TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS
Quando falamos em ligações equipotenciais, é comum ouvir os termos BEP e BEL, mas você sabe qual a diferença entre eles? Eu sou Nikolas Lemos e no Podcast de hoje vou ensinar a vocês um pouco mais sobre esses componentes tão importantes para o SPDA interno.
Quando uma edificação é atingida por uma descarga atmosférica, seu potencial elétrico é elevado a grandes níveis em diferentes pontos da estrutura. Massas metálicas, partes condutivas internas e até mesmo os sistemas elétricos que não estejam interligados corretamente, podem alcançar potenciais tão distintos, que centelhamentos perigosos poderão ocorrer com facilidade entre eles. Isso pode causar desde a queima de equipamentos até arcos incendiários e choques elétricos que afetem os ocupantes da edificação. É por isso que é necessário garantir que todos os componentes tenham a menor diferença de potencial elétrico possível durante a incidência de uma descarga atmosférica.
Com exceção dos elementos energizados, como condutores elétricos e tubulações com proteção catódica que são equipotencializados por meio de DPS, os demais elementos metálicos devem ser ligados diretamente aos barramentos de equipotencialização. Na NBR 5419 existem duas nomenclaturas para esses barramentos e cada uma representa um tipo de função que será executada por eles.
BEP é a abreviação de barramento de equipotencialização principal. Ele é a referência de terra de toda a instalação elétrica, hidráulica e de telecomunicações. É o primeiro barramento da edificação e fica normalmente próximo ao quadro geral de baixa tensão. Cada edificação deve possuir apenas um BEP. Nele deverão ser conectados os DPS das entradas de energia e sinal, as massas metálicas que estejam próximas, as ferragens estruturais das fundações, outras malhas de aterramento existentes e os BEL’s, que explicaremos melhor a seguir.
Caso a edificação possua mais de 20 metros na horizontal ou vertical, um BEP para todas as ligações equipotenciais pode não ser suficiente. Assim, para proteção das estruturas internas mais afastadas deve-se instalar a cada 20m outros barramentos similares, interligados ao BEP, que recebem o nome de barramentos de equipotencialização local, os BEL’s. Neles, normalmente, são ligados os DPS de quadros secundários, as massas metálicas e ferragens estruturais que estejam próximas. O número de BEL’s que uma instalação pode ter é ilimitado. Diferente do BEP, eles não são ligados diretamente na malha de aterramento. Sua conexão é feita de forma indireta, através da conexão com o barramento principal ou por intermédio de algum outro BEL que já esteja ligado ao BEP.
Mas, por que não devemos ligar o BEL diretamente na malha de aterramento?
Essa ação pode provocar a circulação de corrente indesejada nos condutores de proteção, causando dano a equipamentos. Quando fazemos a ligação por meio do BEP, estamos adotando um único referencial de terra para toda a instalação, e isso evita grandes diferenças de potencial entre as massas metálicas e suas consequentes circulações de correntes.
As mesmas dimensões físicas podem ser adotadas para os dois tipos de barramentos, desde que atendam ao recomendado na tabela 1 da NBR 5419-4. Entretanto, devido ao grande número de conexões que normalmente são necessárias no BEP, é comum que ele seja maior que o BEL, mas isto depende de cada instalação. As caixas de equipotencialização da Termotécnica Para-raios possuem diferentes tamanhos de barramentos internos e quantidades de terminais de conexão, e por isso são a solução ideal tanto para serem utilizadas como BEP ou como BEL.
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