Quando e como utilizar as hastes de aterramento?

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Seja muito bem-vindo ao nosso TELCast! Eu sou Nikolas Lemos e hoje vamos falar sobre os cuidados que envolvem a instalação de hastes de aterramento na proteção contra descargas atmosféricas.

O objetivo do subsistema de aterramento do ponto de vista do SPDA é dissipar as correntes do raio no solo de forma segura aos ocupantes internos e próximos da edificação. A melhor maneira conhecida, atualmente, para se alcançar este resultado, é através do aterramento em configuração de anel. Entretanto, em alguns casos, especialmente quando se trata de um solo de alta resistividade, apenas a execução desta configuração não é suficiente para dissipar as correntes de uma descarga atmosférica. Para resolver este problema, a NBR 5419 indica duas alternativas que, de forma resumida, implicam na adoção de eletrodos extras, na horizontal ou vertical.

Se a opção for por instalar novos eletrodos horizontais, como cabos ou barras, será preciso adicionar a cada descida exatamente a quantidade de metros calculada, conforme item 5.4.2 da parte 3 da NBR 5419. Já para a instalação de novos eletrodos na vertical, a quantidade em metros será a metade do valor calculado no item 5.4.2. Este é o motivo que leva muitos projetistas e clientes a preferirem esta alternativa, já que os custos serão menores e o espaço necessário para instalação é menor.

As hastes de aterramento de alta camada, são citadas na NBR 5419 como eletrodos recomendados, exatamente, para esta finalidade. Mesmo que seja considerado uma boa prática, a utilização de uma haste para cada descida não é uma obrigatoriedade normativa e, em alguns casos muito específicos, esta aplicação pode ser, inclusive, prejudicial ao sistema.

Um exemplo desses casos raros ocorre quando a edificação é construída sobre área de aterros, onde as camadas mais profundas do solo podem apresentar resistividades extremamente superiores às camadas superficiais. Quando as hastes são inseridas neste tipo de terreno, a intensidade das correntes que irão percorrer as camadas mais profundas do solo será menor do que na superfície, o que causará um aumento das tensões de passo. Por isso, é preciso que os parâmetros do solo sejam conhecidos antes de se indicar a instalação desse eletrodo vertical, conforme as recomendações da NBR 7117.

Outro cuidado a ser tomado com a utilização das hastes é relacionado ao espaçamento entre elas. Quando instaladas em distâncias menores que seu comprimento, as hastes criam uma interferência entre seus potenciais elétricos durante a dissipação das correntes no solo. Consequentemente, geram uma resistência mútua no conjunto, que é somada à resistência de aterramento. Sendo assim, é preciso que o espaçamento entre elas seja de, no mínimo, o seu comprimento. Por exemplo, se for preciso instalar hastes de 3 m, a menor distância entre elas deverá ser justamente este valor.

Para finalizar, é obrigatório que as hastes utilizadas no aterramento sejam normatizadas, tanto as de aço galvanizado a fogo, quanto as de aço cobreado. O uso de hastes de baixa camada ou comerciais afeta, negativamente, o sistema, devido a suas seções fora do padrão, falta de uniformidade entre os modelos e, principalmente, pela baixa durabilidade. Vale lembrar que na Termotécnica Para-raios você sempre encontra produtos e serviços conforme recomendam as normas técnicas!

Sempre que surgirem dúvidas sobre este ou outros assuntos de SPDA, entre em contato conosco através de nossa equipe de suporte técnico.


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