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Conectores de Pressão: Durabilidade e Segurança do SPDA

Os conectores elétricos de pressão, identificados por usarem parafusos para exercer a pressão sobre os elementos condutores, desempenham um papel crucial no sistema de aterramento e de conexões elétricas em geral. Sua função principal é garantir uma conexão robusta e eficiente entre os componentes do sistema, proporcionando segurança, desempenho e durabilidade.

Tratamento dos Fixadores Ferrosos: Zincagem Eletrolítica vs. Galvanização a Fogo

Os conectores por pressão tem em sua estrutura elementos fixadores com a função de proporcionar o aperto entre os elementos condutores do conector e os condutores do sistema elétrico a serem conectados. Estes fixadores, muitas vezes ferrosos, necessitam de um tratamento para proteger o aço contra corrosão e hoje no mercado vemos opções de tratamento através de galvanização a fogo e também zincagem eletrolítica.

Ao escolher conectores, é essencial entender as diferenças entre fixadores com estes tipos de tratamento, pois do contrário podemos ter baixa durabilidade e confiabilidade da conexão.

A zincagem eletrolítica é um processo mais econômico, mas menos durável. Nesse método, uma camada de zinco é depositada na superfície dos fixadores por meio de uma corrente elétrica em banho eletrolítico. Apesar de proporcionar uma proteção inicial contra a corrosão, essa camada é mais fina e suscetível a danos, resultando em uma rápida corrosão.

Em contrapartida, a galvanização a fogo oferece uma proteção a corrosão mais resistente. Nesse processo, os parafusos, porcas e arruelas são mergulhados em zinco derretido, formando uma camada mais espessa e de boa aderência à superfície dos fixadores, proporcionando uma durabilidade significativamente maior em comparação à zincagem eletrolítica.

A norma brasileira NBR5419 Parte 3 estabelece diretrizes para sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), incluindo diretrizes sobre materiais a serem utilizados no sistema, que devem atender condições adequadas de resistência mecânica e a corrosão. Seguir essas diretrizes é crucial para garantir a segurança e eficiência das instalações, e a utilização de componentes zincados eletroliticamente vai contra estas diretrizes.Escolher componentes com acessórios galvanizados a fogo é uma medida assertiva e normatizada contra os impactos da oxidação.

Menor Custo, Maior Problema: O Equívoco nas Táticas de Redução de Preços

No mercado encontramos uma variedade de conectores de pressão e comparando os resultados com pequenos experimentos, observamos claramente as diferenças de desempenho entre zincagem eletrolítica e galvanização a fogo. Os conectores com fixadores tratados com galvanização a fogo demonstram um desempenho superior em termos de resistência à corrosão e durabilidade.

Submetendo os conectores em um ensaio em Câmara Salt Spray durante 96 horas, fica evidente o desgaste causado nos fixadores com zincagem eletrolítica, enquanto os fixadores galvanizados a fogo não apresentam sinais de corrosão, o que prova a ineficiência da proteção gerada pela zincagem eletrolítica

Figura 1 – Conector cabo haste com acessórios zincados(zincagem eletrolítica) submetido a 96 h em câmara Salt Spray
Figura 2 – Conector cabo haste com acessórios galvanizados a fogo (TEL-580) submetido a 96 h em câmara Salt Spray
Figura 3 – Grampo com parafuso zincado submetido a 96 h em câmara Salt Spray

Uma outra opção seria a utilização de fixadores em inox, que promovem uma conexão de grande durabilidade, resistindo até mesmo em ambientes de alta salinidade, e apesar de elevar um pouco o custo da instalação, pode ter um ótimo custo-benefício em ambientes muito agressivos.

Figura 4 – Grampo com parafuso inox(TEL-586) submetido a 96 h em câmara Salt Spray

A escolha dos conectores elétricos de pressão não deve ser subestimada em um SPDA. Optar por conectores com galvanização a fogo, em conformidade com as diretrizes da NBR5419, é um investimento na segurança, confiabilidade e durabilidade do sistema de aterramento e toda estrutura do SPDA. Menor custo inicial neste caso irá resultar em maiores custos a longo prazo. A escolha certa é a garantia de uma conexão confiável e eficiente.

Joelson Lopes- Analista de Produto, João Dantas – Gerente de Engenharia da Termotécnica Para-raios

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