Diferenças entre o SPDA Estrutural e Natural


TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

Seja muito bem-vindo ao nosso TELCast! No episódio de hoje, abordaremos as diferenças entre o SPDA Estrutural e o Natural.

Existem diversas maneiras de se projetar a proteção contra descargas atmosféricas em uma edificação, porém, de forma consensual, a melhor delas será durante a sua construção. Assim, é possível economizar nos gastos com materiais e proporcionar um maior número de caminhos para a corrente do raio, reduzindo ainda mais os níveis de tensão de toque e passo. Neste caso, duas metodologias são amplamente utilizadas: sistema natural e sistema estrutural. Você sabe diferenciá-los?

O sistema natural nada mais é do que a utilização das ferragens do concreto armado e demais elementos metálicos pré-existentes na edificação, para que tenham também a função de captores, condutores de descida e equipotencialização ou eletrodos de aterramento do SPDA. Para isto, é preciso que possuam seção mínima de acordo com os requisitos normativos. E além disto, é necessário que quando expostos ao tempo possuam tratamento superficial adequado e continuidade elétrica garantida em todos os subsistemas.

Já o sistema estrutural consiste na instalação deliberada de elementos metálicos adicionais interligados às ferragens pré-existentes durante a concretagem, de forma a garantir a sua continuidade e equipotencialização. Seus requisitos dimensionais e de acabamento são os mesmos dos materiais a serem utilizados no sistema natural.

Conceitualmente, estas duas metodologias são similares, mas, na prática, algumas vantagens são vistas no estrutural em relação ao natural. A primeira delas é que, se os elementos adicionais para o SPDA (de fácil diferenciação visual e documentação fotográfica),forem instalados em conformidade com o projeto, irão garantir em 100% a continuidade elétrica de toda a estrutura ao final da obra.

Ademais, no sistema natural, ao aproveitar as armaduras metálicas da estrutura, é comum se deparar com o fato de que a equipe responsável pela construção e instalação não possui o hábito de fazer as amarrações de forma a garantir a continuidade elétrica.

Como consequência direta disto, podemos ter ao final da obra, a triste constatação de que alguns trechos naturais de descidas ou do eletrodo de aterramento não estão contínuos. Isto exigirá um retrabalho de projeto, que na maioria das vezes, demandará a instalação de pelo menos parte de um sistema convencional externo. Certamente, com diversas interferências arquitetônicas indesejáveis e com custo mais elevado.

Por outro lado, no sistema estrutural, barras adicionais de aço galvanizadas a fogo, conhecidas como Rebars, são adicionadas nas faces externas das armaduras, desde o topo até o aterramento, e interligadas às demais ferragens através de conectores tipo clips ou duplo-clips. Por possuírem uma coloração diferenciada das ferragens convencionais, em função da sua galvanização a fogo, é fácil e seguro treinar a mesma equipe responsável pela armação para efetuar estas interligações, poupando mão-de-obra especializada.

Outra vantagem do sistema estrutural, vem justamente desse acabamento que as Rebars recebem. Como elas são resistentes à oxidação, podem até mesmo ter trechos superiores expostos à atmosfera e serem utilizadas diretamente no subsistema captor.

O embasamento técnico-normativo para o sistema estrutural é dado pelo item 4.3 da parte 3 da NBR 5419, que cita que medidas complementares visando a continuidade elétrica podem ser especificadas pelo projetista desde o início da obra. Seja pelo sistema estrutural ou natural, construir desde o início, já considerando a implantação do SPDA, pode representar até 40% de redução nos custos de projeto.

A Termotécnica Para-raios possui uma linha completa de produtos para os dois tipos de sistemas, incluindo os famosos conectores Aterrinserts. Eles são utilizados para acessar eletricamente as ferragens naturais ou Rebars do lado externo do concreto, sem a necessidade de escarificar o mesmo.

Em suas próximas construções, conte com o apoio da nossa equipe de suporte técnico especializado, para que juntos possamos fazer o que há de melhor em proteção contra raios!


2 Responses to Diferenças entre o SPDA Estrutural e Natural

  • A norma especifica sobre essas melhorias no 2° parágrafo do item 4.3 da norma NBR 5419-3:2015.
    Sobre a utilização do terrômetro e miliohmímetro, ambos são usados para funções diferentes :
    O terrômetro é usado para medir a resistividade do solo ou a resistência do aterramento, ele não pode ser usado para fazer a medição de continuidade do edifício, pois o aparelho precisa seguir as especificações do item F.4 do Anexo F da NBR 5419-3:2015.
    Já o miliohmímetro é utilizado para medir a continuidade elétrica das ferragens da estrutura e continuidade elétrica de condutores (malha de aterramento ou descidas embutidas).

  • Boa tarde !
    Pelo que entendi, o estrutural é complemento no SPDA natural ,acrescentando uma melhoria , na norma só fala do SPDA natural , é isso mesmo ?
    Ai me surgiu uma dúvida , quando utilizo o termômetro e quando o miliomimetro ?
    eu pensava que quando é externo uso o termômetro, natural miliomeimetro, mas o estrutural também não é externo ?

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