Otimizando o SPDA em estruturas pré-moldadas

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Seja muito bem-vindo ao nosso TELCast! Eu sou Nikolas Lemos e hoje falaremos sobre como otimizar o SPDA em estruturas pré-moldadas. Sem dúvidas, a construção civil teve um salto gigantesco com o advento das estruturas pré-moldadas.

Como os pilares, vigas e até mesmo paredes já chegam, praticamente, prontos dos fornecedores, cabe ao construtor apenas fazer o ajuste final na edificação, seguindo os projetos estruturais. Isso proporciona uma redução significativa de tempo e custo para execução de obras, especialmente, as de grande porte.

É preciso, porém, ter cuidado em relação ao SPDA. Afinal, pode ser financeiramente desvantajoso ter que implantar um sistema externo em uma edificação composta por elementos fabricados sob medida. Devemos, sempre que possível, aproveitar os pré-moldados como elementos naturais do sistema, transformando o SPDA da edificação em um modelo estrutural.

Para que isso ocorra, precisamos que esses componentes tenham continuidade elétrica garantida em seu interior, possuam pontos pré-determinados de conexão com a captação e aterramento; e que sejam equipotencializados com as demais estruturas metálicas da edificação.Embora pareça simples, é muito importante ter cuidado na hora de solicitar a compra desses materiais, já que a maioria dessas exigências só podem ser garantidas durante o processo de fabricação das partes pré-moldadas.

Sendo assim, cabe ao fabricante garantir que exista uma resistência elétrica inferior a 1 ohm no trecho de cada elemento estrutural, como vigas, pilares, colunas, etc. O cliente pode, inclusive, recusá-los caso essa solicitação não seja atendida.Uma grande dica é sempre utilizar rebars e clips firmemente conectados no interior dos pré-moldados, já que durante a vibração do concreto dentro das formas, pode ocorrer o afrouxamento dos condutores e o comprometimento da continuidade elétrica dos elementos.

Além disso, é recomendável a instalação de conectores como o Aterrinsert Easy Tel 650, para facilitar a realização dos ensaios e conexões com outras estruturas. Esse modelo de Aterrinsert é de fácil instalação, proporcionando um ótimo ganho na produtividade do fabricante. Seu uso facilita a interligação com a captação, aterramento ou outras estruturas metálicas, de forma direta ou através do conector Tel 630.

Caso os conectores Aterrinsert não sejam previamente instalados, é necessário providenciar as conexões no momento da obra. Esta tarefa envolve a remoção da camada exterior de concreto até alcançar as barras estruturais, inicialmente para realizar os ensaios que garantam sua continuidade e, em caso positivo, para conectá-las eletricamente com os demais componentes naturais do SPDA da edificação.

Em uma obra com muitas vigas e pilares essa ação, além de demandar bastante tempo pode ocasionar eventuais danos estruturais irreparáveis, por isso não é recomendada.Depois de instalados e interligados, será preciso efetuar um último ensaio de continuidade entre um ponto superior da captação e o Barramento de Equipotencialização Principal junto ao solo, de forma que a resistência total do conjunto seja inferior a 0,2 ohm. Por essa razão, é preciso que os condutores e conectores utilizados atendam às especificações da NBR 5419-3:2015.

O cálculo do gerenciamento de risco e o detalhamento das conexões do projeto do SPDA deve ser feito antes da encomenda dos elementos estruturais ao fornecedor, para dar a ele condições de incluir as peças necessárias na concretagem das estruturas. Essa ação proporcionará uma significativa redução de custos e tempo de execução da obra.


2 Responses to Otimizando o SPDA em estruturas pré-moldadas

  • Olá.

    Primeiramente agradecer pelo excelente conteúdo.

    Uma dúvida: Como se faz a conexão entre o pilar pré moldado e as vigas baldrames pré moldadas? Seria com um ferro no console? Externo do pilar?
    Deste já agradeço a atenção.
    Obrigado!

    1. Olá Igor,

      Existem algumas possibilidades de fazer essa conexão:

      – A primeira e mais recomendada é, no ato da construção dos pré-moldados, instalar internamente rebars emendadas com clips para garantir a continuidade elétrica e, nas pontas e em trechos intermediários onde se precise fazer alguma interligação, instalar conectores Aterrinsert para facilitar as conexões e ensaios de continuidade obrigatórios.
      – A segunda alternativa é utilizar apenas os rebars com clips no interior da estrutura, deixando um pequeno trecho para fora por onde serão realizadas as conexões. A desvantagem desta alternativa é que, além de esteticamente ser mais agressivo, é uma conexão que poderá sofrer com a oxidação ao longo prazo.

      Essas duas primeiras são aplicáveis apenas quando os pilares ainda não estão construídos. Para pilares construídos podemos executar as conexões de duas maneiras:

      – Através de SPDA externo em ambos ou;
      – Realizando ensaio de continuidade elétrica e, em caso positivo, quebrar o pilar até encontrar as ferragens, fazer a conexão e fechar com concreto. Esta opção é a mais agressiva ao sistema, pois pode levar oxidação para dentro do pilar.

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