Tipos de inspeção do SPDA e suas periodicidades

TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

Olá, seja muito bem vindo! No podcast de hoje, falaremos sobre inspeção em SPDA e suas periodicidades, conforme a parte 3 da NBR 5419 de 2015. Eu sou Luciana Matos e espero que aproveite o conteúdo!

A eficiência do sistema de proteção contra descargas atmosféricas depende de sua correta instalação e manutenção, para isto, ambas deverão seguir as prescrições mínimas contidas na NBR 5419/2015 da ABNT, em todas as suas etapas.

As inspeções do SPDA visam assegurar que a documentação técnica esteja completa e adequada, contendo desde informações referentes ao gerenciamento de risco, com seleção das medidas de proteção congruentes a cada tipo de estrutura, como também a emissão do projeto as built (conforme construído). O registro do histórico de inspeções e ensaios pertinentes a cada tipo de sistema, também é um dos pontos analisados nas inspeções. Essa documentação, inclusive, deve fazer parte do prontuário de instalações elétricas que visa atender a NR10.

Em conjunto à análise documental, deve ser verificada a integridade das instalações, bem como o posicionamento, fixação, conexão, estado de corrosão e conservação de todos os componentes, de modo a assegurar que o SPDA possua configuração mínima, conforme a norma. Também é imprescindível certificar que qualquer nova instalação, reforma ou ampliação, que altere as condições iniciais previstas em projeto, seja incorporada à solução de SPDA.

De um modo geral, a norma, classifica dois tipos de inspeção: Uma é a “visual semestral”, que destina-se apenas a checagem do que é possível observar visualmente, apontando eventuais pontos deteriorados do sistema. E a outra é a “inspeção periódica”, que objetiva análise mais completa, incluindo os ensaios de continuidade elétrica para partes não visíveis do sistema, como por exemplo, mas não se limitando a isso: os ensaios dos eletrodos de aterramento que, se instalados adequadamente, são basicamente em sua totalidade embutidos no solo, ou seja, não visíveis.

Essa inspeção periódica deve ser realizada por profissional habilitado e capacitado, que emita a documentação pertinente e ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). A periodicidade dessa inspeção é de um ou três anos, dependendo do tipo de estrutura, sendo: Um ano para estruturas pertencentes a fornecedores de serviços considerados essenciais, como energia, água e sinais, para estruturas contendo munição ou explosivos e para locais expostos à corrosão atmosférica severa, como regiões litorâneas e ambientes industriais com atmosfera agressiva. Já a inspeção a cada três anos é direcionada para todos os demais tipos de estrutura.

É importante lembrar que, inspeções, ensaios e demais serviços em SPDA não podem ser realizados durante a ameaça de tempestades. E uma observação importante: medição de resistência de aterramento não é mais exigida, desde a publicação de 2015 da NBR 5419, pois para o fenômeno das descargas atmosféricas o mais importante é a configuração do aterramento.

Para exemplificar podemos citar duas situações: É possível obter um valor de resistência muito baixo, quando o solo local possui baixa resistividade, mesmo com um aterramento incorreto que não assegure a eficiência do sistema. Entretanto, em um solo com alta resistividade, mesmo com um aterramento completamente dentro da norma, podemos obter um valor de resistência alto e ainda assim garantir a eficiência esperada. Na parte 3 da norma recomenda-se que a resistência deve ser compatível com a resistividade do solo local, mas que o fundamental para minimizar sobretensões perigosas é aprimorar a geometria e as dimensões do subsistema de aterramento.

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