema estrutural, os eletrodos são as próprias ferragens das fundações e/ou vigas baldrame. Estes elementos, que têm proteção aos efeitos da corrosão e movimentação natural do solo, graças ao revestimento de concreto, garantem maior durabilidade com os menores custos possíveis, sendo inclusive recomendados pela norma.

Entretanto, para que o sistema estrutural funcione corretamente é preciso que a continuidade elétrica seja garantida em cada eletrodo. Sendo assim, se a edificação não tiver sido construída com esse pensamento, é pouco provável que possamos adaptá-la. É mais fácil de entender quando comparamos as vigas baldrames com os cabos horizontais do sistema de aterramento externo e as ferragens das fundações verticais com as tradicionais hastes cobreadas. Assim, se as ferragens das fundações não tiverem continuidade elétrica ou mesmo se elas não existirem, isso será equivalente a um sistema externo em que o cabo esteja rompido ou tenha sido removido.

Diferente das descidas naturais, ensaiar um sistema de aterramento estrutural pode ser extremamente complexo e até inviável em alguns casos, pois o acesso às ferragens pode demandar a demolição de quantidade significativa de concreto não aparente, tornando-se demorado e custoso. É por essa razão que durante a construção das fundações verticais e baldrames é cada vez mais comum a utilização de barras adicionais, como a Rebar Tel 768, com a função exclusiva de servir ao subsistema de aterramento do SPDA. Quando bem emendadas, com os clips Tel 5238 por exemplo, elas garantem a continuidade elétrica do sistema, permitindo a sua utilização com segurança.

Além disso, como a rebar é bem mais barata do que os demais condutores do aterramento, os custos de implantação são significativamente reduzidos. Outro item que facilita e muito o ensaio dos sistemas de aterramento estrutural são os conectores aterrinsert Tel 656. Eles são utilizados como pontos de conexão ou equipotencialização do aterramento, garantindo fácil acesso às ferragens instaladas dentro dos pilares para aterrar estruturas metálicas ou interligar outras malhas de aterramento. No nosso site você encontra detalhes em formato CAD ou PDF que exemplificam os tipos mais comuns de materiais e conexões utilizados no aterramento estrutural.

Se você gostou desse conteúdo não deixe de conferir nossos outros episódios do TELCast. Muito obrigado e até a próxima!


One Response to O que preciso saber sobre o aterramento estrutural no SPDA?

  • BEP = Barramento de Equipotencialização Principal
    BEL = Barramento de Equipotencialização Local

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