A importância das MPS na PDA

TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

Você sabia que mesmo com o SPDA, os equipamentos eletroeletrônicos também podem ser danificados caso um raio caia próximo ou na própria edificação? Esse é o assunto do nosso episódio de TelCast de hoje, eu sou Nikolas Lemos e seja muito bem-vindo.

Toda queima de equipamento elétrico ou eletrônico tem um motivo. Seja a má qualidade de seus circuitos e componentes, seu estado de degradação ou condições adversas, como sobretensões, danos físicos, etc. O fato é que os raios contribuem de maneira significativa para essas queimas. Mesmo que não sejam os responsáveis diretos, à medida que vão ocorrendo surtos elétricos a resistência dielétrica dos dispositivos vai sendo degradada, até que em algum momento ocorra uma queima repentina.

Ao contrário do que muitos pensam, a função do SPDA é unicamente proteger pessoas e estruturas contra os efeitos das descargas atmosféricas, deixando a proteção dos equipamentos a cargo das MPS, que são as medidas de proteção contra surtos elétricos. Elas podem ser feitas por meio de blindagens, roteamento de cabos ou DPS e seu objetivo é manter a tensão do equipamento em níveis suportáveis, evitando degradação e danos, mesmo quando a linha está conduzindo a corrente do raio.

Embora sejam muito importantes, é comum que as MPS não sejam incluídas em projetos, especialmente de pequeno porte, como edificações residenciais ou pequenas plantas industriais. Isso ocorre porque a decisão de adotá-las ou não será definida durante os cálculos de uma parte preliminar do projeto, chamada Gerenciamento de Risco. Lá é definido até mesmo se existe ou não a necessidade de um SPDA.

No gerenciamento de risco são calculados os riscos associados ao tipo de edificação e sua utilização. O risco de perda de vida humana, chamado R1, deve ser obrigatoriamente calculado e medidas devem ser sempre adotadas para que ele se situe dentro da faixa tolerável. Já as MPS estão normalmente atreladas ao risco de danos aos equipamentos e não precisam ser calculadas caso o cliente decida não investir em proteção e assumir as consequências.

Em pequenas instalações o custo da proteção pode ser próximo ao valor dos equipamentos, o que pode justificar para alguns clientes a opção de não se proteger, pois o retorno do investimento na proteção se daria em um prazo muito longo. Mas em situações industriais ou comerciais, levar em conta apenas o valor do investimento em proteção não é o mais correto , pois também precisam ser contabilizados os prejuízos por lucros cessantes, ou seja, o quanto se deixa de ganhar ou produzir enquanto o equipamento estiver parado.

Além disso, em vários casos, nem todos os equipamentos precisam ser protegidos. O cliente pode apresentar uma relação com aqueles mais cruciais para o sistema, direcionando a atenção do projetista para uma proteção mais fina apenas destes. Vale lembrar também que a cada ano os equipamentos se tornam mais sensíveis, devido a evolução tecnológica, trazendo consigo circuitos mais complexos, compactos e que trabalham com valores baixíssimos de tensão e corrente. Ao mesmo tempo, os equipamentos de controle e sinal se tornam cada dia mais acessíveis e críticos para a operação do negócio, podendo um único dispositivo central controlar uma planta industrial inteira. Imagine o transtorno que sua queima pode causar!

Dependendo do local da instalação, pode ser que medidas simples e relativamente baratas, como o roteamento ou a blindagem de condutores, sejam o suficiente para garantir baixos níveis de tensão nos equipamentos. Entretanto, é importante optar por dispositivos de proteção contra surtos, quando necessário. Estes devem ser confiáveis e duráveis, como os protetores da marca alemã DEHN, que é referência mundial em proteção há mais de 110 anos!

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