Termotécnica Para-raios

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Para-raios milagrosos, entenda porque não devem ser utilizados

No Brasil estamos bem protegidos contra descargas atmosféricas quando aplicamos corretamente a norma técnica ABNT NBR 5419:2015¹, Proteção contra descargas atmosféricas. Esta norma está baseada na norma internacional IEC 62305:2010², Protection against lightning.

A norma ABNT NBR 5419:2015 nos indica o que devemos fazer para proteger as pessoas, estruturas e seus sistemas eletroeletrônicos, contra os danos provocados pelas descargas atmosféricas. Ela apresenta as medidas eficazes e despreza aquelas que, baseadas em evidências científicas, considera ineficazes ou não comprovadas.

Infelizmente, apesar de rechaçadas pela comunidade científica internacional, algumas tecnologias, chamadas não convencionais, são permitidas em alguns países, mesmo que não sejam reconhecidas pela Comissão Eletrotécnica Internacional – International Electrotechnical Commission (IEC), a principal organização internacional de padronização de tecnologias elétricas, eletrônicas e afins, o que compromete a confiabilidade da proteção contra as descargas atmosféricas, onde estas tecnologias são aplicadas e, infelizmente, já provocou inúmeros acidentes que não aconteceriam se a norma IEC 62305:2010 tivesse sido aplicada.

Muitas tentativas têm sido feitas para desenvolver sistemas de proteção contra descargas atmosféricas que possibilitariam evitar a formação de descargas atmosféricas ou determinar o ponto exato que seria atingido por elas. Embora tentadoras em seus objetivos, todas estas tentativas se mostraram fracassadas devido aos inúmeros fatores envolvidos nas descargas atmosféricas, que como todo fenômeno natural, como terremotos e vendavais, são complexos e inevitáveis. Podemos reduzir os danos provocados por uma descarga atmosférica, mas não podemos impedir que elas aconteçam, nem determinar onde elas irão atingir.

Os atuais sistemas de proteção não convencionais podem ser agrupados em duas famílias principais: Early Streamer Emission, emissão antecipada de líder, (ESE), imagem 1. O objetivo desta tecnologia é desenvolver captores com menor tempo de resposta ao campo elétrico associado às descargas atmosféricas, permitindo que a descarga atinja exatamente o ponto onde eles estão localizados. A experiência tem demonstrado que devido ao deslocamento das nuvens e a altura onde elas se encontram, o ponto de impacto da descarga atmosférica dificilmente corresponderia ao local onde os ESEs estariam instalados.

Imagem 1. Captor ESE fabricado por Ennov Infra Solutions pvt. Ltda.

Charge Transfer System™ (CTS), imagem 2. Também conhecidos como sistemas dissipativos, esta tecnologia pretende evitar a formação das descargas atmosféricas, descarregando eletricamente as nuvens antes que elas possam originar uma descarga atmosférica que venha atingir a edificação supostamente protegida. Os CTSs contrariam a própria lógica de formação das descargas atmosféricas, já que se a sua teoria fosse verdadeira não cairiam raios em São Paulo, já que a cidade seria um grande CTS.

Imagem 2. Captor CTS fabricado por Sunkwang LTI, Inc.

Os sistemas não convencionais não são consensuais mesmo nos países que permitem a sua utilização. Eles são questionados onde são aceitos, existindo limitações em relação ao tipo de edificação onde podem ser instalados. Qualquer pessoa que visite Paris, por exemplo, verá que a maioria dos SPDAs existentes naquela cidade, principalmente em prédios públicos de grande valor arquitetônico, seguem a IEC 62305:2010, ou versões anteriores desta norma.

Colegas que se aprofundem neste assunto chegarão a conclusão de que a grande maioria dos especialistas em proteção contra descargas atmosféricas, pessoas que se dedicam a este tema há anos no Brasil, não reconhecem a existência de evidências científicas  comprovando a eficácia de qualquer sistema não convencional de proteção contra descargas atmosféricas, sendo este o principal motivo pelo qual a ABNT e a IEC não publicaram até o momento nenhuma norma com, ou sobre, sistemas não convencionais de proteção contra descargas atmosféricas.

Eu gostaria de utilizar este espaço para aprofundar o nosso conhecimento na física dos raios, na especificação de DPSs ou qualquer outro assunto presente na norma ABNT NBR 5419:2015. Mas é importante alertar nossos colegas para o risco de utilizar um para-raios dissipativo ou ESE, porque eles não funcionam, não agindo de fato como os seus idealizadores pretendiam que agissem, principalmente fora das condições controladas de um laboratório, o que mostra a ineficácia destas soluções mágicas que têm infernizado a vida de profissionais sérios que perdem tempo explicando para seus clientes que um único captor no alto de um prédio não irá proteger toda a edificação e ainda uma boa parte da vizinhança, ou ainda que um “monte de fios” no telhado de um prédio não impedirá que as descargas atmosféricas aconteçam.

Em algumas reuniões já foi mencionado a oferta de para-raios dissipativos para serem instalados em refinarias ou usinas de álcool para evitar que as descargas atmosféricas atinjam os tanques. Quando chegamos a este ponto somos obrigados a dizer claramente. Isto seria um crime!

A proteção contra as descargas atmosféricas é muito importante. Por isso, recomendo a leitura dos seguintes textos, que irão contribuir para esclarecer devidamente este assunto:

*https://www.linkedin.com/pulse/ese-normando-alves/

*http://normandoalves.com.br/gallery/ese%20e%20pdi.pdf

1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR5419-1:2015: Proteção contra descargas atmosféricas, parte 1: Princípios gerais. Rio de Janeiro, 2015. 67p; ABNT NBR5419-2:2015: Proteção contra descargas atmosféricas, parte 2: Gerenciamento de risco. Rio de Janeiro, 2015. 104p; ABNT NBR5419-3:2015: Proteção contra descargas atmosféricas, parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida. Rio de Janeiro, 2015. 51p; ABNT NBR5419-4:2015: Proteção contra descargas atmosféricas, parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura. Rio de Janeiro, 2015. 87p.

2 INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION (IEC). IEC 62305-1-2010. Protection against lightning – Part 1: General principles; IEC 62305-2-2010. Protection against lightning – Part 2: Risk management; IEC 62305-3-2010. Protection against lightning – Part 3: Physical damage to structures and life hazard; IEC 62305-4-2010. Protection against lightning – Part 4: Electrical and electronics systems within structures.

* Sergio Roberto Santos é engenheiro eletricista, membro da comissão de estudos CE 03:64:10, do CB-3 da ABNT e instrutor do curso de Medidas de Proteção contra Surtos (MPS) da Termotécnica Para-raios.

10 comentários em “Para-raios milagrosos, entenda porque não devem ser utilizados

  1. Boa Noite/Bom Dia ou Baa Madrugada a todos!

    É um assunto complexo onde, cada um tem sua forma de ver a questão. Sinceramente, prefiro não ficar aqui dialogando com cada sistema. Entendo que para a praticidade para tudo isso seria conveniente que todas as partes interessadas se reunissem e estudassem dialogássem mais, trocassem experiências e trabalkhassem em conjunto para mque todos nós terminássemos sendo beneficiados por um resultado em que todos entendem ser o melhor para todos. Enquanto ficarmos aqui apondando cada um dentro do seu quadrado, não chegaremos a lugar algum. Que tal, fazermos comissões e apresentássemos e estudássemos mais diversidades sobre esse assunto, já seria um bom começo para chegarmos ao final da caminhada com um resultado que fosse beneficiado a todos. Trabalho em equipe sempre deu certo e não seria esse que iria ser diferente. Pensem nisso ao invés de ficarem conjecturando quem sabe mais. ou que tem a sua verdade como a correta ?

    1. Prezado, Sr. Guido,

      A física e a engenharia são pautadas pelo método científico e até o momento, tudo o que os fabricantes destes produtos apresentam são supostos benefícios comerciais e opiniões de clientes, sem comprovação científica de, por exemplo, valores utilizados nos cálculos para definir a velocidade de propagação dos líderes ascendentes. Por outro lado, pesquisadores e organizações técnico-científicas (como o ICLP – International Conference on Lightning Protection) reconhecidos como referências na área de Descargas Atmosféricas já desenvolveram trabalhos demonstrando os pontos falhos dos captores ESE e se posicionaram contra a sua utilização. Caso tenha interesse, sugerimos a leitura dos seguintes trabalhos:

      – UMAN, M. A.; RAKOV, V. A. A critical review of nonconventional approaches to lightning protection. Bulletin of the American Meteorological Society, v. 83, n. 12, p. 1809-1820, 2002.

      – COORAY, Vernon. The similarity of the action of Franklin and ESE lightning rods under natural conditions. Atmosphere, v. 9, n. 6, p. 225, 2018. Disponível em uma tradução para o português publicada pela revista Eletricidade Moderna: https://www.arandanet.com.br/assets/revistas/em/2020/janeiro/index.php#page=52

      É importante ressaltar que captores do tipo ESE não são contemplados pela norma brasileira ABNT NBR 5419:2015-3, pela norma internacional IEC 62305:2010-3 ou por qualquer outra norma de abrangência internacional, apenas são permitidos por normas estrangeiras, cuja utilização é restrita aos seus respectivos países de origem. Essas próprias normas estrangeiras que contemplam os ESE contam com falhas, que mostram desconhecimento da manipulação da esfera rolante e que traz a tona a probabilidade de danos e acidentes.

      Não estamos fechados ao diálogo, porém é preciso embasamento técnico-científico para justificar a utilização destes captores sem colocar em risco a segurança de pessoas e/ou a integridade de estruturas. Defender a utilização dos atuais ESE da forma como é proposta pelos seus fabricantes e pelas normas estrangeiras, ou mesmo defender a utilização de outros “captores milagrosos” como aqueles que prometem inibir a ocorrência de descargas atmosféricas, não é possível quando buscamos seguir as normas condizentes ao território nacional.

  2. A quem interessar possa:
    Ainda não possuímos a Norma NBR 5419/2015, mas estamos trabalhando para isto.
    Em compensação possuímos o reconhecimento internacional conforme se pode verificar abaixo, além do mais, nossos dispositivos um seguro internacional de 6 milhões de euros contra danos materiais e de 300 mil euros para danos pessoal, único no mundo que oferece gratuitamente este benefício.
    Publicação Científica, Regulamentos e Certificações:
    Publicação Cientifica: Revista MDPI, artigo pertencente á Secção de Ciência e Tecnologia Quântica publicada recentemente em https://doi.org/10.3390/app9224879 assim como o “Laboratoire de Génie Eletric da Universidade de PAU” (Centro Universitário de Investigação Cientifica de Paris),
    • Certificado UNE-EN-ISO 9001: 2015
    A Dinnteco International é certificada de acordo com a UNE-EN-ISO 9001: 2015 pela certificação BUREAU VERITAS (Número ES076532-1) aplicada a: Projeto, fabricação e venda de dispositivos de compensação para campos elétricos variáveis e deionizadores de carga eletrostática modelos DDCE, DDCE Plus e PDCE
    • Certificado do produto
    O produto está em conformidade com os regulamentos Rohs.
    Produto certificado como Sistema de Proteção contra Raios pela certificação BUREAU VERITAS (número. Es036861):
    Proteção contra raios | UNE-EN (IEC 62305: 2012) | Parte 1 (princípios gerais), 2 (avaliação de riscos) e 3 (danos físicos às estruturas e risco humano)
    • Norma Brasileira ABNT
    Segurança contra riscos de raios | CTE (Código Técnico de Construção): SU8
    Produto está de conformidade com a Norma Brasileira ABNT – NBR 5419: 2015 | IRAM 2184: 2011 | CAN / CSA-B72-M87 (R2013)
    NTC 4552: 2008 | SANS 10313: 2012 | AS / NZS1768 / 2007
    NFPA 780: 2011
    RD 614/2051
    • Marcação CE
    O equipamento DDCE está em conformidade com as leis de segurança do produto, de acordo com os requisitos da marcação CE e com as normas que a regulam EN 55011 a EN 55015 e EN 55022. (Homóloga às normas IEC)
    Diretivas 2001/95 / CE (segurança do produto).
    Diretivas 73/23 / CEE (Equipamento de Baixa Tensão)
    Compatibilidade eletromagnética
    Está em conformidade com os limites de trabalho de compatibilidade eletromagnética de acordo com a Norma 92/31 / EEC, de acordo com a EN 61000-6- (1,2,3,4): 2002 e da EN 61000-4-2 a EN 61000-4-9.

    Certificado DDCE da NATO
    O DDCE foi oficialmente catalogado pela OTAN no conceito de “Sistema de Proteção contra Raios e Protetor Eletromagnético”.
    O DDCE foi selecionado como um sistema de catalogação da OTAN (SOC), que visa garantir que o mesmo artigo seja conhecido no escopo da logística das nações usuárias do sistema (atualmente 28 países pertencem à OTAN), com a mesma e única denominação e o mesmo e único Número de
    Catálogo da OTAN (NOC), sendo DDCE: NCAGE: SYN37
    Certificado DDCE da UL LLC (exclusivamente modelo DDCE100Plus UL).
    Produto certificado pela entidade UL LLC. Como terminal aéreo de classe I de acordo com ANSI / CAN / UL-96-2016 com o número 20180731-E480063.
    Achamos com isto que sim cumprimos com as normas, tanto é que temos instalados em mais de 8 mil empresas em 37 países, sem sequer uma única incidência de raios após a instalação de nossos produtos.
    A Dinnteco International nasceu com a ideia de revolucionar os sistemas de proteção contra raios e assim seguimos com nosso propósito, mesmo com tantos incrédulos.
    Obrigado pela atenção

    1. Olá JC Lima,

      Vejo algumas contradições em sua fala, como por exemplo em “Ainda não possuímos a Norma NBR 5419/2015, mas estamos trabalhando para isto.” e “Produto está de conformidade com a Norma Brasileira ABNT – NBR 5419: 2015 | IRAM 2184:”. É preciso ter cuidado ao oferecer esse tipo de solução aos clientes, pois corre o risco de sofrer sanções judiciais perante ao código de defesa do consumidor.

      Estes captores ESE, como os da Dinnteco, não são homologados pela IEC 62305, que é a norma internacional válida hoje de acordo com a Organização Mundial do Comércio (lembro que uma norma nacional, mesmo sendo de um país estrangeiro, não conta como norma internacional). O grande trunfo das empresas que oferecem esse tipo de solução é sempre voltado na economia baseando-se na redução de itens cruciais para segurança dos ocupantes. Na prática, reduzir os número de condutores de descidas, aterramento e não realizar as ligações equipotenciais, significa aumentar as perigosas tensões de passo e toque no interior da edificação. Fazendo uma simples analogia, seria como comprar um carro sem air-bag, freios e cintos de segurança apenas por que uma norma local de algum outro país permite.

      Em resumo, mesmo que tal capacidade atrativa de raios fosse verdade (o que em campo ainda não é comprovado, diferente de ambientes laboratoriais controlados), não estaríamos isentos de fazer o restante do sistema conforme recomenda a NBR 5419 (com o número correto de descidas, ligações equipotenciais e malha de aterramento em anel) e, ao fazer as contas, o uso de captores comuns é ABSURDAMENTE mais econômico.

      Deixo aqui um roteiro do nosso TELcast que aprofunda um pouco mais neste tema, justificando os motivos para o qual devemos considerar os captores ESE como custos adicionais desnecessários a um projeto de SPDA. https://tel.com.br/podcast/evite-captores-ese/

      E quem ainda insiste em acreditar na falácia de que tal item é aprovado pela NBR 5419, sugiro que enviem uma carta ao comitê da ABNT e tenham sua resposta. O mesmo pode ser feito em relação ao comitê normativo internacional da IEC. As normas francesas, portuguesas, espanholas, etc não podem ser utilizadas no Brasil, visto que hoje existe uma NBR que regulamenta esse assunto, conforme código de defesa do consumidor, seção IV, artigo 39, itens 4 e 8.

  3. O sistema dissipativo quando bem construido, ao menos em laboratório se mostrou eficiente usando o sistema de geração de descargas van der graf. A afirmação do texto acima de que esse sistema descarrega a nuvem não é a divulgada por seus fabricantes, mas sim a dissipação de cargas opostas que se formam nas es truturas logo antes da deacarga atingir determinado ponto que por ai permite a formação do lider ascendente. Esses dissipadores precisam de milhares de pontos metalicos com algumas caractteristicas especificas que facilitaria a velocidade da dissipação dessas cargas. Ha um teste feito numa universidade em Istambul mostrando a eficiencia de dois sistemas em teoria com a mesma função mas de construção diferente. O que tinha muito mais pontas ou cerdas metalicas, pelo menos 5 vezes mais, nao foi atingido por nenhuma descarga, ao contrario do para raios franklin que recebeu quase a totalidade dos impulsos gerados. Pela foto mostradas nesse estudo achei o fabricante e no site deles eles afirmam que muitas torres de telecom e barcos protegidos pelo sistema deles que antes eram atingidos com certa frequencia, 10 anos depois nunca mais receberam uma descarga direta sequer. Eles alegam estar protegendo mais de 1000 pontos e os testes em campo mostram 100% de sucesso. Gostaria muito de que mais testes fossem conduzidos por orgaos mundiais mas parece nao haver um interesse, há muito ceticismo da comunidade científica em realizar esses testes.

    1. Olá Rauser,

      O sistema dissipativo somente tem apresentado resultados aceitáveis em ambientes controlados de laboratórios. Em campo as condições de pressão, temperatura, umidade, ionização da atmosfera e etc, são totalmente variáveis e imprevisíveis, acarretando no mal funcionamento destes. A maior prova disto é vista justamente a partir de suas certificações, onde esses elementos são certificados como captores de descargas atmosféricas (algo que não faz sentido, visto que são “inibidores de raios”).

      Mesmo que esse dispositivo conseguisse evitar a formação de líderes ascendentes, conforme afirmam os fabricantes, essa inibição somente ocorreria em sua estrutura, uma vez que estes podem surgir até mesmo na superfície plana do solo. Esse tipo de tecnologia é talvez a mais emblemática e complexa, tendo em vista que descargas atmosféricas são fenômenos naturais e estas sempre ocorrerão por fazer parte da ecossistema terrestre.

      Sempre opte por soluções contempladas pelas normas NBR ou IEC, pois estas não são baseadas apenas em estudos realizados em ambientes controlados, mas também em conceitos físicos, químicos e acompanhamentos em campo ao longo dos vários anos desde sua criação.

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