Quais materiais são permitidos no SPDA?

TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

Um bom SPDA está além de um projeto feito exatamente como recomenda a NBR 5419. É preciso que a instalação seja muito bem executada por profissionais capacitados e com experiência, além dos materiais que precisam atender a todas as normas vigentes e possuir certificação de qualidade. Desde que foi iniciada, a NBR 5419 tem passado por diversas mudanças para se adequar às evoluções tecnológicas e demandas do mercado.

É na tabela 5 da parte 3 da norma que podemos ver quais materiais condutores são permitidos no sistema, sendo os principais, atualmente: cobre, alumínio, aço galvanizado a fogo, aço inoxidável e aço revestido por uma camada de cobre. Embora todos possam ser utilizados, existem restrições quanto à sua utilização, baseadas na sua função primordial, local de instalação, capacidade de condução de corrente e resistência à corrosão. Por isso existe uma diferença nas dimensões mínimas entre os materiais que são utilizados na captação e descidas e os materiais do aterramento.

O cobre é o mais visto em projetos de SPDA, podendo ser utilizado em todos os subsistemas, desde que não seja aplicado dentro do concreto armado. Entretanto, devido ao seu alto custo, outras alternativas podem substituí-lo, dependendo do local em que será feita a sua aplicação.

Componentes de alumínio são uma boa alternativa ao cobre, principalmente, devido ao seu baixo custo e baixo índice de roubos. Em contrapartida, não podem ser enterrados ou embutidos e, por isso, somente veremos esse material nos subsistemas de captação e descidas do SPDA.

O aço galvanizado a quente também é uma boa alternativa ao cobre. Embora não seja tão econômico quanto o alumínio, não existem restrições quanto ao seu uso no SPDA, ou seja, pode ser aplicado em todos os subsistemas! Entretanto, por ser pouco flexível, o aço galvanizado a fogo não é muito utilizado no aterramento de projetos residenciais comuns. Em grandes instalações, como usinas fotovoltaicas ou plantas industriais, normalmente, já existem equipamentos apropriados para movimentar e cortar este material, o que viabiliza sua instalação.

Já o aço inoxidável, do ponto de vista da proteção contra corrosão, é o melhor material que podemos utilizar no SPDA. Assim como o aço galvanizado a fogo, ele não possui nenhuma restrição quanto ao seu uso. Porém, além do seu peso e baixa maleabilidade, é um material muito caro. Normalmente, ele é indicado em situações de corrosão extrema, como regiões litorâneas, indústrias químicas e etc. Nesses locais, os materiais comuns precisam ser substituídos com alta frequência, o que viabiliza o investimento em materiais mais resistentes.

Por fim, o aço revestido por cobre, diferente dos outros tipos de aços, não pode ser utilizado dentro do concreto armado. Quando foi introduzido na tabela da NBR 5419, a ideia era que esse material fosse uma alternativa de menor custo, em comparação ao cobre, e com baixo índice de roubos. Porém, devido a exigência de condutividade mínima de 30% IACS para a camada de cobre, somado a um aumento nas dimensões mínimas dos condutores, essa solução se tornou a segunda mais cara do SPDA, superando o próprio cobre e ficando atrás, unicamente, do aço inoxidável. Apenas quando utilizado em hastes de aterramento de alta camada é que o aço cobreado se torna uma alternativa mais rentável ao consumidor, devido a existência de grande demanda no mercado por este produto, que proporciona a redução dos custos.

No geral, recomendamos que para projetos de SPDA em edificações que ainda serão construídas, seja utilizado o sistema estrutural, com condutores adicionais de aço galvanizado a fogo para o aterramento e descidas, e alumínio na captação. Se não for possível aplicar o sistema estrutural, o recomendado é que seja aplicado na captação e descidas, o alumínio e, no aterramento, cabos de cobre nu normatizados, com 7 fios e 50 mm² de área de seção.

Caso tenha qualquer dificuldade em dimensionar os componentes do sistema, conte com a equipe técnica da Termotécnica Para-raios para auxiliar no seu projeto. Para ampliar seus conhecimentos em SPDA e Medidas de Proteção contra Surtos, acesse o nosso site e saiba mais sobre os cursos on-line que ministramos mensalmente.

Continue ligado em nosso canal TELCast para ouvir outras dicas como essa!


One Response to Quais materiais são permitidos no SPDA?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.Campos obrigatórios são marcados com *

VER ORÇAMENTO
Faça sua pesquisa
FECHAR