A instalação dos elementos que compõem o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) exige vários cuidados para atender às exigências da ABNT NBR 5419:2015 (veja a figura 1). Temos um condutor em cabo de cobre nu, instalado diretamente sobre um rufo metálico em aço galvanizado. O cabo de cobre causou a oxidação do rufo metálico, com o auxílio do acúmulo de água entre os dois condutores. Esta combinação causou uma pilha galvânica, danificando, significativamente, o rufo que teria a função de impedir que a água penetrasse na alvenaria da platibanda e consequentemente, infiltrações na estrutura.
Quando estamos dimensionando um SPDA, pensamos nos elementos e componentes do sistema e às vezes esquecemos da estrutura que irá recebê-los. A Figura 1 é um caso que ilustra esta situação. Neste caso, deveria ser observado o contato direto do cabo com o rufo – ou afastando o cabo do rufo, conforme mostra a Figura 2, ou utilizar um condutor, por exemplo, aço galvanizado a quente, que possa ficar em contato direto com o rufo.
Uma outra alternativa é a fixação através de colagem. Normalmente, os condutores do SPDA ficam sobre as platibandas, que conforme vimos, são protegidas neste ponto contra infiltrações. Ora, se perfurarmos esta proteção para a fixação dos condutores do SPDA, poderemos causar uma infiltração e gerar um enorme problema para o cliente e, por consequência, para os responsáveis pela instalação. Neste caso, colar a fixação dos condutores é uma alternativa disponível no mercado e elimina o risco de infiltração. Na Figura 3, podemos observar a fixação através de cola sobre uma platibanda. A cola fica dentro do “cone”, que é responsável por interligar o condutor à estrutura metálica do rufo.
O mesmo vale para a fixação dos condutores em telhas. A alternativa de fixação dos condutores tendo que perfurar as telhas acarreta o mesmo problema de infiltração do caso anterior, platibandas. A fixação através da colagem também é uma alternativa de contorno para este problema. A Figura 4 ilustra a fixação através de colagem de um condutor em aço galvanizado a fogo a uma telha de fibrocimento.
Para a fixação dos condutores por meio de colagem, é necessário que a cola suporte as intempéries no local da aplicação, como umidade, temperatura e raios ultravioletas. Também tem que ser capaz de suportar os esforços mecânicos exigidos aos condutores. Esforços estes causados pelas descargas atmosféricas ou pela necessidade de se tensionar os condutores, por exemplo.
A aplicação da cola também exige cuidado. Há no mercado colas destinadas para superfícies lisas e outras para superfícies porosas. Elas devem ser aplicadas em superfícies livres de poeira, óleos, graxas e outras impurezas. Além disso, a superfície onde a cola será aplicada deve também suportar os esforços mecânicos solicitados. Ou seja, se colarmos sobre um reboco frágil, por exemplo, a cola não irá se desprender do reboco, mas o reboco poderá se desprender da parede, danificando a fixação e a parede.
Publicado na Revista O Setor Elétrico – Janeiro de 2017
* José Barbosa de Oliveira é engenheiro eletricista e membro da comissão de estudos CE 03:64:10, do CB-3 da ABNT.
A Termotécnica Para-raios possui um completo catálogo de materiais para SPDA que contempla as soluções de fixação através de colagem (em superfícies lisas ou porosas) como as apresentadas no artigo. Clique para baixar o catálogo e conferir estas e outras soluções de alto impacto para o seu projeto.
Boa tarde!!! Tenho uma situação um pouco inusitada. Nunca tinha visto dessa maneira. O prédio tem 19 andares, foi usado a estrutura metalica do prédio que é aceita, só que eles uniram os pontos através da chapa metálica dos rufos. É permitido isso??
Olá!
Osvaldo, peço que nos envie uma imagem destes pontos citados para entendermos melhor a situação. Pode enviar no e-mail: suporte@tel.com.br ou no WhastsApp: 31 9 8511-1261
Posso colar split Bolt 35mm com veda calha para cabo nu não ficar em contato com o rufo
Prezado Marcos, recomendamos uso do fixador universal TEL 5024, como em uma das imagens neste link, que ao mesmo tempo que realiza a fixação, é possível realizar emendas de condutores. Caso não possa perfurar, recomendamos o uso de aderibase, TEL 757 + o fixador universal TEL 5024. Todas as aplicações constam em fotos neste link e também no nosso catálogo, disponível para download neste site.
Qual a distancia mínima que a fita/cabo deve ficar da superfície onde será fixado?
Olá!
Se a superfície é feita por material não combustível, os condutores podem ser posicionados sem distanciamento da superfície.
No item 5.2.4 da NBR 5419-3:2015 você encontra essa e outras informações sobre isso.
Os cabos condutores de cobre nu podem ser pintados?
Olá Augusto,
Os cabos de cobre nu podem ser pintados, desde que sejam adotadas tintas não inflamáveis ou corrosivas ao material.
Olá . Na versão de 2005 da NBR 5419 no sub item 5.1.2.3.4 era muito claro a prescrição de que a cordoalha do SPDA não podia ter contato a menos de 10cm de manta asfáltica de impermeabilização pois é material inflamável. Já procurei na versão 2015 e não encontrei nada parecido . Podem me ajudar a encontrar algo semelhante?
Atenciosamente
Fábio Mascarenhas
Olá, Fábio!
Veja o que consta na alínea b, do item 5.2.4 da NBR 5419-3:2015:
” se a cobertura for feita por material prontamente combustível, cuidados especiais devem ser tomados em relação à distância entre os condutores do subsistema de captação e o material. Para coberturas de sapé ou palha onde não sejam utilizadas barras de aço para sustentação do material, uma distância não inferior a 0,15 m é adequada. Para outros materiais combustíveis, 0,10 m;”
Boa noite. fiz instalação de 3 luminária em uma parede verde (jardim vertical),notei que quando realizaram a instalação dessa parede verde, aparafusaram ela na borda da chapa de zinco que percorre toda parte superior do edifício e consequente esta ligada no SPDA, pois o cabo de alumínio do SPDA esta fixado nessa chapa. Essa parede vede termina na borda de uma piscina. Eu gostaria de saber das implicações caso em uma tempestade aquele SPDA seja atingido por uma descarga atmosférica.
Forte abraço ELI Mourão
Olá!
Prezado Eli, é preciso que um especialista em SPDA analise o projeto e a instalação de SPDA no local, para que a avaliação seja realizada com cautela, levantando as não conformidades existentes e as recomendações das adequações necessárias, se for o caso.
As inspeções são muito importantes e devem ser realizadas regularmente, para verificar a integridade do sistema, que é essencial para a segurança das pessoas, em seu interior e nas proximidades externas.
Os itens a serem avaliados e a periodicidade das inspeções, são dados pela NBR 5419.
Abraço!
Boa tarde.
Me deparei com um sistema de SPDA onde os condutores da malha de captação foram pintados com tinta asfaltica para impermeabilização.
Nunca tinha visto algo parecido.
Sei que barras chatas podem ser pintadas desde que a tinta não tenha na sua composição materiais combustíveis.
Minha dúvida é se esse procedimento de pintar com tinta asfaltica para impermeabilização condutores de cobre nu é aceitável.
Obrigado.
Olá Eduardo,
Se a espessura desta tinta for inferior a 1 mm, não será considerada uma isolação elétrica para as correntes impulsivas. Neste caso, como o objetivo desta pintura é impermeabilizar a superfície, quando ocorrer uma descarga atmosférica no SPDA ocorrerá o derretimento desse revestimento e, possivelmente, se terá infiltração na edificação. É preciso analisar também se essa tinta não é inflamável, pois descargas atmosféricas geram pontos quentes e que podem levar a ignição e incêndio nesta cobertura.
Boa tarde, existem barras chatas de alumínio fixadas na vertical da platibanda, na parte interna à cobertura (terraço). É possível revestir essa alvenaria com porcelanato para que essas barras não fiquem à vista? Ou seja, em parte do trajeto, as barras teriam um porcelanato sobre elas.
Obrigada!
Olá Eliza,
O alumínio não pode ser enterrado ou embutido em nenhuma hipótese, pois essa ação acelera sua degradação. Você pode utilizar barras chatas de aço galvanizado a fogo para essa operação, já que estas podem ser embutidas.
Somente poderão ser embutidos os materiais de descidas e aterramento. Caso essas barras estejam em um local sujeito ao impacto direto do raio, precisam ficar expostas a atmosfera ou o raio causará a remoção deste acabamento.
Ola
Boa noite
Gostaria de saber como fazer pra comprar compra hastes com roscas e a luva de emenda.
Achei muito interessante após conhecer através do canal Eletricity…
Olá Paulo Santos de Sousa,
Você pode entrar em contato direto com nossa equipe de vendas, através do telefone ou e-mail disponíveis no nosso site. Outra forma facilitada é o contato direto por meio do link https://tel.com.br/orcamentos-produtos/
Olá gostaria de saber se pode pintar a barra chata? Utilizada tanto para captação quanto descida?
Outra dúvida, em locais onde não é possível fazer a malha de aterramento no solo, posso usar no “rodapé” com fita de alumínio? E conectar as hastes no solo? É um local antigo todo concretado e um concreto grosso
Olá Larissa,
As barras chatas podem sem pintadas sem problemas, desde que a tinta não seja feita a partir de materiais prontamente combustíveis.
Sobre a malha de aterramento, embora a normativa permita 20% da malha acima do solo, o alumínio não é permitido neste subsistema e, portanto, o uso da fita de alumínio é incorreto. Ressalto também que o concreto ‘grosso’ não é uma impossibilidade para execução da malha enterrada, visto que é possível quebrá-lo e recompô-lo (apesar dos custos elevados).
o uso das barras chata de aluminio, dão a proteção necessária ao para-raio?
no caso de edificação que não tem espaço em suas laterais, divisa com outros edificios,
podemos executar a malha interna?
no caso só tem espaço na frente.
Olá pauloresquerdo,
A barras de alumínio de 70 mm² conseguem garantir a segurança necessária requerida pelo SPDA, desde que não sejam enterradas ou embutidas. A Termotécnica Para-raios recomenda sua utilização devido ao baixo custo e facilidade de instalação.
Edificações que não possuem espaço em suas laterais podem adotar duas alternativas para instalação da malha de aterramento:
– Checar as ferragens estruturais das fundações e vigas baldrames em busca de continuidade elétrica, adotando o sistema natural;
– Instalar as descidas internas na edificação, com a adoção das medidas de proteção contra tensão de toque e passo.
Bom dia. Posso ligar nas ferragens de um pilar ou coluna o cabo de cobre que vai para o eletrodo de aterramento ? Qual outra solução para usar as ferragens como condutor de descida e ligar as mesmas ao aterramento ?
Olá,
A norma não permite a utilização do cobre dentro do concreto armado, apenas embutido. Nesta situação, podemos utilizar algum conector do tipo split-bolt dentro da estrutura para realizar tal conexão, entretanto, as melhores alternativas são ditas abaixo:
– Se for uma malha de aterramento externo, a melhor alternativa hoje é a instalação de conectores Aterrinsert (este vai conectado junto as ferragens estruturais e permite a conexão externa) dentro do pilar. A partir do ponto de conexão deste, podemos fazer as ligações com a malha de aterramento externo.
Em nossa biblioteca gratuita de detalhes de CAD, disponível aqui no site para download, você pode conferir o detalhe N003 para melhor entendimento desta conexão.
– No caso de um aterramento natural/estrutural você pode utilizar a própria ferragem para fazer estas conexões ou adotar um elemento adicional para isto, conhecido por rebar. Os detalhes M010 e M014 representam bem estas conexões.
NO CASO DE FAZER A DESCIDA DO SPDA COM FITA DE ALUMINIO DESCARTA O USO DE ELETRODUTO PROTEGENDO O CONDUTOR DE DESCIDA?
Olá Alneri,
O uso do eletroduto não é mais obrigatório pela normativa e, portanto, pode ser descartado tanto para os condutores de cobre quanto de quaisquer outros materiais. Apenas é recomendado que, em locais onde exista alguma provável fonte danosa onde os condutores possam ser danificados e até cortados, se utilize deste eletrodutos para proteção mecânica.
Boa tarde,
Possuo um cliente que me solicitou o uso de cabo de aluminio para reparar um anel no teto de seu empreendimento, expliquei que conforme norma atualizada é necessário a utilização de bitola mínima de 70 mm², o que ele me solicitou apenas cabo de 35 mm².
O cliente me solicitou a passagem de cabos duplos para atender o de 70 mm², isto é aceitavel?
eu nunca vi uma ligação em anel, utilizando cabeamento duplo.
Olá Raphael,
A norma recomenda, para o alumínio, uma seção mínima de 70 mm² e um diâmetro mínimo de cada fio da cordoalha de 3,5 mm. Mesmo que ele faça a união de dois cabos de 35 mm² os fios não atenderão a esse pré-requisito e, portanto, será uma alternativa fora das recomendações normativas. O uso do cabeamento duplo também não é citado pela norma e seu uso também é considerado fora de norma (embora não necessariamente represente que está incorreto).
Na escola onde trabalho, percebi que o cabo de descida do para raio em um único ponto está fixado em uma estrutura metálica de um telhado. Essa estrutura é toda em metal, tanto vigas como colunas. Não tem problemas este para raio estar preso nela?
Olá Jesiel,
Preciso entender um pouco mais das razões para esta interligação. Porém não é tão incomum que ela ocorra, visto que precisamos garantir as ligações equipotenciais entre partes metálicas e, especialmente quando a distância de segurança ‘s’ não pode ser respeitada, precisamos interligar os elementos metálicos ao SPDA. Você pode me mandar uma foto desta conexão pelo e-mail engenharia.vendas@tel.com.br ?
boa tarde
A fita de alumínio #70mm² pode ficar abaixo do rufo metálico ?
Olá Rui,
Não é recomendável. Caso a barra de alumínio fique abaixo do rufo metálico, este não será contemplado no volume de proteção e, se não possuir espessura suficiente, poderá ser perfurado ou danificado, provocando infiltração de água na estrutura.
Bom dia, estou com um projeto de SPDA de um ginásio, planta de formato retangular, porém nas descidas, a uma das lateral e ocupada por uma casa (vizinho) e os fundos também, uma casa, impossibilitando a descida por estas, tendo disponível a outra lateral e a frente (equina de uma rua). Minha pergunta é, posso fazer a descida por dentro (nesse caso os lados que estão impossibilitados pelos vizinhos),protegendo o cabo por um PVC?
Bom dia, gostaria de saber se meu raciocínio está correto… A fita de alumínio sempre dá problema com relação a parte estética… e os construtores sempre querem esconder de alguma forma, pois na realidade brasileira, o projeto de SPDA é contratado em 90% dos casos quando o edífício está pronto. Para esse tipo de situação, considerando que o construtor quer embutir no reboco, pergunto que a solução que pensei está correta: Na cobertura terá uma proteção com franklin e fita de alumíno, nos parâmetros da norma… para descer, utilizaria aço galvanizado embutido no reboco, e quando chega no subsolo ou térreo (conforme o caso),faz a transição para cobre, a malha de aterramento.
Desculpe abusar, mas tá certo isso?
Para transição de fita e aço galvanizado, qual conector utilizar?
E para transição de aço galvanizado e cobre, qual conector utilizar?
E se o edifício for alto e houver a necessidade de anel na fachada, esse não poderá ficar embutido, certo?
Obrigado e abraços!
Olá Sérgio,
Excelente comentário sobre a preocupação dos construtores brasileiros em relação ao SPDA. Infelizmente a maioria somente se preocupa com esse sistema de proteção quando é exigido por seguradoras ou corpo de bombeiros.
Visando a redução de custos sua solução é uma boa alternativa e, respondendo suas dúvidas:
– A captação pode ser feita com a fita de alumínio, desde que ela tenha no mínimo 70 mm² de área de seção transversal. Tenha cuidado ao fazer a conexão com o captor Franklin, já que alguns instaladores tem o péssimo hábito de fazer um furo no mastro para realizar a conexão. Opte por utilizar abraçadeiras de aterramento, preservando a estrutura do conjunto.
– As descidas podem sim ser embutidas em cabo de aço galvanizado a fogo, desde que eles sejam contínuos do topo da edificação até a conexão com a malha de aterramento e possuam no mínimo 50 mm² de área de seção transversal. A conexão entre a captação e a descida pode ser realizada por meio dos conectores TEL-722 ou TEL-5024 (aquele que você julgar mais interessante).
– O cabo da malha de aterramento em cobre, por padrão, deve ter no mínimo 50 mm² de área de seção e 7 fios. Apenas tenha cuidado ao realizar a conexão entre a descida e o aterramento uma vez que, por serem elementos distintos, deverão ser interligados por meio de um conector bimetálico, como o TEL-565 ou TEL-725.
olá, gostaria de saber se posso usar minicaptor de aço conectado em barra chata de alumínio?
Olá Mayara,
Pode sim! A corrosão entre o aço galvanizado a fogo e o alumínio é bem baixa, o que permite a utilização destes materiais em conjunto sem prejudicar sua durabilidade.
Fiz um PodCast sobre esse assunto, onde apresento alguns exemplos de aplicações de materiais diferentes no SPDA. Confira em https://tel.com.br/podcast/erros-instalacoes-spda/
Boa noite. Tenho uma dúvida que não encontrei na Norma. Numa edificação, há no topo da caixa d’água o captor franklin principal e na cobertura, ao longo da platibanda do edifício, há o anel de aterramento superior. Este anel superior pode ser em barra chata de alumínio fixado diretamente na platibanda?
Antonio,
Sim! Inclusive o uso do alumínio é amplamente recomendado por bons projetistas, por ser mais leve, barato e menos visado por ladrões.
Você apenas precisa tomar cuidados referente as conexões (conexões entre cobre e alumínio devem ser feitas por meio de componentes bimetálicos) e com as infiltrações que a fixação podem causar no sistema (o uso de suportes coláveis como os Aderis é recomendado).
Um cliente possui uma edificação com fachada de vidro, porém necessita a instalação de um SPDA, porém posso fixar as barras chatas nos perfís de fixação de alumínio dos vidros?
Alexandre,
Se a barra for parte do subsistema de captação, deverá ficar exposta a descarga atmosférica, pois o raio remove todo material que impede que seu o acoplamento galvânico.
Se for apenas um condutor do sistema, como por exemplo uma descida, poderá sim ser instalada diretamente nesses perfis. Deverão ser adotadas medidas para proteção dos seres vivos que se aproximarem dessa estrutura e também deverá ser garantida a continuidade elétrica de todos os elementos que a compõe.
Mesmo quando não utilizada no sistema, a estrutura desse perfil deverá ser interligada com o SPDA caso esteja a uma distância de segurança ‘S’ inferior ao calculado em projeto dos elementos do sistema.
olá, eu tenho uma edificação já pronta e estamos prestes a executar o SPDA, porém o cliente me questionou sobre uma das descidas que está interferindo na fachada dele, as descidas são de Al e externas, como onde a descida está é um pilar eu não consigo embutir ou então mudar apenas esta descida para cobre. É possivel em cima desta descida colocar placa de dryall ou ACM? pela norma ví que não é possivel rebocar por cima da fita. Consegue me ajudar em uma solução obrigada.
Bruna,
Você pode colocar o Drywall ou ACM sobre os condutores de descidas, desde que esses sejam de cobre ou aço galvanizado a fogo, com seções compatíveis com a norma. Barras de alumínio podem ser pintadas, isso melhora bastante o efeito estético, podendo até passar despercebidas.
Barra chata de cobre sendo utilizada como descida, pode ser pintada?
Junnyor,
Pode sim! Tanto as barras de cobre quanto as barras de alumínio.
Boa tarde…
primeiro gostaria de parabenizar os senhores pelo trabalho…
Bom, preciso dá uma solução para um cliente…
Ele está construindo 8 blocos de apartamento com 5 pav. + térreo…
3 desses blocos estão prontos…
O problema é que não foi previsto o sistema de decida do spda…
é a partir do segundo do primeiro pavimento, sua construção civil se dar através de blocos de concreto vazado…
onde, de acordo com informações só é passada uma única barra de ferro em cada extremidade do prédio (Glautes)…
A pergunta é se posso usar essa mesma barra de ferro do prédio, que já está construído, usar como sistema de decida?…
dependendo dos ensaios…se esse único ferro me der condições de usa-lo…poderei usa-ló mesmo assim?, será que numa eventual descarga não poderá fragilizar a estrutura das parede do prédio?
Muito obrigado pelos informes..
Abraços a todos.
Gerson,
Você pode utilizar os ferros estruturais já existentes como condutores naturais de descida, desde que:
– A continuidade elétrica entre esses ferros estruturais seja garantida, por meio de ensaio conforme Anexo F da NBR 5419-3:2015;
– A seção desses condutores sejam compatíveis com a Tabela 6 da NBR 5419-3:2015;
– O número de descidas e a distância entre elas deve ser compatível com o nível de proteção do SPDA.
Se atender a esses dois requisitos, a probabilidade de que uma descarga atmosférica cause danos a sua estrutura será bem baixa e respaldada pela norma NBR 5419. Não se esqueça de conectar essas descidas com a malha de aterramento.
Caso não sejam atendidos esses três parâmetros, deverá ser feita a descida pela parte externa da edificação.
Muito obrigado Nikolas Lemos!!!
A norma permite embutir na alvenaria ou reboco as cordoalhas de 35mm na descida ou barra chata de alumínio? qual a inerferencia ou dano que isso poderia causar no sistema de SPDA?
Tiago,
As cordoalhas de cobre podem ser utilizadas embutidas, no reboco ou enterradas sem problemas, essa ação é permitida pela norma e não gera nenhuma interferência no seu sistema do SPDA.
As barras chatas de alumínio, por outro lado, não podem ser utilizadas embutidas, no reboco ou enterradas. Se você utilizá-las nessas condições a corrosão será elevada e ao longo prazo você perderá seus condutores. Os condutores de alumínio devem sempre ser utilizados expostos ao ambiente.
Se você tem dúvida de onde utilizar os materiais no SPDA, eu recomendo consultar a Tabela 5 da NBR 5419-3:2015.
Bom dia,
Qual a melhor opção, cordoalha de cobra x barra chata de alumimio?
Gustavo,
Vai depender do seu projeto. Normalmente o custo x benefício é maior com barras chatas de alumínio, por seus acessórios de conexão possuírem baixo custo, mas as barras possuem particularidades como não poderem ser enterradas ou embutidas.
Os conectores para as cordoalhas normalmente fazem o custo do projeto se elevar, mas vão existir casos em que essa será sua única alternativa. Você deverá fazer uma análise de cada projeto para melhor definição.
Bom dia, gostaria de saber de quantos em quantos metros a presilha em latão deve ser colocada?
Gabriel,
As presilhas de latão, assim como qualquer outro componente de fixação, devem ser colocadas da seguinte maneira:
– Na horizontal deve ser colocada a cada 1m;
– Na vertical ou inclinado deve ser colocada a cada 1,5m.
Minha pergunta é a mesma do Léo e como sou leiga qual.a diferença de cabos condutores e cordoalha ou barra chata de aluminio?
Pq aqui os fios do telhado estao embutidos na alvenaria e os 4 que descem estão com ganchos para nao encostar na parede.
Esta correto?
Tania,
Depende de vários fatores: distância de segurança, tipo de parede, permanência de pessoas, etc.
De um modo geral, as pessoas dentro da edificação ficam protegidas por meio do efeito Gaiola de Faraday. O risco será maior para as pessoas que permanecerem próximas a esses condutores na parte externa da edificação durante tempestades.
As diferenças entre condutores encordoados (cabos) e barras chatas são:
Barras chatas normalmente possuem um custo menor, melhor acabamento estético, maior facilidade de instalação e exigem menos conectores.
Os “ganchos” que seguram seus cabos para não encostar na parede vêm de uma exigência antiga da NBR 5419, que após sua revisão deixou de ser obrigatório. Seu uso não está incorreto, apenas não é necessário e do ponto de vista elétrico não faz diferença, já que o próprio gancho atuará como condutor.
Se usar cabo de aluminio direto na Platinbanda/Rufo també, gera corrosão?
Marcio, de acordo com a norma a junção do aluminio com o aço não gera corrosão eletrolitica. Na verdade existe mas ela é tão pequena que poderá demorar decadas para aparecerem os primeiros sinais do corrosão.
Caso os cabos condutores estejam em comunicação direta com as paredes do prédio, qual a consequência, nos casos de uma descarga atmosférica aos apartamentos do prédio?
Léo, essa pergunta exigia muitas outras informações para ser respondida, mas, generalizando, se o nr. de descidas estiver correto posicionadas de forma correta, com a seção correta, atendedo ao projeto e se o projeto atender ás normas vigentes, não vejo problema algum, a norma permite que os condutores de descida estejam fixados diretamente nas fachadas.
óla bom dia , eu vi um aterramento em os cabos de cobre nú, estao diretamente no telhado de zinco.
isso pode? nao causa nemhuma descarga na estrutura.
Olá Claudio, os cabos de captação devem ficar sobre a cobertura ou telhado, uma vez que são designados a receber e conduzir, em conjunto com os subsistemas de descida e aterramento, as descargas atmosféricas para a terra com segurança. Porém, deve-se ter atenção aos materiais utilizados no SPDA. O contato direto da cordoalha de cobre com o telhado de zinco, gera corrosão galvânica nas telhas, causando a deterioração do material.
Muito importante esse assunto.
Esse sistema de colagem ao qual vcs usam em telhados,ele e fixo na telha ou no parafuso da telha
Olá Alexandre, o diferencial desses produtos da Termotécnica é que eles permitem a fixação dos condutores sem a necessidade de furar as superfícies de aplicação, podendo esta, ser lisa ou porosa. Baixe o catálogo para conferir as soluções: Adericone, Aderidisco e Aderibase. https://tel.com.br/catalogo-de-produtos/
Interessante!