Cabos de cobre nu, em conformidade com NBR6524 e NBR5419


Termotécnica Para-raios

Termotécnica Para-raios, líder nacional no setor de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Desde 1974 com produtos e soluções, incluindo fabricação, revenda de equipamentos, cursos e treinamentos SPDA.

Os cabos de cobre nu, utilizados no sistema de proteção contra descargas atmosféricas – SPDA, vêm sofrendo constantes variações de utilização no mercado. Tais adaptações se referem a estrutura de sua fabricação, o que prejudica a sua eficácia, e em casos extremos, como descargas, choques e corrosão, provocando notáveis acidentes.

No mercado estão disponíveis diversos tipos de cabos de cobre nu, nas mais variadas composições e configurações, que levam em consideração apenas o fator preço, excluindo a qualidade e segurança.

É importante observar a seção transversal e verificar se o cabo possui formação de sete fios, conforme a NBR 6524. Geralmente, os cabos de cobre nu de 35mm² e 50mm², possuem 2,5mm e 3,00mm de diâmetro em cada fio, respectivamente. Para se certificar quanto a esta e outras seções dos cabos de cobre nu, vide parte 3 da norma da ABNT NBR5419/2015.

Conformidade dos Cabos de Cobre nu

Diante destas informações, o uso dos chamados cabos de cobre “comerciais” não é recomendado. Estes tipos de cabos, utilizam para o isolamento, materiais como PVC, com maior espessura, afim de compensar o diâmetro final do fio ou cabo com menor quantidade de cobre, além de possuir outras composições em sua estrutura, não garantindo assim a sua alta capacidade de resistência e condutividade elétrica. O mais comum é que esses condutores sejam fornecidos com 19 fios, e a seção total dos fios seja muito inferior à seção (cabos desbitolados) mencionada no projeto. O mesmo ocorre com outras bitolas. É essencial conferir o material na obra antes de executar os serviços.

RISCOS E PREJUÍZOS

Revendas e DistribuidorasÀs Revendas e Distribuidoras
– Apreensão do estoque pela fiscalização do INMETRO e/ou IPEMs;
– Perda de credibilidade no mercado por vender produto “não conforme”;
– Penalidades jurídicas e legais, por comercializar produto “não conforme”.

Instaladoras e ConstrutorasÀs Instaladoras e Construtoras
– Cliente insatisfeito e em risco devido aos problemas da Instalação Elétrica;
– Custo pela troca do produto e reinstalação por outro que atenda as normas;
– Penalidades jurídicas e legais, por instalar produto “não conforme”.

Consumidores FinaisAos Consumidores Finais
– Instalações elétricas com risco de curto-circuito ou até incêndios;
– Perda de patrimônio e risco de vida;
– Baixa resistência mecânica, comprovada deficiência na condutividade elétrica e aquecimento dos condutores, causado pela quantidade menor de cobre.

Via de regra, sempre dê preferência para materiais que estão em conformidade.
O barato, pode sair caro!

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40 Responses to Cabos de cobre nu, em conformidade com NBR6524 e NBR5419

    1. Olá!

      Alcindo, não compreendi muito bem a sua dúvida, por isso, acredito que seja mais produtivo conversarmos por telefone. Segue o caminho para entrar em contato com o nosso setor de suporte técnico: (31) 3308-7000 – Opção 3.

      O que posso te adiantar é que um requisito da NBR 5419:2015 que a malha de aterramento com cabo de cobre nu tenha no mínimo 50 mm², conforme a tabela 7 da NBR 5419-3:2015.

  • Boa tarde.
    Execelentes os comentários, muito elucidadores, no entanto tenho uma dúvida.
    É possível utilizar um cabo de cobre nu conectado em uma cerca de arame galvanizado, utilizando um conector estanhado?

  • Sobre cabos de cobre nu para aterramento e equipotencialização de equipamentos, acredito que eles seguem as mesmas características dos descritos no artigo.
    Para ensaios de continuidade em cabos de aterramento quais os valores são considerados adequados para a resistividade destes? E qual norma indica estes valores?

    1. O ensaio de continuidade elétrica da malha de aterramento é um item obrigatório nas inspeções periódicas de edificações que possuem aterramento não natural. Durante o procedimento do ensaio, o profissional habilitado conecta as pontas de prova em dois pontos distintos do sistema, injeta uma corrente e obtém no display do instrumento um valor na unidade ohm (Ω).

      A NBR 5419-3 estabelece no item 7.3.2, alínea “d”, que: “os valores de validação devem ser compatíveis com parâmetros relacionados ao tipo de material usado (resistividade do condutor relacionada ao comprimento do trecho ensaiado).”

      E o que isso significa na prática? Darei um exemplo para esclarecer:

      Vamos supor que o trecho do aterramento ensaiado seja um cabo de cobre nu de 50 mm² que interliga a base de um poste na caixa de inspeção do aterramento e que este trecho possua 10 metros de comprimento.

      Analisando a tabela A.2 da NBR 6524 vemos que o cabo de cobre nu de 50 mm² deve possuir resistividade de aproximadamente 0,375 mΩ/ m (0,375 miliohm por metro). Sendo assim, se cada metro possui resistência de 0,375 mΩ, em um trecho de 10 metros esperamos encontrar 0,375 mΩ x 10 = 3,75 mΩ.

      Com isso, podemos concluir que o valor de referência do ensaio de continuidade elétrica de cabos de aterramento não é fixo. O profissional deverá sempre calcular o valor em função da resistividade do condutor e do comprimento do trecho ensaiado.

  • Pode se utilizar eletroduto galvanizado para passagem de cabos cobreado 50mm para aterramento de estrutura metálica qual a norma específica que fala sobre essa parte

    1. Olá!
      Márcio, não recomendo usar eletroduto galvanizado, pois irá gerar corrosão galvânica, comprometendo a vida útil do eletroduto. Recomendo utilizar eletroduto de PVC, por não comprometer o cabo e pelo seu custo-benefício. Lembrando que, caso o cabo seja enterrado, é necessário que não tenha nenhuma proteção para a fácil dissipação da corrente das descargas atmosféricas. E a norma que descreve sobre é a NBR 5419-3:2015, particularmente a tabela 5.

  • Nas vistorias de SPDA os cabos nu estão pintados e algumas parte no meio da textura isso pode?

    1. Olá Alessandro!

      Pode, porém, deve ser seguido a nota do item 5.2, da NBR 5419-3:2015:
      “1 mm de asfalto, 0,5 mm de PVC ou camada de pintura para proteção contra corrosão ou com
      função de acabamento não são considerados como isolante para correntes impulsivas.”

  • Estou com uma dúvida: tenho um projeto para executar e está dimensionado aterramento estrutural com hastes galvânicas e um anel externo com cobre nu 50 e hastes 2,4m.
    Até onde sei, um substitui o outro, a fim de baratear o sistema.
    As duas instalações juntas estão corretas? O SPDA será com barra chata, não sei se muda algo por isso.

    1. Olá!
      Alexandre, o aterramento estrutural utilizando a fundação baldrame, sem descontinuidade, dispensa a necessidade de hastes e cabos de aterramento.
      Você pode, sim, ter uma instalação mista com partes em aterramento estrutural e partes não naturais, porém isso só é necessário quando as vigas baldrame são descontínuas, sendo necessário interligá-las com um condutor externo.
      Além disso, sugiro que verifique os diâmetros mínimos necessários para as hastes de aterramento na tabela 7 da NBR 5419-3 (2015),pois esse modelo de haste que você relatou, normalmente, não atende esse dimensionamento.

  • Boa tarde!
    Excelente.:
    Após vistoria de uma execução de aterramento concluída de um edifício em Maringa-PR, constatado o emprego de cabo comercial, foi solicitado a substituição, o custo do serviço, foi o dobro!

  • Olá sr. Nikolas, me informe por favor, em qual local da nbr 5419 está descrito a necessidade de um cabo para aterramento com 7 fios e de 50mm² para ser enterrado?

    1. Prezado Paulo.. de uma lida na página 21 e 22 da NBR 5419:2015 caderno 3

      Tabela 6 – Material, configuração e área de seção mínima dos condutores de captação, hastes
      captoras e condutores de descidas – Cobre – Encordoado- 35mm- Diâmetro de cada fio da cordoalha 2,5mm²

      Tabela 7 – Material, configuração e dimensões mínimas de eletrodo de aterramento: Cobre, Encordoado, 50mm² – Diâmetro de cada fio cordoalha 3 mm

    2. Olá Paulo Dias,

      Como respondido pelo colega Alexandre Moreira Dias, estas informações podem ser acessadas na parte 3 da NBR 5419, tabelas 6 e 7.

      Estas não dizem explicitamente a necessidade de um condutor 7 fios, porém citam o diâmetro mínimo de cada fio da cordoalha e, por associação, 7 será o menor número de fios que atenderá os quesitos de seção mínima e diâmetro de fio.

  • b) É possível conectar este cabo com uma solda exotérmica na cabeça das estacas e deixar um rabicho para dar seguimento na área do térreo e cobertura?

    1. Olá Alessandro,

      É possível realizar soldas exotérmicas entre os vergalhões das estacas e o cabo de cobre nu, porém você ainda precisará deixar um ponto de desconexão para as descidas, que pode ser um conector suspenso simples.

      Particularmente não recomendaria essa medida pois se tiver qualquer problema nesta cordoalha (furto ou oxidação, por exemplo) terá de escarificar o concreto para realizar uma nova conexão, expondo as ferragens estruturais a riscos de corrosão.

      Sempre recomendo a utilização de conectores Aterrinsert + Conector estanhado com pino TEL-630 entre as ferragens da fundação e os elementos externos da malha de terra, protegendo as ferragens internas, facilitando a realização dos ensaios obrigatórios de continuidade elétrica e também proporcionando um ponto de desconexão da descida com o aterramento.

  • a) É possível substituir a barra RE-BAR, pelo cabo de cobre nú de 50mm2 de 07 fios na malha inferior (das fundaçõe)
    ?

    1. Olá Alessandro,

      A NBR 5419-3 cita na tabela 5 a impossibilidade de utilizar cordoalhas de cobre nu dentro do concreto armado, devido a corrosão (pilha galvânica) que ocorrerá entre este e o aço. Caso queira substituir a rebar pelo cobre, a malha deverá ser externa as edificações, afastada a 1 m de distância das paredes externas e enterrada a 50 cm de profundidade.

      Do ponto de vista financeiro, não é rentável fazer esta substituição, visto que o rebar na fundação proporciona uma redução de custos de até 40% em relação a malha de cobre externa, sem contar uma maior durabilidade do aterramento estrutural (rebar na fundação) e também a não incidência de roubo do mesmo.

    1. Olá Adelson,

      Você pode avaliar os seguintes itens abaixo para definir a condição de uso de um condutor:

      – Diâmetro externo ou área de seção transversal, que deverá ser compatível com o especificado pelas normativas vigentes;
      – Diâmetro de cada fio (no caso de cordoalhas),que também deverá ser compatível com o especificado pelas normativas vigentes;
      – Continuidade elétrica, que pode ser vista visualmente no caso de condutores expostos ou por meio da comparação entre a resistência do condutor no trecho com a resistência esperada para o mesmo, no caso de condutores não visíveis (enterrados ou embutidos).
      – Aspecto visual, onde você pode analisar se o condutor apresenta pontos de oxidação ou corrosão. Em determinadas situações, você pode utilizar um medidor de camadas para aferir se o acabamento ainda está em condições de uso.

  • Nikolas Lemos, boa tarde!
    Gostaria de saber se pode passar os cabos de 50mm² na mesma valeta de tubulação de água fluvial???
    Obrigado.

    1. Olá Claudinei,

      Se analisarmos apenas pela NBR 5419, não existirá nenhuma restrição quanto a aproveitar a mesma valeta da tubulação de água pluvial para passar o cabo da malha de aterramento, desde que as devidas ligações equipotenciais sejam executadas. Mas, em uma visão mais ampla de engenharia, devemos tomar cuidado quanto a possibilidade de corrosão galvânica entre o cabo de cobre da malha de terra e a tubulação metálica de água.

      Portanto, caso seja uma tubulação metálica, eu não lhe recomendaria esta ação, sendo preferível a abertura de uma outra valeta mais afastada. Se tratando de uma tubulação plástica, PVC ou concreto, pode realizá-la na mesma valeta.

  • Recebi um projeto com sugestão de Cordoalha de aço 3/8″ HS , o que é ?
    e se pode ser usado como sist aterramento enterrado e com solda exotérmica ?

    1. Olá Jonas Lopes Pereira,

      A cordoalha de aço galvanizado a fogo pode ser utilizada no aterramento, desde que possua no mínimo 70 mm² de área de seção. Estas também podem ser unidas pelo processo de soldas exotérmicas, desde que seja feita a seguinte preparação abaixo:
      – Remover totalmente a umidade dos condutores;
      – Remover a camada superficial de zinco do local da conexão;
      – Executar a solda exotérmica e verificar sua qualidade e acabamento;
      – Recompor a camada de zinco removida com o uso de uma tinta de alto teor de zinco.

      A nomenclatura HS que aparece em sua descrição é apenas uma classificação quanto ao tipo de carga de ruptura que esta cordoalha deverá suportar, que variar entre SM (média resistência),HS (alta resistência) ou EHS (extra-alta resistência).

      Estas cordoalhas costumam ter um custo inferior as cordoalhas de cobre, no entanto, normalmente possuem uma durabilidade inferior.

  • Bom dia .
    Onde posso usar cabo de 50 mm ² de 19 fios ou qual e a sua aplicação ?
    Quase todos os projetos que eu trabalho solicita apenas cabo de 50mm ² ,7 fios .
    Obrigado

    1. Olá André,

      A NBR 5419-3:2015 recomenda em suas tabelas 6 e 7, que são as responsáveis pelos materiais de captação/descidas e aterramento respectivamente, um diâmetro mínimo de cada fio para os condutores encordoados de cobre.

      O cabo de cobre nu 50 mm² de 19 fios não atende a essa recomendação (mínimo de 3,00 mm por fio) e, por isso, não deve ser utilizado no SPDA.

  • Existe algum argumento técnico que refuta a utilização de cordoalha de 50mm² de 19 fios para o subsistema de aterramento do SPDA? Existem limitações na seção/quantidade dos fios apenas nas cordoalhas de captação/descida?

    1. Olá Railander,

      O cabo de 19 fios possui cada fio com diâmetro de 1,8 mm e, ao calcular a área de seção transversal do condutor, chegamos a aproximadamente 48 mm² de área de seção total para o condutor. Apenas este argumento já é válido para reprová-lo mas, outros fatores ainda corroboram para tal prática, como:

      – Os cabos 19 fios não possuem um padrão normalizado, sendo comum encontrar no mercado vários tipos destes condutores, com os mais variados valores para diâmetros de fios.
      – A durabilidade mecânica do condutor 19 fios é menor que de um condutor 7 fios, visto que é mais fácil romper fios menores.

      Esta limitação normativa (exigência de condutores de 7 fios) se aplica na captação, descida e aterramento do SPDA.

  • Fiquei curioso, porquê não posso utilizar um cabo 19 fios com bitola 50mm2 ao invés de um 35mm2- 7fios? Tecnicamente a condutividade, massa, impedância não são melhores no cabo 50mm2- 19 fios do que no 35mm2 – 7fios? O que impede tal uso?

    1. Olá Manoel,

      Não existem justificativas técnicas para fazer esse superdimensionamento, uma vez que a bitola de 35 mm² já possui uma boa margem de segurança para os esforços mecânicos e elétricos atribuídos pelas descargas atmosféricas. Ela foi atribuída após anos de estudo e acompanhamentos em campo.

      Os custos do cabo de cobre nu 50 mm² (7 ou 19 fios) são superiores aos custos do cabo de cobre nu 35 mm² 7 fios (sem contar com o aumento no custo dos conectores),o que também não justificaria do ponto de vista econômico essa alteração.

      Pela norma, o cabo de 50 mm² 19 fios, que possui cada fio com 1,78 mm, não pode ser utilizado na captação, já que é preciso que cada fio da cordoalha possua no mínimo 2,50 mm. Essa exigência visa garantir maior longevidade ao sistema.

  • Qual a cordoallha que devo usar para um predio de 11 andares e o tamanho e diametro das haste.Obrigado

    1. Paulo Cesar,

      Você pode utilizar qualquer modelo de cordoalha que desejar, desde que atendam as tabelas 6 e 7 da NBR 5419-3:2015.

      Para captação e descida, as cordoalhas mais comuns são:
      – Cordoalha de cobre nu 7 fios 35 mm²
      – Cordoalha de alumínio nu 7 fios 70 mm²
      – Cordoalha de aço galvanizado a fogo 7 fios 50 mm²

      Uma alternativa de baixo custo para a captação e descida é a utilização da barra chata de alumínio TEL-771.

      Para o aterramento, as cordoalhas mais comuns são:
      – Cordoalha de cobre nu 7 fios 50 mm²
      – Cordoalha de aço de aço galvanizado a fogo 7 fios 70 mm²

      O comprimento das hastes de aterramento depende do quanto você precisa acrescentar no seu subsistema de aterramento. O diâmetro deve ser de no mínimo 12,7 mm para aço cobreado, com uma camada mínima de 254 micras de cobre.

      O padrão de mercado é a utilização de hastes de 5/8″ (diâmetro nominal de 14,3 mm) com 2,4 m de comprimento. Essas hastes possuem o melhor custo x benefício do mercado.

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